quarta-feira, 3 de julho de 2024

FLOR

 A flor que és,

não a que possa comprar

te venho oferecer.


Porque não tem preço

o que te ofereço.


E se me debruço a colher a pétala

a terra inteira em teus dedos se desfolha.


E se a mais pura flor para ti desenho

a inteira pétala no nada se despenha.

Porque és a sombra do sonho em que anoiteço.


Morrer é ter terra finita.

E eu tenho a febre da inatingível margem.

Por isso encho de mar o teu olhar

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