quinta-feira, 3 de outubro de 2024

INVEJA

 #Bom dia ❤️❤️🔆🔆


🛑INVEJA: 3 OLHARES


Apesar do tema da inveja gerar um desconforto geral, ele é um problema recorrente do cotidiano. Por isso, gostaria de expô-lo a partir de três vértices: o comportamental, o energético e o das constelações familiares.


Sob o ponto de vista comportamental, a inveja é um subproduto da pessoa ressentida que constantemente responsabiliza outros por terem recebido aquilo pelo qual ela se esforçou mas não obteve.  


A pessoa invejosa é incapaz de se alegrar e estraga a alegria dos outros. Ela tenta diminuir os outros, mesmo que por um instante, para se sentir melhor. Age como uma criança, acreditando que o muito reclamar vai gerar recebimento: que as pessoas irão se movimentar por dó ou por medo. Acredita no poder da intimidação e da culpabilização sem saber que os gestos benevolentes brotam de sentimentos de afeição e de admiração genuínos.


Quando ela se torna chefe, chantageia emocionalmente a equipe para ser bajulada. Deixa implícito que se alguém não a adula, se dará muito mal. Quando os inseguros a bajulam, prazerosamente causa-lhes malefício para que fique patente que o sentimento de injustiça que carrega não pode ser neutralizado por agrado, pois todo agrado é falso.  


A pessoa invejosa carrega a sensação de esforço inglório, mesmo quando não se esforça o suficiente. Falta-lhe tenacidade e resiliência. Como preconizado, a motivação decorre da relação entre esforço e recompensa: se quem inveja não espera recompensa porque acredita que ela vem apenas para outros. Por isso, não se esforça e fica aferrada naquilo que falta.  


Tal pessoa não compreendeu que quando alguém vibra abundância, a vida lhe devolve abundância. Isso difere de passar o dia sentado em posição de lótus cantando mantra, mas tem a ver com reconhecer qual contribuição pode dar ao mundo, sendo responsável por isso e indo atrás da abundância dele. 


Dói-lhe ver a realização dos outros, que prefere conceber apenas como sortudos. Por isso são revoltados. Isso pode se dar na forma de um desempregado que culpa o mundo por não obter emprego. 


A prosperidade, é uma energia vibracional calcada no auto reconhecimento, que se expressa na alegria e no amor do que a pessoa é e no seu interesse de obter oportunidades para gerar resultados. As oportunidades de ganhar vem de ensinar, palestrar, projetar algo, difundir ideias, etc. Todos possuem algum talento e ele não deve ser enterrado.


Quando a pessoa inveja inconscientemente, ela agride outros, quer aniquilá-los. Esse desejo é mais forte se for alguém próximo, por dar oportunidade de agressão verbal, com comentários demeritórios a respeito dos trajes, cabelo, resultado, estilo e jeito. Pode ter raiva da completude, da presença e da autenticidade do outro. 


Quando a pessoa inveja no grau mediano, percebe isso e se refreia. No entanto, se incomoda com o modo de expressão do outro, que a perturba. Ao invés de ser o que o outro tem, o alvo é o que o outro é. Ela está começando a se perceber miúda mas faz tentativas de provar o próprio valor, inapropriadamente interrompendo os demais para se tornar o centro das atenções.


Sob o olhar energético, a inveja é uma energia emanada do desejo de aniquilação de outro que deve desaparecer para alguém se sentir melhor. Mesmo inconsciente, tal emanação é negativa: a pessoa reza ao contrário e precisa o outro estar muito bem consigo mesmo para evitar receber essa carga negativa. 


As energias são fenômenos de ressonância em busca de energias semelhantes: quanto mais semelhante, maior a chance da carga produzir malefício. Por exemplo, se alguém ressentido e mesquinho anseia que você não exista, caso você não se aceite e tenha pouca confiança, isso vai colar em você. Existe sempre um caminho para uma energia chegar. Se ela vem de um parente direto, será maior por causa da conexão alicerçada no sangue.


Outro exemplo de suscetibilidade é quando uma pessoa carece da confirmação, elogio, aprovação dos demais. Os elogios são confirmações que abrem caminho para uma energia invejosa encostar porque recai sobre um campo onde há dúvida pessoal quanto o próprio valor. Isto é, se a pessoa se sente menor que a invejosa, vai buscar saber se lhe fez algo desagradável. Pior é quando quer fazer um agrado nela. Tal vítima da inveja se esforça para agradar porque precisa da cara bonitinha dos outros. Isso vai colocá-la sob os pés da pessoa invejosa porque ela quer se sentir superior e já encontrou outra em posição de inferioridade. 


