Paulo estava vivendo uma das noites mais escuras de sua vida. Já havia sido apedrejado, perseguido, preso e espancado. Jerusalém estava sendo hostil a ele, e Roma não seria diferente. Mas é exatamente nesse momento que o Senhor se coloca ao seu lado e lhe diz: “Coragem!”. Não foi um chamado à fuga, mas à fidelidade. Não foi um convite ao descanso imediato, mas ao prosseguimento da missão.
“Na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem! Pois do modo por que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma.” (At 23:11)
O texto revela algo profundo: o Evangelho não avança apenas em ambientes confortáveis, mas floresce também sob pressão. Assim foi com a igreja primitiva, perseguida e dispersa, mas pregando a Palavra em toda parte. Assim é ainda hoje, quando milhares de irmãos enfrentam pressões, zombarias, cárcere, fome e até a morte, mas não se calam diante do nome de Cristo. A pressão não destrói a missão, mas a potencializa.
A coragem que Paulo recebeu não nasceu de sua força ou experiência, mas da presença do próprio Cristo. Ele não apenas ouviu a voz do Senhor, mas sabia que Ele estava ao seu lado. Coragem para partilhar o evangelho não resulta de treinamento, experiência ou autoconfiança, mas da certeza de que o Senhor está conosco, como prometeu: “E eis que estarei convosco todos os dias” (Mt 28:20).
Esse é o encorajamento que sustenta o cristão em meio às enfermidades prolongadas, nas crises familiares que nos esmagam, nas noites de solidão em que a fé é colocada à prova e nos dias em que a alma se sente cansada demais para prosseguir. Cristo está presente, e Sua presença é suficiente para que não desanimemos.
Quando as lutas forem grandes demais e o coração se sentir frágil, lembre-se: Jesus não prometeu ausência de tempestades, mas a presença dele ao nosso lado em cada uma delas. O mesmo Senhor que esteve ao lado de Paulo em sua noite escura está hoje conosco. Portanto, tenha coragem mesmo sob pressão, oposição, crítica ou perseguição, pois Cristo é suficiente.
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