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segunda-feira, 29 de abril de 2024

IGREJA

 Hoje foi um dia triste. Não porque pela primeira vez ministrei para um auditório esvaziado, mas em razão de estarmos diante de uma inédita incerteza social.

A arena pública guarda proporção com a dos gladiadores de Roma. Hoje nos vemos na necessidade de tomar decisões duras. Tempo difíceis, decisões difíceis: suspendemos as atividades presencias da igreja que lidero.

Parece (apenas parece) que de um lado está a fé (“se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum” – Marcos 16:18), e de outro, a prudência (“o prudente percebe o perigo e busca refúgio” – Provérbios 27:12). Já noto sinais de polarização. Igrejas que decidem manter as celebrações públicas, são criticadas por falta de prudência. As que decidem suspender, são criticadas por falta de fé.
Digo isso com temor. Fé e prudência deveriam caminhar juntas. Não há contradição. Noé precisou se recolher em uma arca com sua família. Várias vezes os hebreus se recolheram. Deus não habita em templos feitos por mãos humanas (Atos 17:24). Jesus está no culto doméstico/familiar.

Aqui, nos dias dos cultos regulares, estarei na igreja com a equipe ministerial reduzida. Ministrarei para que o público acompanhe de forma on-line, por meio de nossas plataformas. Portas abertas e severa recomendação de que os fiéis cumpram o isolamento domiciliar.
Pois bem. Num país polarizado, do império das fakenews, da incerteza das notícias, da divergência das opiniões, o julgamento está aberto.

De fato, como “evangélicos”, seremos julgados. Talvez não por um Tribunal, mas certamente pela História.

Jesus foi julgado por três tribunais: o religioso (Sinédrio), o jurídico (romano) e a opinião pública (multidão que absolveu Barrabás). Já estou vendo acontecer.
De um lado, a acusação de que Deus nos livraria do mal DA aglomeração, do outro de que Deus nos livraria do mal fora NA aglomeração. A escolha de Sofia. Com os líderes que trabalham comigo, tomamos uma decisão.

Com o tempo, seremos julgados. De um lado a negligência, de outro a omissão. Além de outros argumentos que não consigo pensar agora. Enfim, qualquer que seja nossa sentença:
Que Jesus nos absolva.

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