Se alguém é carente, dependente do sorriso do outro, desejoso de agradar todo mundo, receoso de cara feia, comentário negativo e ansioso de esclarecer confusões quem nem criou ou justificar o que nem fez, a energia da inveja certamente já lhe pegou.


É preciso devolver a energia invejosa no momento que ela chega pois pertence ao outro. Isso pode ser feito brincando: “deixa de ser invejosa!” ou “sai pra lá, olho gordo!” ou “agora é a minha vez de brilhar, invejosa!”, dando uma gargalhada alta para se impor e anulando miasmas. Apontar a inveja sem ressentimento. Também é possível se posicionar interiormente e sem comunicar. 


Seja da maneira que for, a fim de se defender ativamente é preciso vivenciar um estado pleno de confiança, se conectar com o brilho próprio e a abundância do cosmos. Deve-se manter-se autoconfiante, sair da ressonância dos outros, sem viver em função deles, querer parar de agradar, de duvidar de si. Para se defender passivamente, evite contar planos e sucessos para não lhe aumentar a revolta. Isto é uma estratégia de evitar um confronto que não precisa ter.


A pessoa invejosa tem problemas com a vida, não com você. Ao invés de lidar com a carga pessoal, ela evita a tarefa e deseja os outros façam por ela. Ela cultiva uma interpretação subjetiva a fim de ocultar o mérito das pessoas e evita cultivar atitudes positivas, se mantendo ressentida. Supõe uma injustiça que, segundo ela, lhe outorgaria o direito de ser justiceira, afirmando não estar gostando disso ou daquilo. Melhor seria se mudasse o ângulo, se ocupando de reflexões úteis como questionando o que a vida não lhe teria dado, no que se sentiria incapaz, etc. Cultivar ressentimento pelos outros não adianta: é preciso arregaçar as mangas e fazer por si.


No olhar das constelações familiares, a inveja pode ser uma energia central ou uma energia secundária. 


A inveja é central se uma pessoa do presente (A) ressoa um ancestral injustiçado (B) que não recebeu. O não-recebimento do ancestral decorre de uma tentativa de equilibração do sistema diante de um fato ainda mais anterior. Isto é, existiria alguém que sofreu uma injustiça real (B) e que era a compensação de um dano causado por outrem (C) a terceiros. Esse ressoar é do tipo identificatório: a pessoa (A) se sente o ancestral injustiçado (B). Isto é, a inveja passou a ser um traço da personalidade da pessoa do presente (A), que reanima o ciclo sendo incapaz de seguir a lei do dar-e-receber. Nesse caso, existe duas frentes de trabalho: a da desconexão com a energia ancestral (B e C) e também o da modificação da personalidade (A), através de psicoterapia tradicional pois o dar-e-receber é da esfera individual e precisa ser exercido mediante a auto responsabilização.


A inveja é secundária se decorrer de energia invasora de pessoas invejosas. É algo relacionado aos sistemas do presente da pessoa. Certas pessoas tem a capacidade de plasmar os sentimentos que tem. Nesse terreno tem os que intencionalmente lançam essa energia. Evito me aprofundar nesse assunto por não ser o foco mas o sentimento negativo é mais facilmente plasmado que o positivo, sendo uma energia do tipo agourento. As constelações atuam cortando a via de acesso dela com a pessoa, neutralizando-a. 


Eu me recordo de uma constelação organizacional, na qual apareceu um funcionário que tinha inveja do negócio do patrão. Ele causava tumulto pessoal e uma convulsão energética na empresa e isso prejudicava os negócios. Nessa constelação, a energia dele foi trabalhada, corrigindo o peso do insucesso financeiro que ele trazia dos ancestrais, para abrir-lhe caminhos favoráveis dentro de um emprego ainda melhor, em outra empresa. Alguns dias depois, ele comunicou, bem contente, que tinha encontrado um trabalho melhor e que gostaria de se desligar. Seria um emprego bem mais favorável para ele. Conforme podemos ver nesse caso, a constelação transformou o cenário com amor por todos os envolvidos e solução foi obtida satisfatoriamente por todas as partes.


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