sexta-feira, 1 de agosto de 2025

MUNDO

  O mundo está num movimento intenso. Talvez não seja o mundo que tenha dando um ritmo tão acelerado. Eu, particularmente, não reclamo da falta de tempo. Organizando bem a vida, o tempo é suficiente. Não abro momento de escolher as prioridades e de dinamizar o tempo que vai passando. As pessoas que estão sempre reclamando são, talvez, as que não encontram tempo para tudo, pois gastam uma boa parcela do tempo em lamentações. Sim, o cotidiano, tão acelerado e exigente, frequentemente nos conduz a viver num ritmo alheio, seguindo agendas que nos foram impostas, e nos afastando das coisas simples e essenciais que alimentam nossa alma. O relógio, às vezes, parece ser nosso maior rival, aquele que rouba tranquilidade e gera ansiedade. Porém, se olharmos com mais calma, perceberemos que a verdadeira questão não é o tempo em si, mas sim a forma como o ocupamos. Ter um tempo que seja verdadeiramente nosso é algo profundamente transformador. É o tempo em que respiramos devagar, em que a alma encontra silêncio, em que ouvimos o coração bater com suavidade, como uma música sutil. Tempo nosso é tempo preenchido de sentido, no qual reconhecemos o valor de pequenas coisas, como tomar um café sem pressa, ler algumas linhas que inspiram o espírito, rezar ou simplesmente contemplar o céu. Não importa quanto tempo temos disponível, mas sim se aquilo que vivemos é autêntico, significativo e alinhado ao nosso coração. Um breve instante dedicado ao nosso interior pode valer mais do que horas gastas no vazio das tarefas mecânicas e sem propósito. É importante compreender que a pressa não é sinal de sucesso, nem as pausas são desperdício. Ao contrário, é justamente nesses intervalos, nesses momentos profundamente nossos, que recuperamos a energia, restauramos a paz e encontramos equilíbrio para continuar nossa jornada. Que saibamos acolher o tempo que realmente importa, aquele que nos reconecta com nossa essência e restaura nosso ser interior. Não esperemos por um tempo ideal, pois ele nunca chegará; mas façamos com que cada instante vivido, a partir de agora, seja profundamente nosso e intensamente verdadeiro. É nesse tempo que a vida encontra seu sentido mais profundo e libertador.

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