terça-feira, 11 de junho de 2024

PALAVRA



I. A LINHA RETA FAZENDO O CORTE 


"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (II Timóteo 2:15 ACF)


▪︎ Estuda empenha-te para aprovado apresentar a ti mesmo a Deus, como um trabalhador que não tem de que se envergonhar, em linha reta fazendo o corte e dividindo a Palavra (Escrita) de a Verdade. - (LTT)


▪︎ Essa palavra sugere persistência zelosa em alcançar uma meta. Timóteo como TODOS quê pregam ou ensinam a Palavra, deveria esforça-se ao máximo para transmitir a palavra de Deus de maneira completa, precisa e clara aos seus ouvintes. Isso é crucial para combater os efeitos desastrosos dos falsos ensinos.


▪︎ Que maneja bem "faz um corte reto" - uma referência à exatidão exigida pôr ofícios como a carpintaria, a alvenaria e o trabalho que Paulo fazia na elaboração de tendas e artigos de couros. A precisão e a exatidão são necessárias na interpretação bíblica. Porque o intérprete está lidando com a Palavra de Deus. 


II. FAZER UM CORTE RETO 


“Manejar bem” a Palavra significa, na linguagem de Paulo, “fazer um corte reto”. O pedreiro constrói a parede em linha reta. O carpinteiro risca a obra em linha reta. O agricultor ara a terra em linhas retas. Semelhan­temente, o obreiro do Senhor que interpreta a Bíblia, terá que interpretá-la corretamente – em linha reta! Para conseguir esse resultado, o intérprete da Palavra terá que entender os períodos ou “dispensações” e isso por sua vez requer o estudo diligente das Escrituras e a observação minuciosa da revelação divina aos homens. O preguiçoso jamais saberá interpretar o pensamento divino. Por isso Paulo assim exortou a Timóteo: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se enver­gonhar…” (2Tm 2.15). A palavra “procura (no original grego, “spoudason”) significa “apressar-se, ser diligente”. Manejar bem significa usar as faculdades racionais, a inteligência, como em Isaías 1.18, onde Deus convoca Seu povo, “Vinde, pois e arrazoemos. diz o Senhor”.


▪︎ Paulo avisa contra o perigo de fraude na interpretação das Escrituras em II Co 4.2, dizendo: “… rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a Palavra de Deus…” “Adulte­rar”, no original, é “dolos”, que significa “pegar com isca”. Portanto, tem o sentido de falsificar e corromper. Na antigüidade falsificavam ouro e vinho. Em todos os tempos levantaram-se falsos “mestres”, e falsos “profetas” que por ensinos engenhosos têm conseguido enganar os incautos, causando-lhes a eterna destruição da alma. Pedro referiu-se às epístolas de Paulo dizendo que nelas haviam “certas coisas difíceis de entender , que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles.” (2 Pe 3.15-16). Como, então, é importante que saibamos, não “deturpar”, mas sim interpretar corretamente (fazer o corte em linha reta!) a Palavra de Deus. Isso significa que todas as idéias, noções e opiniões preconcebidas sejam postas de lado e que a própria Bíblia seja o intérprete de si mesma.


● Antes de prosseguir ao estudo das dispensações em si, consideraremos de modo sucinto o assunto de:


a) INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA


DE INÍCIO DIREMOS QUE HÁ, TRÊS ERROS A SEREM EVITADOS:


1°) A interpretação errônea da passagem. Um exemplo disso seria a interpretação popular que se faz da Parábola do Fermento, em (Mt 13.33), pela qual a “mulher” (a igreja) põe o “fermento” (o evangelho) nas “três medidas de fari­nha” (o mundo), com o resultado que “ficou tudo levedado” (isto é, que o mundo todo torna-se convertido a Cristo).


