segunda-feira, 22 de julho de 2024

NADA

 O mordomo é, antes de mais nada, um servo. É, na verdade, servo dos mais importantes, mas não passa de um servo. É como um administrador da fazenda, semelhante, sob quase todos os aspectos, ao fazendeiro: cuida da propriedade e tem muitos empregados da fazenda sob suas ordens; mas continua sendo empregado como os demais, obedecendo à autoridade do patrão. Assim é todo o mordomo. Pode ser até mordomo da mansão de um nobre, que entrega a seus cuidados toda a propriedade, de modo a ficar livre de preocupações. Nesse sentido, o mordomo é como se fosse seu próprio patrão, mas continua sendo um servo, pois há alguém, que realmente manda, acima dele. Por mais orgulhoso que possa ser, então, pouco tem, na verdade, de que se orgulhar, pois a única honraria que detém na vida é a de ser um servo. 

O ministro e especialmente o professor de escola dominical carregam consigo essa mesma honraria. Não somos nossos próprios mestres; não somos profissionais liberais independentes, que possam agir como bem entendermos; nossas classes de alunos não são nossas propriedades ou fazendas, cujas terras possamos arar segundo a nossa vontade, podendo escolher produzir qualquer tipo de lavoura, ou mesmo nenhum tipo, se assim desejarmos. Não; não somos mais que mordomos, e devemos trabalhar para o nosso Senhor. Que coisa estranha é ver um ministro ou um professor de escola dominical dando a impressão de ser pessoa de grande destaque e que pode fazer o que bem entenda. Não parece anormal? Como pode falar de sacrifício que faz, se tudo o que usa é de propriedade de seu Senhor? Como pode se gabar do tempo que pede, se esse tempo não é de seu domínio? É tudo propriedade do nosso Mestre e Senhor. É apenas um servo, e, portanto, no que quer se faça, estará tão somente cumprindo seu dever, pelo qual é muito bem recompensado. Não há motivo algum para se orgulhar nem para se sentir senhor sobre os outros, pois, qualquer que seja o seu poder, jamais deixará de ser apenas servo. Que cada um de nós se lembre, assim, de que "SOU APENAS UM SERVO".


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