segunda-feira, 7 de abril de 2025

VIDA


 

 Gosto de tomar a minha própria vida em minhas mãos, para conduzi-la da melhor maneira possível. Não sou o único com uma agenda sempre abarrotada de compromissos, mas ainda sobro tempo para respirar serenamente. Sou adepto do exercício físico, que muito me ajuda a aliviar o potencial de estresse que decorre do excesso de atividade. Mas tem uma coisa da qual não abro mão: manter a paz em meu coração. Cuido da minha paz de uma maneira intensa e disciplinada. Perder a paz é perder o ritmo, a alegria e a esperança. Porém, a vida anda tão corrida que até a paciência, por vezes, se cansa. Não é raro perceber o coração impaciente com pequenos atrasos, olhares distraídos, palavras ríspidas, cansaços acumulados. Respirar fundo se torna um desafio, e o silêncio muitas vezes é vencido pela exaustão. Perder a paciência acontece, porque somos humanos, falhos, limitados. Mas há algo que precisa ser preservado com zelo, mesmo quando tudo parece nos contrariar: a fé. Ela é mais do que um sentimento, é uma presença constante, uma raiz silenciosa que nos ancora quando tudo parece escapar. É natural se irritar, desabar, ter vontade de largar tudo por um instante. O que não pode acontecer é soltar a mão da fé, pois ela é o que nos reconduz sempre que nos perdemos. Não é preciso estar sempre bem para continuar acreditando. Às vezes, a própria fé é sustentada pela memória de quem já fomos, daquilo que já superamos, da presença de Deus nos dias difíceis de outrora. Ter fé não é negar a dor, é acolher com coragem a travessia. Ela não exige que sejamos inabaláveis, mas que saibamos recomeçar com os olhos voltados ao alto. Em tempos difíceis, é a fé que nos devolve o equilíbrio. E mesmo se a paciência falhar, que o coração continue confiando naquilo que não se vê, mas sustenta tudo.

 

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