quarta-feira, 9 de abril de 2025

FALE

 OUÇA MAIS E FALE MENOS

 

Vivemos em uma sociedade orientada pela comunicação. Assim, valorizamos a expressão verbal, as respostas bem colocadas, o discurso cativante e o jogo de palavras. Se, por um lado, isso colabora para desenvolver uma comunicação mais ativa, por outro, tem nos levado a esquecer o valor do silêncio.


A integridade de um cristão é testada na adversidade relacional, e uma das atitudes mais comuns em tais momentos é o confronto. Frequentemente, falamos quando deveríamos nos calar, especialmente em ambientes de amizade e trabalho, onde as críticas nos bastidores ganham a nossa atenção e somos levados a reagir de forma desproporcional, desnecessária ou mesmo imprópria.


Certamente, há momentos de falar, de fazer-se ouvir. Mas reconheço que os homens e mulheres de Deus que tenho conhecido, buscam mais o silêncio do que o confronto verbal perante as adversidades.


O Senhor Deus nos ensina: “Até o insensato passará por sábio se ficar quieto e, se contiver a língua, parecerá que tem discernimento” (Pv 17:28).


Três orientações que podem ser úteis. 

A primeira: ouça antes de falar. Às vezes, ouvimos uma parte, uma metade, e já fazemos um juízo. É preciso ouvir tudo e, mesmo após ter ouvido, fazer mais algumas perguntas para ouvir de forma completa, sobretudo em assuntos que precisam de um posicionamento seu.


Segunda orientação: ore e pense antes de falar. Ao saber de algo, ou ser colocado em alguma posição que requer uma reação, muitos agem de forma intempestiva. Manifestam mais a revolta do que a razão. Tenho percebido que muitos erram mais nas reações do que nas ações; portanto, cuidado quando for colocado em situação de reagir: ore e pense antes de falar.


Terceira: escolha suas palavras. Uma vez lançadas ao vento, não serão facilmente recuperadas. Assim, escolha bem as suas palavras. Que sejam palavras cheias de verdade, justiça e paz; e não de provocação, autojustiça e guerra.


Portanto: “não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem” (Ef 4:29).



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