Já ouvi pessoas afirmando que estão cansadas de fazer o bem. Confesso que, em alguns momentos, eu também já me senti cansado e até exausto, principalmente quando as pessoas ajudadas não se ajudam. Mas o cansaço passa e a vontade de continuar ajudando ressurge com um vigor sem igual. Fazer o bem está em nossa essência, é o nosso DNA, é o nosso propósito. O tempo, por sua vez, me ensinou que não basta ser bom, é necessário ser justo. Bondade e justiça se complementam e fazem acontecer a realização. Porém, vivemos em um mundo que, muitas vezes, valoriza mais a esperteza do que a honestidade, mais a vantagem pessoal do que o cuidado coletivo. Por isso, quem escolhe agir com bondade pode parecer, aos olhos apressados, estar em desvantagem. Mas essa é uma ilusão passageira. O bem é uma força silenciosa e persistente, capaz de transformar ambientes, relações e até destinos. Ser do bem não significa ser ingênuo ou permitir que abusem de nossa boa vontade; significa escolher, mesmo diante das dificuldades, que o amor será a base das nossas ações. Espalhar amor é um ato de coragem, pois exige permanecer aberto e generoso mesmo depois de ter sido ferido. Ser paz na vida de alguém é oferecer presença, escuta e acolhimento, tornando-se um porto seguro em meio às tempestades alheias. Esses gestos, embora nem sempre sejam notados ou reconhecidos, carregam um poder transformador imenso. A vida nos mostra que aquilo que oferecemos ao mundo volta para nós de diferentes formas, muitas vezes quando menos esperamos. Pode ser em um gesto de cuidado, em uma palavra de conforto ou em um encontro inesperado que aquece a alma. Por isso, nunca se perde ao escolher a bondade; ao contrário, ganha-se uma riqueza que não se mede em números, mas em paz de espírito. E essa é uma das maiores recompensas que alguém pode receber.
Nenhum comentário:
Postar um comentário