quinta-feira, 14 de agosto de 2025

TENTATIVA

 As duas décadas de ensino superior me colocam diante de muitas realidades. Vibro com quem persegue o objetivo da formatura e me entristeço com aqueles que desistem. Apesar das muitas oportunidades, tem muita gente desistindo de coisas essenciais e até da própria vida. Dói meu coração quando um dos cônjuges desistem da família. Sofro quando alguém desiste da amizade. Nunca irei me acostumar com as desistências, pois elas provocam sofrimento. Sou adepto da persistência e sigo firme o meu caminho. Olha só: muitas vezes somos condicionados a acreditar que o valor de uma experiência está apenas no êxito final. Essa ideia acaba nos afastando de tentativas que poderiam mudar completamente o rumo de nossas vidas. O medo de falhar paralisa e cria uma falsa sensação de segurança, onde tudo permanece igual. Mas a verdade é que só avança quem se arrisca, e cada passo dado na direção de um sonho é uma semente plantada, mesmo que não floresça de imediato. O ato de tentar nos transforma, pois amplia nossa visão, fortalece nossa coragem e nos mostra que somos capazes de muito mais do que imaginávamos. A falha não é um fim, mas um aprendizado disfarçado, carregando lições que o sucesso imediato não seria capaz de nos ensinar. Quem não tenta, permanece preso ao mesmo lugar, sem a chance de descobrir novos caminhos. Quem tenta, mesmo que tropece, já se moveu, já tocou a possibilidade de algo novo. É nesse movimento que a vida acontece, que os horizontes se expandem e que a alma cresce. Talvez o sucesso não venha na primeira, nem na segunda vez, mas cada tentativa nos aproxima da direção certa. Celebrar o ato de tentar é celebrar a própria vida, pois ela é feita de movimento e recomeços. Que hoje possamos honrar cada passo dado, independentemente do resultado, e reconhecer o valor que existe em simplesmente ter ousado. Afinal, quem tenta já está um passo à frente, não apenas no caminho, mas também no amadurecimento que vem com a experiência.

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