sexta-feira, 18 de outubro de 2024

REAL

 

 

A sua identidade é definida por Cristo e está segura nas mãos de Cristo. Você é fortalecido à medida que compreende e abraça a sua identidade em Cristo Jesus. 


Ao seguirmos na leitura em 1 Pedro 2, o apóstolo declara que somos “sacerdócio real” (2:9). Sacerdote era aquele que se colocava entre o povo pecador e o Deus santo. Sua função incluía apresentar a Deus o arrependimento do povo, e mostrar ao povo o perdão divino. Jesus é chamado, na carta aos Hebreus, por “Sumo Sacerdote”, o qual, de uma vez por todas, apresentou os pecadores a Deus e o perdão de Deus aos pecadores (Hb 4:14). Ele foi o Sacerdote e o próprio sacrifício, pois o seu sangue derramado comprou para Deus pessoas de toda tribo, língua, povo e nação (Ap 5:9).

 

Diante disso, pergunta-se: em que sentido somos sacerdócio real? Nós o somos porque pertencemos espiritualmente à linhagem de Cristo, o Rei. É em Cristo e por Cristo que somos abençoados e podemos ser canal de bênçãos a outros. Somos sacerdócio real porque nossa vida foi adquirida por Cristo, o qual nos chamou para viver nele e com Ele para todo o sempre (Rm 8:17).

 

Um exemplo para entendermos nossa relação com Cristo é a imagem de um órfão abandonado em uma grande cidade. Ele nada tem e nada é. Não há ninguém por ele e vive desprovido de qualquer direito, reconhecimento ou herança. Ao passar pelas ruas, ninguém sabe o seu nome, nem vê em seus olhos as suas dores. Ele está misturado com a corrupção, pecado e tristeza daquela cidade, perdido como os demais. Certo dia um Rei chega à cidade, acompanhado de seu filho, o Príncipe, e com seu impressionante exército. Caminham pelas ruas e, para a surpresa de todos, entram em uma sarjeta imunda e mal cheirosa. 

 

O Príncipe lança seu olhar sobre o órfão e o chama pelo nome! O órfão levanta a sua cabeça trêmula, pensando tratar-se de outro, pois não traz consigo nenhum mérito ou virtude, nenhum sobrenome ou título, apenas suas chagas e dores. Como ninguém o conhecia, o Príncipe olha para o Pai e sorri, dizendo: “é ele”. Tomado de espanto por não saber do que se tratava, nem mesmo aquela multidão ao redor, o órfão ouve a voz do Príncipe chamando seu Pai, o Rei, que corre ao encontro e chama-o pelo seu nome mais uma vez e diz: “você é meu, é minha família. Você é príncipe”.

  

Enquanto caminham abraçados para a saída da cidade, o Príncipe, sempre sorridente, diz ao órfão que há tempos esperava por aquele momento e jamais se separariam novamente. O órfão, em uma mistura de êxtase e dúvida, andando entre o Rei e o Príncipe, e vestindo o manto real, vira-se para o Príncipe e pergunta: “Porque eu”? E Ele, amorosamente, sussurra ao seu ouvido: “Eu o escolhi”.


 

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