Cada vez mais, as pessoas estão em busca de um sentido para a vida. A excessiva exposição tem mostrado que as crises existenciais estão cada vez mais frequentes, entre aqueles que se focam demasiadamente na aparência. Num mundo acelerado e em movimento que possamos acrescentar diferentes conteúdos e entendimentos à nossa história de vida. Pessoas superficiais facilmente se frustram. Viver é um constante exercício de aceitar nossos limites sem deixar de valorizar nossas possibilidades. Em uma sociedade que nos cobra produtividade, perfeição e resultados imediatos, é fácil cair na armadilha de achar que nunca fazemos o suficiente. O coração se cansa e a alma se sente diminuída quando carregamos expectativas irreais. Mas há uma sabedoria profunda em reconhecer que somos aquilo que damos conta de ser. Nem mais, nem menos. Esse reconhecimento não é desistência, mas libertação. É o respiro que nos permite seguir em frente sem a pressão de corresponder a padrões que não traduzem quem realmente somos. Cada pessoa tem seu próprio ritmo, suas batalhas silenciosas e sua forma única de lidar com a vida. Quando compreendemos isso, passamos a ser mais compassivos conosco mesmos e também com os outros. As cobranças que pesam tanto começam a perder força quando percebemos que a vida não é uma corrida de comparação, mas um caminho de autenticidade. Dar conta de ser significa estar presente no que é possível, viver com inteireza o que está ao nosso alcance, sem perder tempo alimentando a culpa por aquilo que não conseguimos realizar. Há dias em que a força será grande, em outros, será menor, e tudo bem. O essencial é que não nos falte verdade diante daquilo que conseguimos ofertar. Essa aceitação nos devolve leveza, pois nos liberta da necessidade de sermos perfeitos. Quem aprende a viver assim descobre que o valor da vida não está em fazer mais, mas em viver com sentido o que é possível hoje. E nessa simplicidade há uma paz que nenhuma cobrança externa pode roubar. É nesse espaço de autenticidade que nasce a verdadeira liberdade: a de ser inteiro no que se é, sem máscaras e sem fardos desnecessários.
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