Ser seletivo parece ser que a atitude do momento. Mesmo não sendo fácil, tenho prestado muita atenção em tudo o que vai chegando, através de diferentes meios. Tem muita coisa boa que pode ser aproveitada, mas tem muito mais que nada soma. Ser seletivo é saber selecionar e ficar somente com o que faz a diferença. Um passo mais adiante: em relação à nossa história de vida, é muito importante não ficar relembrando o que não somou. Às vezes, gastamos tempo e energia com acontecimentos que não precisam ser relembrados com frequência. Temos que deixar no passado o que pertence ao ontem da nossa vida. Muitas vezes passamos anos carregando histórias, hábitos e crenças que já não nos pertencem, como se fizessem parte de nossa identidade. Elas moldaram quem fomos, mas não precisam definir quem continuaremos sendo. O despertar é um processo delicado de desapego, um exercício de honestidade consigo mesmo para reconhecer o que ainda constrói e o que apenas ocupa espaço. Esse deixar para trás não é abandono frio ou negação do passado, mas um gesto de amor próprio que reconhece que certos capítulos já se encerraram. Ao soltar, abrimos espaço para novas experiências, relacionamentos e aprendizados que estejam alinhados com o que somos hoje. Segurar o que já não nos serve apenas retarda o crescimento e nos mantém presos a uma versão de nós mesmos que já cumpriu seu papel. O despertar então é uma dança entre gratidão e desprendimento, onde agradecemos o que nos trouxe até aqui e ao mesmo tempo damos permissão para seguir adiante mais leves. É um chamado à autenticidade, à coragem de viver a própria verdade sem medo das mudanças que ela exige. E quando aceitamos esse convite percebemos que não é o mundo que muda, somos nós que nos revelamos. A cada passo a vida ganha novas cores e novas possibilidades, e o coração, finalmente livre, aprende a respirar no ritmo do presente.
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