Aquilo que for importante para mim, vai ser importante para os meus filhos. Os pais transmitem aos filhos o que de mais precioso carregam na vida. É natural que os filhos sejam direta e profundamente influenciados por nossas predileções, sejam elas boas ou ruins. Até mesmo o fato de não se importar em transmitir objetivamente um conceito ou ideia clara aos filhos, configura algum tipo de legado, ainda que seja o de uma completa apatia diante da vida.
A maternidade parece ativar em nós, mulheres, um senso de urgência ainda mais latente a respeito do que é necessário (e bom) que os filhos aprendam desde o seu nascimento. Não é que os pais não se preocupem, é que a mãe, por padecer das dores na criação dos filhos, acaba sofrendo mais no processo de ignorância deles quando sabe que a eles deveria ser transmitido o que de mais proveitoso haverá para a sua vida, e a mãe cristã jamais terá dúvidas sobre qual tema desejará ver inclinado o coração dos filhos, que é tudo relacionado ao seu próprio Criador.
As mães vão sofrer o que for para que seus filhos alcancem o céu. A razão é que, um dia, elas também foram alcançadas por Deus e é mais do que natural que desejem o maior bem encontrado por elas para os seus filhos também. Elas se reinventam, intercedem, submetem-se e aceitam atravessar inúmeras provações para que os filhos sejam, de algum modo, beneficiados. Para que, podendo caminhar por um chão firme - sustentado por um casamento harmonioso e saudável -, as crianças desenvolvam as emoções e aspectos próprios da espiritualidade a partir das várias mortes que a própria mãe aceita atravessar e que permitem o desabrochar de mais vidas para Deus.
A missão da mãe cristã é de suma importância para o avanço do reino de Deus na terra. Muitos homens de fé e relevantes para a história da Igreja só foram possíveis graças ao proceder piedoso de muitas mães escondidas nos bastidores da vida. Mulheres que oraram insistentemente pela salvação da alma de seus filhos, movidas por uma compaixão materna e intimamente ligada à sua vocação.
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