BEM

 Me sinto privilegiado por conviver intensamente com pessoas que fazem o bem e que estão sempre prontas para ajudar quem precisa. Quando penso no futuro, imagino um multidão engajada nos diferentes trabalhos voluntários. Sinto que, a cada dia, mais gente se apresenta para ajudar as causas sociais. Não procede a afirmação de que ‘ninguém quer nada com nada’. Se pensarmos na alegria e na satisfação que sentimos quando fazemos o bem, não nos imaginamos distantes de um trabalho de caridade. Acontece que a felicidade que sentimos, quando ajudamos quem necessita, não é encontrada em nenhum outro momento ou ação. Com certeza absoluta, faz bem fazer o bem. Muitos dos que se exercitam em fazer o bem esperam por um agradecimento ou um aplauso. Esperar por retorno é abrir as portas para a decepção adentrar. Por isso, não basta somente querer ajudar quem precisa, é imprescindível trabalhar-se para não criar expectativas e aguardar por retornos. O trabalho social é complexo e exige preparo. Seguidamente os retornos são portadores de decepções, pois as expectativas são variadas. Um outro aspecto a ser levado em conta é quanto à gratidão de quem foi ajudado. O ideal seria praticamente natural: saber agradecer. Mas nem todos foram educados para tanto. Diante disso, o risco é de fazer o bem durante uma vida e ainda ter que ouvir reclamações, em relação ao que não foi feito, ou por falta de tempo ou falta de condições. Sempre fica algo por ser feito, num universo de tantas necessidades. É interessante perceber que as pessoas que são ajudadas nem sempre reconhecem e agradecem, mesmo que algo tenha ficado por fazer. Portanto, é necessário estar preparado para fazer o bem. O que importa é a nossa motivação, o nosso desejo de ajudar. Nada pode ser maior do que o nosso amor. Se não tivermos retorno, sem problema, pois fizemos a nossa parte. Sempre sinto uma profunda paz e uma aguçada alegria quando consigo estender a mão para aqueles que precisam. O melhor retorno não vem da terra, mas do céu.