Com esta interpretação não podemos concordar, pela seguinte razão: o evangelho é coisa boa, mas o “fermento”, como usado nas Escrituras, é alguma coisa má que deve ser evitada. Por exemplo em Êxodo 12.8,15-20, o fermento foi excluído das casas hebréias na noite da Páscoa, como também das ofertas de suave cheiro em todo o Velho Tes­tamento. Em (Marcos 8.15-21 e Mt 16.11,12; e Lc 12.1), Cristo refere-se ao fermento como símbolo de falsas dou­trinas e hipocrisia dos fariseus, saduceus e Herodianos. Paulo em (I Co 5.6,8) emprega o mesmo simbolismo para significar o “fermento da maldade e da malícia”, em contraste com “os asmos da sinceridade e da verdade”. Não é possível que o fermento represente em um caso uma coisa boa e em outro caso uma coisa má. Por conseguinte, a nossa interpretação da parábola do fermento é, que a “mulher” (a falsa religião), introduz, não o Evangelho, mas sim uma doutrina adulterada no meio dos homens. Foi isto mesmo que aconteceu nos séculos posteriores quando a igreja tornou-se o que vemos hoje na Igreja Católica Romana, cheia de invencionices, como a mariolatria, a ado­ração aos santos, o celibato, a infalibilidade papal, cele­bração de missa, salvação pelas boas obras, etc. Esse “fermento” penetrou em toda a massa humana exatamente como a parábola predisse. Este é apenas um caso de interpretação errônea, que aparece entre muitos. Outro erro a ser evitado é


2°) A Espiritualização das Escrituras, ou seja dar uma interpretação espiritual. Essa tendência surgiu entre os primitivos pastores da igreja naqueles primeiros séculos, especialmente na interpretação do Velho Testamento. Em vez de dar um sentido claro e literal a certas passagens, referentes ao povo de Israel, ensinavam que as ditas pas­sagens se referiam à Igreja do Novo Testamento. Há pessoas que crêem que Jesus voltará do céu depois que todo o mundo se converter, pelo fato de aplicarem um sentido espiritual aos nomes “Sião”, “Jerusalém”, “Jacó”, “Israel”, etc, como se esses fossem a Igreja. Segundo esta interpretação, Deus rejeitou para sempre a nação de Israel, a mesma está debaixo de maldição, e a Igreja tomou o lugar de Israel no plano e propósito divinos. Con­seqüentemente, essa aplicação errônea de termos, signi­ficaria que a nação judaica está eternamente separada de Deus. Jamais poderá voltar a gozar do favor divino. Mas em Romanos caps. 9 a 11, o apóstolo Paulo claramente revela a restauração de Israel e que no plano de Deus Israel ainda será muito abençoado. Israel será por “cabeça das nações e não por cauda”, Dt 28.13. O conhecimento das dispensações evitará tais interpretações erradas. Passe­mos a considerar mais um erro de interpretação, o caso de


3°) Cronologia Errônea. Em (2Pe 3.10-14) está pre­vista a renovação dos céus e da terra por fogo, que resul­tará em novo céu e nova terra na qual haverá justiça. A pergunta é esta: “Quando acontecerá isso?” Na opinião de alguns, esta passagem terá seu cumprimento ao término da presente dispensação da graça. Mas se for assim, então não haverá tempo para o cumprimento das profecias referentes à restauração da nação judaica e o reino de Cristo no trono de Davi por 1000 anos. Conseqüentemente, em -nossa opinião, a renovação da terra por fogo terá lugar ao fim do reino milenar de Cristo, (Ap 20.11 e 21.1).


b) TRÊS SISTEMAS DE INTERPRETAÇÃO


Certas partes das Escrituras devem ser interpretadas literalmente e outras figuradamente e ainda outras sim­bolicamente.


1°. A Interpretação Literal significa dar à passagem em questão uma interpretação comum, de bom senso, em que as palavras são tomadas no sentido usual e costumeiro. É segundo a “letra”. Uma ilustração da interpretação literal é a passagem em (Lucas 1.31-33) que fala clara e literalmente que Cristo nasceria da Virgem, seria chamado o Filho de Deus e seria o Herdeiro do trono do Seu pai Davi, segundo a carne, e que reinaria nesse trono sobre os descendentes de Jacó. Esta regra de interpretação literal é a regra recomendada na maioria dos casos. Devemos usá-la sempre que for possível. Há passagens que não se podem interpretar literalmente, por seu conteúdo, ou porque outras razões óbvias fazem-nas exigir uma in­terpretação figurada ou simbólica. Mas sempre que for possível, deve-se empregar o modo literal. Em contraste com isso, temos


