“Já estou sendo oferecido por libação e o tempo da minha partida é chegado”. Paulo está na antessala do martírio, com os pé na sepultura e com a cabeça debaixo da espada de Roma. Tinha plena consciência que a hora de sua morte havia chegado. Entretanto, está convicto de que não é Roma que vai lhe matar; é ele quem vai se entregar. E entregar-se não para Roma, mas para Deus. Seu martírio será uma oferta de libação não para César, mas para Deus. Usando um eufemismo, Paulo diz que não vai morrer; vai partir. Essa palavra tem um tríplice significado. Primeiro, significa tirar o fardo das costas de alguém. Morrer para um crente é descansar de suas fadigas (Ap 14.13). Segundo, significa desamarrar um bote e atravessar o rio para a outra margem. Morrer para um crente é atravessar o rio da vida e chegar do outro, no porto seguro da bem-aventurança eterna. Terceiro, significa afrouxar as estacas da barraca, levantar acampamento e ir para a sua casa permanente. Morrer para o crente é mudar de endereço. É ir para a casa do Pai. A morte não tem o poder de apavorar Paulo, pois para ele o viver é Cristo e o morrer é lucro. Morrer para o crente é deixar o corpo e habitar com o Senhor. É partir para estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.
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