sexta-feira, 24 de maio de 2024

DEUS

 OS SOFRIMENTOS


Compilado Por Israel Reis 


Introdução 


I. POR QUE DEUS PERMITE O SOFRIMENTO?


Leitura bíblica: (Jó 5:7-8)


“Mas o homem nasce para a tribulação, como as faíscas se levantam para voar. Porém eu buscaria a Deus; e a ele entregaria a minha causa”. (Jó 5: 7-8)


Quando Deus criou o homem não havia nenhuma doença, dor ou sofrimento de qualquer tipo, porém após a desobediência e queda de Adão a terra tornou-se maldita e a raça humana passou a sofrer “E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.”.(Gn 3:16-19).No tempo presente, é certo que passaremos várias tribulações e aflições. Inevitavelmente, então, surgirão dúvidas como:


POR QUE DEUS PERMITE QUE ISSO ACONTEÇA? 


SERÁ QUE DEUS SE IMPORTA? 


Se Deus é tão Bom, então, por que Ele não põe fim a todo o sofrimento e dor?


As respostas a essas perguntas são impossíveis de serem respondidas. Apenas sabemos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28).


▪︎ Alguns sofrem para se aproximar de Deus. 

Em Jericó havia um cego que passava a sua vida mendigando. Você que tem a visão perfeita talvez não possa imaginar o sofrimento de alguém que vive na mais completa escuridão, pois de todos os sentidos físicos o da visão é o de maior valor e o mais precioso. Quando Jesus chegou a Jericó o cego clamou pedindo misericórdia, e aqueles que iam passando o repreendiam, mas o ceguinho insistia. Quando finalmente ele encontrou com Cristo, o Salvador atendeu ao seu pedido de misericórdia “Dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja. E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou. E logo viu, e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus” (Lc 18:41-43). 


Você que ainda não tem a plena convicção da salvação eterna em Cristo, já parou para pensar que está cego? Com uma cegueira pior do que a física: a cegueira espiritual. Peça a Deus por misericórdia, para que Ele lhe abra os seus olhos, para que resplandeça a luz do Evangelho de Cristo. “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo” (IICo 4:4-6).


▪︎ Há sofrimento para a correção dos filhos. 

É de substancial importância que o crente saiba distinguir claramente a diferença entre a punição divina e o castigo [corretivo] divino. A distinção é muito simples, mas, em muitas vezes é perdida de vista. O povo de Deus nunca pode ter qualquer possibilidade de ser punido por seus pecados, pois Deus já os puniu na cruz “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” (IPe 2:24). [Por outro lado,] o Senhor corrige a todos quantos ama e que recebe por filhos “Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. [Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?” (Hb 12:6-7). 


Quando somos corrigidos pelo Senhor, devemos aceitar tal correção sem alvoroço e não nos enfraquecermos no momento da repreensão “E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, e não desmaies quando por ele fores repreendido” (Hb 12:5). Não existe a menor possibilidade de sermos repreendidos para a condenação “Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (ICo 11:32), lembre-se o castigo da condenação é para os inimigos “Com labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, longe da face do Senhor e da glória do seu poder” (IITs 1:8-9). Já a correção é para os filhos, essa correção de Pai é para nos tornar participantes da santidade de Deus “Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.”(Hb 12:9-10).


II. APRENDEMOS COM O SOFRIMENTO


O sofrimento nos ensina valiosas lições, uma delas é se contentar totalmente com a GRAÇA dada por Deus. O apóstolo Paulo orou por três vezes para que o Senhor desviasse o espinho da sua carne, porém Deus disse-lhe que a Sua graça bastava “E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.” (IICo 12:7-9). Normalmente o ser humano só fica satisfeito, nos momentos em que tudo está ocorrendo bem, porém a Palavra de Deus ensina que devemos nos gloriar nas tribulações e com isso aprendemos a importante lição da paciência “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. (Rm 5:3-5).


