A motivação mais profunda para a vida cristã e a missão é Deus e a glória de Deus. Ele é a origem da missão e também o seu fim. Soberano, absoluto e eterno, Deus de nada necessita. Nem do louvor dos homens ou da aclamação dos anjos. Mas Deus, em seu completo amor e perfeito desejo criou o ser humano para que esse desse glória ao seu Nome. Os céus proclamam a glória de Deus, o universo reconhece o seu Criador e os anjos cantam a sua glória, pois Ele é por essência glorioso (Sl 19:1; Sl 68:34; Lc 2:14).
Mas a humanidade pecou, amando mais a glória dos homens do que a glória do seu Criador. Assim, o Pai, em incompreensível amor e plena justiça, enviou o Filho como sacrifício vivo, chamando o seu povo entre todos os povos e o selando com o Espírito Santo. Sim, Deus deseja ser conhecido, adorado e glorificado por todos os povos da terra e, para isto, envia a sua igreja para proclamar o seu glorioso Nome por toda parte (Rm 3:23; Jo 12:43; Apoc 15:4).
Devemos refletir: qual a motivação mais profunda da missão com a qual nos envolvemos? Será a glória de Deus ou a glória de nossos corações? Será a exaltação a Cristo ou a competição com o nosso irmão? Será o temor ao Altíssimo ou a vaidade da nossa alma? O envolvimento com a missão só glorificará a Deus se a motivação mais profunda for a exaltação do Eterno, e esse é um terreno minado pelo pecado. Se houver sucesso e reconhecimento, a vaidade será um caminho fácil. Se insucesso e críticas, o descontentamento e murmúrio já estarão à espreita. Se comparados a outros, a competitividade tentará aflorar.
Devemos relembrar diariamente que se formos reprovados por Deus, nada terá significado. Nem as grandes realizações, os aplausos efusivos ou os sucessos marcantes. Deus é glorificado em um coração verdadeiramente humilde e quebrantado que, perante o sucesso ou o fracasso, simplesmente diz soli Deo gloria.
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