O encontro com a maturidade sela a vida com um maravilhoso estado de alma. Eu não imaginava que a maturidade fosse tão boa, ao ponto de proporcionar a paz que tanto almejava. O somatório de experiências e o passar dos tempos favorecem um jeito sereno e compreensível de viver. Eu sempre quis amadurecer. Relembrando o tempo passado, acho que a vida obrigou que eu amadurecesse bem precoce. A maturidade é um aprendizado, mas é necessário acolhê-la serenamente. Não é uma questão de força, mas de convicções que alcançam firmeza à vida. Muitas vezes confundimos força com intensidade e firmeza com volume. A vida, no entanto, nos ensina que a verdadeira força se manifesta na serenidade, e que a firmeza mais profunda não é aquela que impõe, mas a que se mantém firme mesmo diante do ruído do mundo. A maturidade é construída lentamente, no exercício diário de ouvir mais do que falar, de ponderar antes de reagir, de compreender que nem tudo merece resposta e que nem todas as batalhas precisam ser travadas. Posicionar-se não é levantar muros, mas estabelecer limites claros e saudáveis, alinhados com quem somos e com aquilo que acreditamos. É escolher o silêncio quando ele constrói e a palavra quando ela liberta, sabendo que o equilíbrio entre ambos é fruto de um coração amadurecido. Ao contrário do que muitos pensam, maturidade não é frieza; é sensibilidade refinada, que reconhece a hora certa de se manifestar e o momento exato de se recolher. É a segurança de quem não precisa provar nada para ninguém, porque já entendeu o próprio valor. Na maturidade, não se busca convencer, mas viver de forma coerente, tornando a própria vida o argumento mais forte. Que neste dia possamos cultivar essa postura serena, permitindo que nossa presença fale mais alto do que qualquer voz. Porque, no fim, o verdadeiro posicionamento é aquele que nasce de dentro, silencioso e firme, guiado por um coração em paz.
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