Quando nos posicionamos ao lado da verdade normalmente somos chamados a assumir responsabilidades, seja pela irredutível defesa de algo que no senso comum poderia passar despercebido, seja por falhas e pecados em nossas vidas que precisam ser confrontados, perdoados e abandonados.
Uma vida íntegra leva em consideração a possibilidade da falha, do pecado e da queda. Ou seja, precisamos assumir a responsabilidade perante nossas atitudes para mantermos a integridade espiritual e moral. E esta é uma das lições mais difíceis de serem aprendidas. O caminho aparentemente mais curto no caso de uma queda (que é a negação do pecado e sua responsabilidade sobre ele) não é de fato curto, pois não nos leva onde Deus deseja.
Há cristãos que possuem grande dificuldade de pedir perdão de maneira verbal e clara, ou de voltar atrás em decisões tomadas, mesmo quando francamente equivocadas. Esta postura provém de um coração soberbo, uma soberba nutrida por uma falsa impressão de superioridade. Talvez fomentada pelo conhecimento acadêmico, uma posição de liderança, seus ganhos e merecimentos. Perceba, porém, que este é o caminho de morte.
Seu coração, ao negar procurar o outro e falar: “errei, perdoa-me”, se lança em uma rota de colisão com o temor do Senhor e a sabedoria, o entendimento de que somos todos igualmente dependentes da graça de Cristo para viver.
Há também aqueles que, para reconhecerem um erro e assumirem a responsabilidade, o fazem sob protesto e acusações. Refiro-me aos que, perante seu próprio pecado, racionalizam afirmando que o outro também pecou, ou é um agressor maior. Grande erro! Essas razões não passam de sombras nas quais seus próprios corações se escondem da humildade necessária para o quebrantamento.
Busquemos a Deus para termos um coração verdadeiramente humilde, quebrantado, perdoado, curado e fortalecido no Senhor e em nossas relações humanas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário