Quando olhamos para nossos pais, é comum pensarmos que, para seguir em paz, precisamos “perdoar” o que fizeram ou deixaram de fazer. Mas será mesmo?
Então, não há o que perdoar, e sim o que agradecer.
Mesmo que eu tenha sofrido maus-tratos ou outras dores vindas deles, ainda assim não preciso amá-los, mas posso sempre dizer “SIM” ao que já recebi: a vida. E fazer algo de bom com isso.
E mais: a gratidão não é apenas pela vida em si, mas pelo caminho que a trouxe até nós. Agradecer por todo o processo também faz parte.
Talvez, antes de você existir, seu pai e sua mãe tivessem outras histórias. Pode ser que um deles tenha vivido um casamento anterior, que tenha terminado, e só então tenha conhecido o outro. Pode ser que mudanças, separações, encontros e desencontros tenham criado o “cenário perfeito” para que a sua existência fosse possível.
Se qualquer detalhe tivesse sido diferente — o momento, as escolhas, as relações — você não estaria aqui. Entende a grandeza disso?
Por isso, reconhecer e agradecer a esse caminho, mesmo com suas imperfeições, é também honrar a própria vida.
Não é sobre amar ou concordar com tudo que nossos pais fizeram. É sobre dizer “sim” para a história como ela foi, porque foi exatamente assim que você chegou.
E o que seria esse SIM? Dizer “sim” é aceitar a história como ela veio, com gratidão e consciência, sem negar a dor, mas sem se prender a ressentimentos.
O essencial já foi dado. O resto, agora, é por nossa conta.
“Gratidão não apaga a dor, mas nos lembra que a vida é maior do que qualquer ferida.”
Espero, de coração, que a partir de agora você olhe para sua história com um olhar mais amoroso, consciente e agradecido.
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