O Salmo 51 foi escrito por Davi em um momento de profundo choque, vergonha e arrependimento. Ele havia adulterado com Bate-Seba, traindo duplamente Urias, o esposo dela, colocando-o à frente de uma batalha para que morresse (2 Sm 11).
O profeta Natã procurou Davi e lhe contou a história de um homem que possuía apenas uma ovelha, e foi roubado. Davi se irou contra o ladrão e afirmou que merecia a morte. Imediatamente o profeta lhe disse: este homem és tu! E acusou seu pecado de adultério e traição (2 Sam 12).
Davi foi tomado por um profundo constrangimento, vergonha e arrependimento. Assim, escreve esse Salmo.
Ele inicia rogando a Deus: “Compadece-te de mim, ó Deus”, “apaga as minhas transgressões” (v.1), “lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado” (v.2).
Davi não racionaliza nem tenta esconder o seu pecado. Ao contrário, chama-o de “meu pecado” e “minhas transgressões”.
Reconhece que o pecado não é apenas um ato moralmente reprovável, mas uma ofensa pessoal contra Deus. E diz: “pequei contra Ti” (v.4).
Faz, então, sua súplica: “purifica-me”, “lava-me” e “apaga todas as minhas iniquidades” (v.7,9).
Perante o pecado, devemos primeiro reconhecer a nossa responsabilidade pessoal e particular. Não responsabilize os outros pelo seu pecado e não se vitimize perante ele. Apresente-o a Deus assumindo toda a responsabilidade por tê-lo praticado.
Segundo, busque em Deus verdadeiro quebrantamento. Deus não se agrada de palavras elaboradas e bem construídas, mas de um coração verdadeiramente quebrantado, envergonhado perante o pecado e desejoso de não mais repetí-lo.
Terceiro, peça a Deus o perdão e a purificação. Perdão pelo pecado que cometeu e purificação dos seus efeitos morais e espirituais em sua vida, e em outras. Assim, faça sinceramente essa santa oração: perdoa-me, Senhor!
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