sexta-feira, 11 de abril de 2025

LIÇÕES

No universo do mundo do trabalho, um dos grandes desafios é manter um bom clima organizacional nas equipes de trabalho. Um fato está cada vez mais evidente: somos diferentes. Tais diferenças podem enriquecer como pode distanciar. Depende muito de como as pessoas se portam. Sempre insisto o quão importante é a humildade, pois é ela que nos dá a verdadeira estatura e a melhor postura. Acontece que o comportamento dos outros pode, também, revelar um pouco de nós. Conviver nem sempre é fácil. E justamente por isso, algumas presenças funcionam como espelhos incômodos, que revelam o que preferíamos ignorar. Há pessoas que exigem tanto da nossa paciência que conseguimos enxergar, através delas, os pontos onde ainda não amadurecemos. A convivência difícil não acontece por acaso. Frequentemente, ela evidencia as arestas que ainda precisam ser polidas, os medos que insistem em nos sabotar, os sentimentos que não foram digeridos. Os outros não têm o poder de nos estagnar, mas sim de revelar onde já estamos parados há tempo. Às vezes culpamos os relacionamentos pelas nossas feridas, quando na verdade eles só encostaram onde já doía. Os que nos irritam têm algo a ensinar. São mestres silenciosos de um aprendizado profundo, embora doloroso. Enquanto tentarmos afastar tudo o que nos incomoda, perderemos a chance de crescer a partir da dor. Algumas relações nos desafiam justamente porque tocam em territórios que evitamos há muito tempo. Se tivermos coragem de olhar com humildade, podemos transformar o incômodo em autoconhecimento. Não se trata de aplaudir a dor ou romantizar relações tóxicas, mas de perceber que até o atrito pode nos devolver à caminhada. E, no fim das contas, até as pedras que machucam o pé indicam onde ainda precisamos fortalecer a alma. 

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