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segunda-feira, 29 de abril de 2024

LEVEZA

 “(…) porém o Senhor não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o Senhor não estava no terremoto. E depois do terremoto um fogo; porém também o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo uma brisa mansa e leve (ali o Senhor estava).” – 1 Reis 19:11-12

Elias foi um grande profeta. Quando Jesus perguntou aos seus discípulos quem diziam ser o Messias, Elias estava na seleta lista de respostas (Mateus 16:14). É ele quem aparece no monte da transfiguração ao lado do representante da Lei e do Autor da Graça (Mateus 17:3). Seu legado foi misteriosamente lembrado na vida João Batista, o precursor.

Seu ministério começa como prenúncio de um tempo de escassez. Todos foram por ela assolados, exceto Elias. Deus o alimentou por meio de corvos (I Reis 17:6), numa clara demonstração de que o poder de Deus é ilimitado e que ainda os seres impuros (Levíticos 11:15) são subservientes ao Criador.

O Senhor também o alimentou por meio de uma viúva, demonstrando que o poder celeste não está submetido à lógica humana. Pelo contrário, está certo o brocardo que diz “pouco com Deus é muito” (I Reis 17:10).

Através desse profeta Deus demonstrou sua glória, derrotando sozinho uma multidão de 850 homens maus. Ele teve suas experiências com o fogo (I Reis 18:38), com a água (II Reis 2:8) e com o vento (II Reis 2:11).

Nada disso, porém, com respeito a cronologia dos eventos, impediu que ele fosse tomado de uma profunda depressão, chegando a clamar por sua própria morte, conforme nos relata o capítulo dezenove do primeiro livro dos Reis. O motivo? Uma cartinha.

Jezabel, a impiedosa mulher de Acabe, lhe enviou um mensageiro com ameaças. Assim, o mesmo homem que sozinho derrotou um exército, viu-se profundamente abatido por um garoto de recados. Admito, esse é o retrato dos dias humanos. Deus já nos concedeu tantas livramentos e, ainda assim, sofremos antecipadamente pelos problemas vindouros.

Passamos a vivenciar uma profunda crise de sentido. Já lutamos, já vencemos, mas nosso íntimo ainda se angustia com a ideia da derrota. A gente se acostuma demais para não sofrer e, no fim, acaba se acostumando com a dor. Nem todos os costumes são bons. Nem todas as lutas são más. Até o chocolate, maravilha das maravilhas, tem seus dias de amargo. Ou melhor, meio-amargo.

Pois bem. Sabendo disso, Deus alimenta Elias uma outra vez. Agora por meio de um anjo, lhe oferecendo assim o maior alimento humano: a Palavra de Deus. Essa que veio somada de um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água.

Qual foi a Palavra do Senhor? ”Levanta-te, Elias.” (19:8). Depois disso, Ele encontra o Senhor na leveza da brisa. Não no forte vento, nem no terremoto, nem no fogo.

Então, te convido – gente boa, gente querida – a levantar e marchar, porque tem como viver com força e também com leveza (ao mesmo tempo!).

Um abraço carinhoso cheio de esperança,


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