FOGE

 “Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão.” (1 Timóteo 6:11)

Há momentos em que a maior prova de sabedoria é saber fugir. Há situações e influências das quais a única atitude correta é o afastamento. Vivemos cercados por distrações, tentações e discursos que desafiam os valores cristãos. Diante disso, cuidar de si mesmo também significa dizer “não”.

Paulo orienta Timóteo a fugir de certas coisas: ganância, vaidade, disputas tolas e desejos prejudiciais. Mas o chamado não é apenas para se afastar do mal, e sim para seguir o bem: justiça, piedade, fé, amor, constância e mansidão. O foco não é a fuga em si, mas o redirecionamento da vida para o que edifica e aproxima de Deus.

Esse cuidado se aplica a todas as áreas: o que consumimos na internet, as conversas que alimentamos, os ambientes que frequentamos e os pensamentos que alojamos em nossas mentes. Fugir pode significar silenciar, se retirar, não dar atenção, mudar de rota. Para tal, é preciso disciplina: buscar crescimento espiritual e cultivar o fruto do Espírito na Palavra, na oração, em conversas edificantes e em tempo de reflexão. Devemos permanecer firmes, mesmo quando o mundo anda na direção contrária.

Na vida familiar, devemos proteger os filhos de influências tóxicas. No trabalho, deixar claros os nossos valores e limites. Nos relacionamentos, evitar alianças que corrompem. Há algo na sua vida ou ao seu redor do qual você deve fugir?

Sim, o cristão deve também, intencionalmente, se aproximar de situações hostis e desafiadoras para influenciar com os valores do Reino, sendo sal e luz. Mas, para tal, é preciso estar fortalecido, preparar-se em oração e estar pronto para influenciar, não ser influenciado.

O verdadeiro cristão deve rejeitar tudo o que não vem de Deus e não glorifica a Deus. Mas ele não é reconhecido apenas pelo que rejeita, mas pelo que persegue com firmeza. Fugir do mal e seguir o bem são duas faces do mesmo zelo: o de guardar o coração.