2°. A Interpretação Figurada que se dá às passagens que empregam figuras de linguagem. Por exemplo, em Hebreus 4.7 o apóstolo nos exorta: “… não endureçais os vossos corações”. Em João 10.9 Jesus disse: “Eu sou a porta” e em João 6.48 Ele disse: “Eu sou o pão da vida”. Naturalmente, tais passagens não significam que os nossos corações sejam fisicamente endurecidos, mas sim que sejam sensíveis ao toque do Espírito de Deus; nem que Cristo é uma porta de madeira, ou do curral, mas sim que Ele é a porta de entrada para a vida eterna. Semelhantemente, Ele não é um pão literal e, sim, como pão que sustenta espiri­tualmente aquele que dEle se alimenta.


3°. A Interpretação Simbólica é o que usamos quando se trata de objetos animados ou inanimados, que se usa para­lelamente a fim de esclarecer o assunto. Nos capítulos 2 e 7 de Daniel encontramos este tipo de interpretação, usado pelo próprio Espírito Santo. Os reinos gentílicos mundiais desde o babilônio Nabucodonosor até ao tempo do retorno de Cristo são representados pelos vários me­tais da grande estátua vista pelo monarca e depois pelas várias feras vorazes que o profeta Daniel viu.


▪︎ Convém lembrar que, mesmo na interpretação figurada ou simbólica, devemos sempre procurar a verdade literal, a mensagem divina, contida na passagem em apreço.


***

III. A EXEGESE NA PRÁTICA


Análise, explicação ou interpretação de uma obra feita de maneira cuidadosa.Comentário cujo propósito é esclarecer ou interpretar detalhadamente um texto, uma expressão ou uma palavra.(Etm. do grego: exégésis)


Comentário ou dissertação que tem por objetivo esclarecer ou interpretar minuciosamente um texto ou uma palavra.


❝A tarefa do intérprete é determinar, por rigorosa investigação exegética, o sentido exato das palavras usadas pelo Espírito Santo e, na medida do possível, transmitir os pensamentos de Deus em Sua própria linguagem.❞ — (A.W. Pink | A Interpretação das Escrituras)


▪︎ Exegese significa "exposição ou explicação".


A exegese bíblica envolve o exame de um texto particular da Escritura para interpretá-lo apropriadamente. A exegese faz parte do processo da hermenêutica, a ciência da interpretação. Uma pessoa que pratica exegese é chamada de exegeta.


De fato, uma boa exegese bíblica é ordenada nas Escrituras. “Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2:15). De acordo com esse versículo, devemos lidar com a Palavra de Deus de maneira adequada, por meio de um estudo diligente. Se não o fizermos, temos motivos para nos envergonhar.


● Existem alguns princípios básicos de boa exegese que os sérios estudantes da Bíblia seguirão:


1°) O Princípio Gramatical. A Bíblia foi escrita em linguagem humana, e a linguagem tem uma certa estrutura e segue certas regras. Portanto, devemos interpretar a Bíblia de uma maneira consistente com as regras básicas da linguagem.


Normalmente, o exegeta começa seu exame de uma passagem definindo as palavras nela. As definições são básicas para entender a passagem como um todo, e é importante que as palavras sejam definidas de acordo com sua intenção original e não de acordo com o uso moderno. Para garantir a precisão, o exegeta usa uma tradução confiável e dicionários de grego e hebraico.


Em seguida, o exegeta examina a sintaxe, ou seja, as relações gramaticais das palavras na passagem. Ele encontra paralelos, determina quais ideias são primárias e quais são subordinadas e então descobre ações, sujeitos e seus modificadores. Ele pode até fazer o diagrama de um versículo ou dois.


2°) O Princípio Literal. Presumimos que cada palavra em uma passagem tenha um significado normal e literal, a menos que haja uma boa razão para vê-la como uma figura de linguagem. O exegeta não sai de seu caminho para espiritualizar ou alegorizar. Palavras significam o que palavras significam.


