sábado, 16 de novembro de 2024

CALAR-SE



Vivemos em uma sociedade onde o simbolismo é elemento definidor das relações humanas. Assim, valorizamos a comunicação verbal, os discursos, as respostas bem colocadas, o jogo de palavras. Se por um lado isto colabora para desenvolver uma comunicação mais ativa, por outro tem nos levado a esquecer o valor do silêncio.   


A integridade de um cristão é testada na adversidade, e uma das atitudes mais comuns perante a adversidade relacional é o confronto. Frequentemente falamos quando deveríamos nos calar, especialmente em contextos onde as críticas nos bastidores ganham a nossa atenção e somos levados a reagir de forma desproporcional, desnecessária ou mesmo inapropriada.   


Certamente há momentos de falar, fazer-se ouvir. Mas reconheço que os homens e mulheres de Deus que tenho conhecido buscam mais o silêncio do que o confronto verbal perante as adversidades.


Um dos grandes investimentos que podemos fazer em relação ao outro é justamente ouvi-lo. E a maior dificuldade para ouvir é quando não é preciso ouvir. Penso aqui em uma figura de autoridade que, em sua presente função, seja um professor, um chefe ou um líder, não precisaria ouvir e poderia tão somente falar. Talvez seja este um dos maiores e mais frequentes erros.


Lemos na Palavra que “Quem controla as suas palavras é sábio, e quem mantém a calma mostra que é inteligente”. E o verso seguinte sentencia: “Até um tolo pode passar por sábio e inteligente se ficar calado” (Pv 17:27-28).


Portanto, o Senhor nos ensina que as palavras devem ser controladas, e mesmo perante o furor do momento é preciso manter a calma. Mas como controlar as palavras? 


Primeiro, controle o seu coração no temor do Senhor. Jesus nos ensinou que “o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem” (Mt 15:28). Assim, busque a Deus em sua Palavra para que primeiramente o seu coração seja quebrantado e cheio do temor do Altíssimo. 


Segundo, peça a Deus sabedoria na vida e, especialmente, no falar. Há uma linda promessa a este respeito: “Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça‑a a Deus, que a todos dá generosamente sem reprovar ninguém, e lhe será concedida” (Tg 1:5). Deus dará “generosamente” sabedoria aos que pedirem. 


Terceiro, valorize o silêncio. Ele é o seu aliado. Ouça mais, reflita mais, ore mais, fale menos. Que o Senhor nos abençoe! 



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