ESCRAVO

 Filemom 1

7. Pois tive grande alegria e consolação por causa do teu amor, pois por intermédio de ti, irmão, o coração dos santos tem sido reanimado.

◾ Autor: Texto com origem desconhecida e alterado por Rogério Stefannello 

◾ Artigo 24

O versículo 1.7, da epístola de Filemom nos traz uma profunda reflexão sobre o poder do amor de Deus em nossas vidas. 

Neste texto, Paulo expressa sua gratidão pelo amor demonstrado por Filemom, e como esse amor trouxe grande alegria e consolação não apenas a ele, mas a todos os irmãos ao seu redor.

A carta inicia-se com uma apresentação. Filémon 1.1-3 Logo após, há os agradecimentos a Filemon por seu amor e por sua fé. Filemon 1.4-7

A parte central da carta é o pedido feito a Filemon a respeito do escravo Onésimo. 

Este havia fugido e, neste ínterim, se converteu ao cristianismo. 

Paulo, então, pede a Filemon que perdoe Onésimo e o acolha como um irmão em Cristo. Filemon 1.8-22

Por fim, há as saudações finais (Filemon 1.23) e uma bênção (Filemon 1.25).

Pelo menos, dois temas principais são desenvolvidos na epístola: a necessidade do perdão, e a aplicação dos valores cristãos à realidade social, especificamente, ao problema da escravidão.

A expressão da espiritualidade cristã precisava ser traduzida no perdão. Esta é a essência do apelo de Paulo a Filemon. 

Empregando um trocadilho, o apóstolo escreve acerca de Onésimo, cujo nome significa "útil", que Ele, antes, te foi inútil; atualmente, porém, é útil, a ti e a mim. Fiilemon 1.11

Ou seja, as relações mudaram, e a utilidade de Onésimo para a Igreja era, agora, maior que para o próprio Filemon. 

Perdoar seu escravo fugitivo era prestar um serviço à Igreja.

Filemom precisava perdoar o seu servo fugitivo.

Quanto à questão da escravidão, Paulo, pelo menos não de forma direta, propôs uma subversão desta instituição característica do período. 

O cristianismo, ao que parece, não deveria alterar os modelos sociais vigentes. 

Nunca foi essa uma função do cristianismo.

O alvo sempre foi as pessoas.

Uma mudança interior de atitude era o que se requeria. Esta mudança interior em Filemon seria mais importante do que qualquer mudança na própria instituição da escravidão.

Há uma conexão grande entre as cartas a Filemon e a carta aos Colossenses.

Além do estilo semelhante, as mesmas pessoas mencionadas em Filemom, como o próprio Onésimo, Arquipo e Lucas, por exemplo, aparecem também em Colossenses. 

Isto leva a crer que as duas cartas foram escritas na mesma época, provavelmente entre os anos 59 e 61, período em que Paulo estava preso em Roma.

Filemon é uma epístola dirigida a um indivíduo específico. 

Um de seus escravos, chamado Onésimo, havia fugido aparentemente depois de um roubo. Filemon 1.18

Em uma situação desconhecida, Onésimo conheceu Paulo e, pelo testemunho deste, acabou por se converter. Filemom 1.10

Paulo solicita, então, por meio da carta, que Filemom receba seu escravo fugitivo de volta não como um servo, mas como um irmão. 

Dois elementos são notáveis aí: Paulo não usa de sua autoridade apostólica (Filemon 1.8-14) e também não pede a libertação de Onésimo. 

Ele apela à consciência de Filemom para que o perdoe, ainda que o mantivesse como seu servo.

Paulo exigia que o amor que deveria existir no coração de Filemom, tomasse forma.

O amor é uma das virtudes mais importantes que Jesus nos ensinou nos evangelhos.

Ele nos chamou a amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a nós mesmos. 

O amor é a base do relacionamento com Deus e com nossos irmãos em Cristo. Se não amamos os outros, na não amamos a Deus.

O texto de I João 4 é bastante claro.

◾I João 4

20. Se alguém declarar: “Eu amo a Deus!”, porém odiar a seu irmão, é mentiroso, porquanto quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não enxerga.

21. Ora, Ele nos entregou este mandamento: Quem ama a Deus, ame de igual forma a seu irmão!

Quando amamos verdadeiramente, como Filemom demonstrou amar, podemos reanimar os corações das pessoas ao nosso redor.

O amor não é apenas um sentimento. O amor é uma decisão. O amor é uma ação. 

É o ato de estender a mão, perdoar, cuidar e apoiar uns aos outros, mesmo quando isso pode ser desafiador. Quando fazemos isso, somos instrumentos de consolação e alegria na vida de nossos irmãos em Cristo.

Assim como Filemom, somos chamados a ser agentes de amor e encorajamento na vida daqueles que nos rodeiam. 

Que possamos, através do nosso amor, reanimar os corações dos nossos irmãos em Cristo, trazendo alegria e consolação para aqueles que precisam.

Que possamos sempre lembrar que o amor é a essência da fé e a chave para uma vida abundante em Cristo!