III. O SOFRIMENTO TESTA A NOSSA FÉ


Existe no homem a vontade de evitar a todo o custo o sofrimento, mas esse fato é contrário ao que ensina as Sagradas Escrituras. Encontramos na Bíblia que o sofrimento e as tribulações fazem parte da vida do crente e nestes momentos devemos ter a certeza que o Nosso Deus de misericórdia e consolação irá nos confortar e ainda irá nos fortalecer para que possamos consolar aqueles que por algum motivo estão passando por aflições e sofrimentos “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo. Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação e salvação é, a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos; E a nossa esperança acerca de vós é firme, sabendo que, como sois participantes das aflições, assim o sereis também da consolação” (II Co 1:3-7). Não devemos estranhar os momentos difíceis que passamos, pelo contrário temos que nos alegrar com o fato de sermos participantes das aflições de Cristo. O crente, repousa sobre si o Espírito da glória e de Deus “Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado.” (IPe 4:12-14).


***

REFLEXÃO 


IV. O SOFRIMENTO DOS JUSTOS


"Então saiu Satanás da presença do Senhor, e feriu a Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. E Jó tomou um caco para se raspar com ele; e estava assentado no meio da cinza" (Jó 2:7-8)


▪︎ A fidelidade a Deus não é garantia de que o crente não passará por aflições, dores e sofrimentos nesta vida cf. (At 28.16). Na realidade, Jesus ensinou que tais coisas poderão acontecer ao crente cf. (Jo 16.1-4,33; ver 2Tm 3.12). A Bíblia contém numerosos exemplos de santos que passaram por grandes sofrimentos, por diversas razões, (José, Davi, Jó, Jeremias e Paulo).


POR QUE OS CRENTES SOFREM? 


SÃO DIVERSAS AS RAZÕES POR QUE OS CRISTÃOS SOFREM:


1°) O crente experimenta sofrimento como uma decorrência da queda de Adão e Eva.


Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a tristeza, o conflito e, finalmente, a morte sobre o ser humano (Gn 3.16-19). A Bíblia afirma o seguinte: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12; ver nota). Realmente, a totalidade da criação geme sob os efeitos do pecado, e anseia por um novo céu e nova terra (Rm 8.20-23; 2Pe 3.10-13). É nosso dever sempre recorrermos à graça, fortaleza e consolo divinos (cf. 1Co 10.13).


2°) Certos crentes sofrem pela mesma razão que os descrentes sofrem, i.e., consequência de seus próprios atos.


▪︎ A lei bíblica “Tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7) aplica-se a todos de modo geral. Se guiarmos com imprudência o nosso automóvel, poderemos sofrer graves danos. Se não formos comedidos em nossos hábitos alimentares, certamente vamos ter graves problemas de saúde. É nosso dever sempre proceder com sabedoria e de acordo com a Palavra de Deus e evitar tudo o que nos privaria do cuidado providente de Deus.


3°) O crente também sofre, pelo menos no seu espírito, por habitar num mundo pecaminoso e corrompido.


Por toda parte ao nosso redor estão os efeitos do pecado. Sentimos aflição e angústia ao vermos o domínio da iniquidade sobre tantas vidas cf. (Ez 9.4; At 17.16; 2Pe 2.8). É nosso dever orar a Deus para que Ele suplante vitoriosamente o poder do pecado.


4°) Os crentes enfrentam ataques do diabo.


a) As Escrituras claramente mostram que Satanás, como “o deus deste século” (2Co 4.4), controla o presente século mau cf. (1Jo 5.19 nota; Gl 1.4; Hb 2.14). Ele recebe permissão para afligir crentes de várias maneiras cf (1Pe 5.8,9). Jó, um homem reto e temente a Deus, foi atormentado por Satanás por permissão de Deus cf. (Jó 1—2).