Portanto, se a Bíblia menciona um "cavalo", significa "um cavalo". Quando a Bíblia fala da Terra Prometida, significa uma terra literal dada a Israel e não deve ser interpretada como uma referência ao céu.


3°) O Princípio Histórico. Conforme o tempo passa, a cultura muda, os pontos de vista mudam, a linguagem muda. Devemos nos precaver contra a interpretação das Escrituras de acordo com a forma como a nossa cultura vê as coisas; devemos sempre colocar as Escrituras em seu contexto histórico.


O diligente estudante da Bíblia levará em consideração a geografia, os costumes, os eventos atuais e até mesmo a política da época em que uma passagem foi escrita. Uma compreensão da cultura judaica antiga pode ajudar muito na compreensão das Escrituras. Para fazer sua pesquisa, o exegeta pode usar dicionários bíblicos, comentários e livros de história.


4°) O Princípio de Síntese. O melhor intérprete da Escritura é a própria Escritura. Devemos examinar uma passagem em relação ao seu contexto imediato (os versículos que a cercam), seu contexto mais amplo (o livro em que se encontra) e seu contexto completo (a Bíblia como um todo). A Bíblia não se contradiz. Qualquer declaração teológica em um versículo pode e deve ser harmonizada com as declarações teológicas em outras partes das Escrituras. A boa interpretação da Bíblia relaciona qualquer passagem ao conteúdo total das Escrituras.


5°) O Princípio Prático. Uma vez que examinamos adequadamente a passagem para entender seu significado, temos a responsabilidade de aplicá-la em nossas próprias vidas. "Manejar bem a palavra da verdade" é mais do que um exercício intelectual; é um evento transformador.


(Gotquestions)


***

REFLEXÃO 


IV. MANEJE BEM A PALAVRA DA VERDADE 


O conselho apostólico ao jovem pastor Timóteo nunca foi tão imperativo. Manejar bem a Palavra de Deus sempre foi uma exigência primária para aquele que professa a Cristo como o Senhor da sua vida. Mas, a demanda de ensinos não tão criteriosos e o surgimento de tantas “verdades” tem se tornado um perigo constante para os cristãos.


Em todas as suas cartas, o apóstolo Paulo alerta para a importância de permanecermos na verdade. Ele fala sobre visões de anjos que ensinam doutrina diferente, alerta sobre a propagação de rituais que não tem Cristo como centro do seu significado e, em minha opinião, a observação mais pertinente: Paulo alerta para o perigo dos crentes serem levados por qualquer “vento de doutrina”.


Ao jovem discípulo, ele profetizou que, nos últimos dias, os homens não suportarão a sã doutrina. Acho que a profecia se cumpriu. Temos a impressão de que muitos homens não suportam mais a sã doutrina. 


Contemplamos, perplexos, uma gigantesca pressão sobre os ombros dos pregadores, dos quais alguns julgam necessário surpreender os ouvintes com afirmações mirabolantes e complicadas. Mas, os clamores do apóstolo dos gentios continuam ecoando.


▪︎ Ao falar sobre a Palavra da Verdade, Paulo não só qualifica a palavra que se deve pregar, como nos alerta quanto ao fato de que se existe uma palavra da verdade, existem outras que não são verdadeiras.


▪︎ Verdade, por definição, é única. A mentira pode ser variada e ilimitada mas, a verdade só existe uma e, em toda a Escritura, ela é o que Deus diz e ponto final.


Qualquer coisa que contrarie a afirmação divina deve ser vista como falsa. Mesmo que confirmado com os olhos, não somos chamados a andar por vista, mas pela fé que se aproxima de Deus, tendo a certeza da sua presença, mesmo sem nunca tê-Lo visto ou sentido.


▪︎ “Palavra da Verdade” ou “Sã Doutrina” é o valor que o obreiro, que anseia pela aprovação de seu Senhor, não pode negociar. É a exigência número um. Todo o resto é secundário. Ética e caráter exemplares não suplantarão uma doutrina falsa.


▪︎ Mas por mais incrível que possa parecer, não é difícil se manter na verdade, pois toda a sã doutrina tem um selo:


• “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (I Coríntios 3.11)


Este é o selo! Toda a doutrina bíblica está baseada em uma única pessoa, e essa pessoa é chamada de: exata expressão de Deus; Deus unigênito; Deus conosco.


