Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último (Ap 1.17).
Os tempos sombrios da perseguição haviam chegado desde que Nero assumira o trono como imperador de Roma em 54 d.C. Dez anos depois, o próprio Nero colocou fogo na capital do império e lançou sobre os cristãos a culpa desse grave delito. Naquele tempo, os cristãos passaram a ser queimados vivos nas estacadas. Tito Vespasiano, que deportou os judeus no ano 70 d.C., também inaugurou o Coliseu Romano, entregando dez mil cristãos à morte na festa de inauguração dessa arena de suplício. Anos mais tarde, na época do imperador Domiciano, o apóstolo João foi deportado para a Ilha de Patmos. Era o último representante do colégio apostólico. Todos os outros já haviam sido mortos pelo viés do martírio. Naquela ilha vulcânica, Deus abriu uma porta do céu para João e mostrou lhe as coisas que deveriam acontecer no desdobrar da história. Mais que isso, o próprio Cristo da glória apareceu a João. Não era mais o Cristo surrado e espancado da sexta-feira da paixão, mas o Cristo glorificado. Sua cabeça era branca como a neve, seus olhos se assemelhavam a chamas de fogo e seus pés pareciam de bronze polido. Sua voz era como de muitas águas, e seu rosto brilhava como o sol em todo o seu fulgor. João caiu aos pés de Cristo, mas o Senhor o ergueu, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último... estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos (v. 17b,18a). A contemplação de Cristo, pelos olhos da fé, ainda pode restaurar sua alma.
❤️✝️
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