Vimos que o louvor a Deus é uma atitude do coração, não um resultado das circunstâncias. Alguns passam por angústias e tornam-se murmuradores. Outros passam por angústias e reconhecem a bondade do Senhor. A diferença está na atitude do coração.
Gostaria de lembrar hoje que o louvor a Deus combate também a ansiedade da alma. Depressões, ansiedades, fobias e temores são as enfermidades do nosso século. Jamais tantos medicamentos foram produzidos e consumidos para estes problemas emocionais como hoje. No Salmo 34 vemos que, ao lidar com o louvor, pacificamos também nossos corações. No verso 1 ele nos fala sobre a alegria, no 2 sobre a libertação de nossos temores e no 5 da libertação das nossas angústias. Louvar a Deus alegra o coração do Pai e dá paz à nossa alma, uma vez que reconhecemos que nossas vidas estão nas mãos daquele que, em todas as coisas, é bom.
Em 1873 um navio francês, o Ville de Havre, seguia da costa leste americana para a Europa. Entre os passageiros encontrava-se a senhora Spafford e seus quatro filhos, esposa de um cristão piedoso, jovem advogado de Chicago. Nesta viagem o navio sofreu um acidente e veio a naufragar, morrendo quase todos os tripulantes. Dias de desespero se seguiram com a ausência de notícias para as famílias dos desaparecidos em alto mar. Finalmente, o senhor Spafford recebeu um telegrama comunicando que a sua esposa havia sido encontrada com vida, mas estava só. A mensagem sobre a perda de seus filhos lhe afligiu profundamente. Ele chorou e lamentou de todo o coração. Depois, sentou-se e escreveu a letra de um hino que se tornaria conhecido em todo o mundo: “It is well with my soul” (Está bem a minha alma), conhecido como “Sou feliz com Jesus”. Nele ele diz:
"Se paz a mais doce me deres gozar, se dor a mais forte sofrer. Oh, seja o que for, Tu me fazes saber, que feliz com Jesus sempre sou".
O louvor a Deus não é definido pelos marcadores humanos da nossa história, mas pela bondade do Senhor que vai além das linhas do horizonte do entendimento da vida. Louvar a Deus é reconhecer que a Sua bondade será sempre maior do que qualquer tragédia que possa cair sobre nossa existência. É cantar a Sua bondade nos dias de luz e alegria, e não deixar de fazê-lo nos dias de forte neblina. Sua bondade é maior que a vida.
Um dia, em luz plena e eterna, cantaremos a Sua bondade, em “todo o tempo”. Não precisaremos de fatos da vida para fazê-lo. A Sua presença nos bastará.
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