▪︎ Jesus afirmou que uma das mulheres por Ele curada estava presa por Satanás há dezoito anos cf (Lc 13.11,16). Paulo reconhecia que o seu espinho na carne era “um mensageiro de Satanás, para me esbofetear” (2Co 12.7). À medida em que travamos guerra espiritual contra “os príncipes das trevas deste século” (Ef 6.12), é inevitável a ocorrência de adversidades. Por isso, Deus nos proveu de armadura espiritual cf. (Ef 6.10-18; Ef 6.11) e armas espirituais (2Co 10.3-6). É nosso dever revestir-nos de toda armadura de Deus e orar (Ef 6.10-18), decididos a permanecer fiéis ao Senhor, segundo a força que Ele nos dá.


b) Satanás e seus seguidores se comprazem em perseguir os crentes. Os que amam ao Senhor Jesus e seguem os seus princípios de verdade e retidão serão perseguidos por causa da sua fé. Evidentemente, esse sofrimento por causa da justiça pode ser uma indicação da nossa fiel devoção a Cristo cf. (Mt 5.10). É nosso dever, uma vez que todos os crentes também são chamados a sofrer perseguição e desprezo por causa da justiça, continuar firmes, confiando naquele que julga com justiça (Mt 5.10,11; 1Co 15.58; 1Pe 2.21-23).


5°) De um ponto de vista essencialmente bíblico, o crente também sofre porque “nós temos a mente de Cristo” cf.(1Co 2.16).


Ser cristão significa estar em Cristo, estar em união com Ele; nisso, compartilhamos dos seus sofrimentos cf. (1Pe 2.21 nota). Por exemplo, assim como Cristo chorou em agonia por causa da cidade ímpia de Jerusalém, cujos habitantes se recusavam a arrepender-se e a aceitar a salvação cf. (Lc 19.41), também devemos chorar pela pecaminosidade e condição perdida da raça humana. Paulo incluiu na lista de seus sofrimentos por amor a Cristo (2Co 11.23-32; ver 2Co 11.23) a sua preocupação diária pelas igrejas que fundara: “quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me abrase?” (2Co 11.29).


▪︎ Semelhante angústia mental por causa daqueles que amamos em Cristo deve ser uma parte natural da nossa vida: “chorai com os que choram” (Rm 12.15).


▪︎ Realmente, compartilhar dos sofrimentos de Cristo é uma condição para sermos glorificados com Cristo (Rm 8.17). É nosso dever dar graças a Deus, pois, assim como os sofrimentos de Cristo são nossos, assim também nosso é o seu consolo (2Co 1.5).


6°) Deus pode usar o sofrimento como catalisador para o nosso crescimento ou melhoramento espiritual:


a) Frequentemente, Ele emprega o sofrimento a fim de chamar a si o seu povo desgarrado, para arrependimento dos seus pecados e renovação espiritual (ver o livro de Juízes). É nosso dever confessar nossos pecados conhecidos e examinar nossa vida para ver se há alguma coisa que desagrada o Espírito Santo.


b) Deus, às vezes, usa o sofrimento para testar a nossa fé, para ver se permanecemos fiéis a Ele. A Bíblia diz que as provações que enfrentamos são “a prova da vossa fé” (Tg 1.3; ver Tg 1.2); elas são um meio de aperfeiçoamento da nossa fé em Cristo cf. (Dt 8.3; 1Pe 1.7 nota). É nosso dever reconhecer que uma fé autêntica resultará em “louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo” (1Pe 1.7).


c) Deus emprega o sofrimento, não somente para fortalecer a nossa fé, mas também para nos ajudar no desenvolvimento do caráter cristão e da retidão. Segundo vemos nas cartas de Paulo e Tiago, Deus quer que aprendamos a ser pacientes mediante o sofrimento (Rm 5.3-5; Tg 1.3). No sofrimento, aprendemos a depender menos de nós mesmos e mais de Deus e da sua graça (ver Rm 5.3 nota; 2Co 12.9). É nosso dever estar afinados com aquilo que Deus quer que aprendamos através do sofrimento.


d) Deus também pode permitir que soframos dor e aflição para que possamos melhor consolar e animar outros que estão a sofrer cf. (2Co 1.4). É nosso dever usar nossa experiência advinda do sofrimento para encorajar e fortalecer outros crentes.