▪︎ Quando andava sobre a terra, afirmou que todo o Velho Testamento apontava para Ele, e mais, Ele mesmo era o cumprimento de tudo o que foi afirmado na Lei e nos Profetas.


▪︎ Ele é o “descendente de mulher”, prometido à serpente em Gênesis. Era dele que Deus estava falando quando prometeu a Abraão que abençoaria todas as famílias da Terra. Ele é “o outro profeta a ser seguido”, profetizado por Moisés. É também o “descendente de Davi”, que se assentará para sempre no trono de Israel. Daniel o chamou de: Santo dos Santos. Isaías o chamou de: “Raiz de uma terra Seca” e “Maravilhoso Conselheiro”.


▪︎ Cristo é o fundamento. Não há outro e nunca haverá. O Espírito Santo testifica dEle e, Deus Pai, se revela através dEle. “Quem vê a mim vê o Pai”, foi a solução dada por Ele ao discípulo ansioso por ver o Pai.


▪︎ O escritor de Hebreus assegurou que até que conheçamos os “princípios elementares da doutrina de Cristo”, nunca sairemos da infância espiritual.


Paulo tinha dores de parto para que Cristo fosse formado nos Gálatas e orava para que os Efésios tivessem Cristo e o seu amor habitando em seu coração.


Pedro afirmou que paz e graça se multiplicam quando O conhecemos plenamente, e João declarou que a vida eterna é conhecê-Lo.


Não será possível “manejar bem a Palavra da Verdade”, até que o mistério de Cristo esteja fundamentado em nossos espíritos. Sua obra como homem, ministro, servo de Deus, Palavra eterna, meio através do qual tudo foi criado e, especialmente, o redentor de toda a criação, precisa ser entendida, antes de qualquer entendimento, e o ângulo pelo qual se ensina qualquer verdade. - (Marcos Honório)


V. OBREIROS APROVADOS POR DEUS


a) Pregam e ensinam sem engano. Paulo nunca usou de engano em suas pregações, diferente de alguns falsos mestres de sua época que pregavam e ensinavam com argumentos falsos e logro. É preciso ter muito cuidado com os “lobos” vestidos de ovelhas, que andam a enganar os crentes incautos, sob a capa de “muito espirituais”. Paulo exortava a igreja através da mensagem do evangelho, mostrando-lhes as verdades desconhecidas. Para os novos crentes ele tornou conhecido o “mistério de Deus” — Cristo (Cl 2.2). Paulo era um líder zeloso que levava a mensagem de modo claro, obedecendo à revelação que recebera do Senhor. Aliás, era esse também o cuidado dos demais apóstolos (1Jo 4.6; 2Pe 1.16).


b) Pregam com pureza. Paulo pregava por amor a Cristo. Jesus era o seu alvo. Atualmente, há muitos falsos obreiros que só visam lucro e bens financeiros. Estes se aproveitam da fé dos fiéis para obter ganhos. Na primeira carta a Timóteo, Paulo coloca como um dos requisitos para aqueles que almejam o ministério pastoral, não ser “cobiçoso de torpe ganância” (1Tm 3.3). Pedro também exortou que o obreiro deve apascentar o rebanho do Senhor “tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância” (1Pe 5.2). O obreiro aprovado não visa lucro material, pois sabe que a sua recompensa vem do Senhor.


c) Não buscam a glória de homens. “E, não buscamos glória dos homens [...]” (1Ts 2.6). Quando Paulo estava com os tessalonicenses, ele afirmou que não buscou o elogio deles. Infelizmente muitos buscam glória para si. Estes são movidos a elogios e bajulações. Isso é um perigo para o ministério pastoral e para qualquer servo ou serva de Deus. Tem pregadores e mestres que não aceitam convite para falar para um pequeno auditório. Só se sentem bem se estiverem diante de grandes plateias, pois querem ser vistos pelos homens e não abençoar as pessoas. O obreiro aprovado pelo Senhor busca apontar tão somente o Senhor, e não ele mesmo

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