quinta-feira, 31 de outubro de 2024

AMARRAS

 A vida passa depressa. Em um piscar de olhos, os dias viram meses, os meses viram anos e, muitas vezes, nos encontramos carregando pesos que não precisariam estar conosco. Podemos guardar tantas coisas boas, mas acabamos guardando também rancor. Guardar rancor é como segurar uma pedra em cada mão enquanto tentamos caminhar. No começo, parece suportável, mas com o tempo, o peso nos impede de seguir adiante, nos esgota, e acabamos perdendo de vista a beleza do caminho. Rancores são feridas que escolhemos carregar, amarras invisíveis que nos prendem ao passado, impedindo-nos de viver plenamente o presente. A vida é curta demais para permanecermos de braços cruzados, esperando que algo mude sem que façamos nossa parte. Soltar o rancor não é um favor ao outro, mas a nós mesmos. É um ato de amor próprio, de libertação. Quando decidimos perdoar, estamos, na verdade, abrindo espaço para que a paz e a alegria ocupem o lugar que antes era tomado pela amargura. Perdoar não significa esquecer o que nos feriu, mas dar a nós mesmos a permissão de seguir adiante, sem o peso do que ficou para trás. A vida é muito curta para desperdiçar energia com ressentimentos que apenas nos desgastam. Quando deixamos ir o rancor, abrimos as portas para novas experiências, para um coração mais leve e para uma alma que encontra serenidade. Cada amanhecer nos dá a oportunidade de recomeçar, de nos despir das antigas dores e de nos permitir viver com mais leveza e gratidão. Que hoje seja um convite para soltar as amarras, para liberar o peso que carregamos inutilmente. A vida é breve, mas é linda para quem escolhe percorrê-la com o coração livre. Que possamos deixar para trás o que nos impede de avançar e caminhar com a certeza de que, sem o peso do rancor, o trajeto se torna mais belo e mais leve.

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