7°) Finalmente, Deus pode usar, e usa mesmo, o sofrimento dos justos para propagar o seu reino e seu plano redentor. Por exemplo: toda injustiça por que José passou nas mãos dos seus irmãos e dos egípcios faziam parte do plano de Deus “para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento” (Gn 45.7). O principal exemplo, aqui, é o sofrimento de Cristo, “o Santo e o Justo” (At 3.14), que experimentou perseguição, agonia e morte para que o plano divino da salvação fosse plenamente cumprido. Isso não exime da iniquidade aqueles que o crucificaram (At 2.23), mas indica, sim, como Deus pode usar o sofrimento dos justos pelos pecadores, para seus próprios propósitos e sua própria glória.


(Donald C. Stamps)


***

Conclusão


V. TRIBULAÇÕES E AFLIÇÕES 


O salvo não deve estar aflito com as tribulações, ele tem a promessa de uma vida gloriosa que será revelada no tempo futuro “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8:18). Esperando tão graciosa revelação, o crente aprende a ter contentamento em todos os momentos de sua vida “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Fp.. 4:11-13). 


Temos a certeza que o Nosso Senhor, não irá nos desamparar “Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei. E assim com confiança ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem.” (Hb. 13:5-6). O crente tem a obrigação de estar sempre em oração, dando graças a Deus em todos os momentos de sua vida “Orai sem cessar. Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” (ITs 5:17-18). Nunca pense que Deus nos chama pela dor, somos atraídos a Ele pela Sua benignidade e pelo Seu amor eterno “Há muito que o SENHOR me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jr 31:3). 


Estamos coberto no amor de Deus e quem está neste amor lança fora o temor. O grande conforto dos filhos de Deus é a promessa do Nosso Senhor que haverá um dia em que toda lágrima e sofrimento serão extintos e seremos o povo de Deus “E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” (Ap 21:3-4) - (Pr. Walter Costa)


VI. POR QUE DEUS PERMITE QUE PASSEMOS POR PROVAÇÕES E TRIBULAÇÕES?


Uma das partes mais difíceis da vida cristã é o fato de que se tornar um discípulo de Cristo não nos torna imunes a provações e tribulações da vida. Por que um Deus bom e amoroso permite que passemos por coisas como a morte de uma criança, doenças e ferimentos a nós mesmos e nossos entes queridos, dificuldades financeiras, preocupação e medo? Certamente, se Ele nos amasse, Ele tiraria todas essas coisas de nossas vidas. Afinal, amar não significa que Ele quer que nossas vidas sejam fáceis e confortáveis? Na verdade, não, não significa. A Bíblia ensina claramente que Deus ama aqueles que são Seus filhos, e que todas as coisas "cooperam para o bem daqueles que amam a Deus" (Romanos 8:28). Então, isso deve significar que as provações e tribulações que Ele permite em nossas vidas fazem parte de tudo que coopera para o nosso bem. Portanto, para o crente, todas as provações e tribulações devem ter um propósito divino.


Como em todas as coisas, o propósito final de Deus para nós é crescer mais e mais à imagem de Seu Filho (Romanos 8:29). Este é o objetivo do cristão, e tudo na vida, incluindo as provações e tribulações, foi concebido para nos permitir alcançar esse objetivo. Ser separado para os propósitos de Deus e equipado para viver para a Sua glória faz parte do processo de santificação. A maneira em que tribulações alcançam este objetivo é explicado em 1 Pedro 1:6-7: "Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, ara que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo". A verdadeira fé do crente será confirmada pelas provações que sofremos para que possamos descansar na certeza de que essa fé é real e vai durar para sempre.


As provações desenvolvem em nós um caráter piedoso, e isso nos permite a gloriar "nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de De us é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado" (Romanos 5:3-5). Jesus Cristo de

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