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sexta-feira, 26 de abril de 2024

PERDÃO

     “Alegrei-me quando me disseram: ‘Vamos à Casa do SENHOR’.” – Salmo 122:1. Na última semana, vimos que a falta de perdão, que é uma das causas pelas quais deixamos de vir à igreja, é resultado da nossa idolatria. Não é exatamente porque nos sentimos ofendidos que deixamos de perdoar – é porque fomos ofendidos “naquela área” (uma área específica da nossa vida com a qual nos preocupamos demasiadamente como resultado da nossa idolatria). O grande argumento que ouvimos é: “pastor, não consigo mais ver o Fulano… Aquilo que ele falou/fez é inaceitável… Não consigo perdoar…” E, com isso, começa o afastamento da comunhão.

 
     Veja: independente da ofensa que nós recebemos, nós devemos perdoar. Não existe nenhuma ofensa imperdoável, a não ser a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mateus 12:31). E é justamente por isso que qualquer pecado praticado contra nós deve ser perdoado. E, se não conseguimos perdoar, é porque estamos com o nosso coração endurecido.

Perdoar o que nós ofende.

   Jesus nos conta uma parábola, em Mateus 18:21-31, sobre um servo que tendo o perdão de uma dívida infinita com seu senhor foi incapaz de perdoar seu conservo que devia muito menos. A parábola termina nos mostrando que há um juízo terrível contra aqueles que são incapazes de perdoar. O que Jesus está nos mostrando é que Deus, o Justo Juíz, foi capaz de perdoar a dívida do nosso pecado – uma dívida impagável – e, por isso, nós devemos perdoar nossos irmãos. Não existe ofensa praticada contra nós que seja maior do que a ofensa que nós mesmos praticamos contra Deus. E, mesmo assim, o Senhor nos perdoou.


   Na verdade, todos nós temos a tendência de querermos revidar quando somos ofendidos. Aquilo nos entristece, provoca raiva e, por isso, somos levados a vingança. E como esse sentimento não pode ser levado “às vias de fato”, então, nós fingimos piedade e ‘excluímos’ o ofensor das nossas vidas, nem que, para isso, tenhamos que deixar a vida como igreja de lado. Mas, perceba: esse não é o padrão do Reino de Deus!

O Padrão do Reino de Deus é o perdão.

   O padrão do Reino de Deus é o perdão! O padrão de Jesus é a superação da ofensa. O apóstolo Pedro nos diz que Jesus foi o nosso exemplo até quando sofreu ofensas: “Pois, ele quando insultado, não revidava com insultos; quando maltratado, não fazia ameaças, mas se entregava àquele que julga retamente…” (I Pedro 2:23)


    É olhando para o exemplo de Cristo que aprendemos que, se deixamos a comunhão por causa de alguma ofensa, então, é porque estamos desconsiderando quem Jesus é! A falta de perdão não pode ser uma desculpa para nos ausentarmos – ao contrário: por causa da nossa falta de capacidade de perdoar, nós deveríamos estar ainda mais presentes. É quando estamos na igreja que ouvimos juntos de Jesus: ouvimos do que Ele fez em nosso favor, ouvimos do Seu Reino, ouvimos sobre a Sua justiça e bondade. E, ao ouvirmos de Jesus, podemos ser impactados com tanta graça e, assim, exercermos a mesma graça na direção daquele que nos ofendeu e, finalmente, perdoar!

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