sexta-feira, 31 de maio de 2024

ESCOLHAS


 A trajetória existencial é feita de muitas maneiras e de infinitas escolhas. Cada um de nós tem um jeito de ser e um modo único de construir relacionamentos. Somos marcados pelos traços culturais e pelos acessos que delineamos. Naturalmente gostamos de reter coisas e pessoas, quase impedindo o fluxo natural. Sendo mais claro: nos apegamos em pessoas e coisas que não somam para a qualificação da existência. O momento é propício para assimilarmos a importância de deixar que algumas coisas sigam em frente, pois já cumpriram seu papel. O excesso de apego não faz bem para ninguém, pois compromete a liberdade e interfere na espontaneidade. Existimos para a construção da autonomia, que faz toda a diferença em nossa caminhada de vida. Não é difícil de encontrar pessoas enclausuras, com ideias fixas e com dificuldade de perdoar para libertar. Deixar as coisas irem é um modo leve de conviver com diferentes situações. Temos que deixar ir o erro do passado, a escolha mal feita, as promessas não cumpridas e a confiança que foi traída. Para acolher e provar um novo momento é necessário ser capaz de desapegar-se das decepções e, também das confusões. Com facilidade são construídos relacionamentos que acabam machucado e impedindo que a vida seja vivida na sua naturalidade. Uma pessoa leve e livre convive mais facilmente, evita desencontros e é prudente nas palavras. Um dia teremos que deixar tudo para partir definitivamente. A lógica da vida propõe o desapego, pois daqui não levaremos nada. Viver sem tantas coisas é uma forma de garantir a espontaneidade e otimizar a esperança. Tem tanta coisa que precisa ir embora, muitas páginas que necessitam ser viradas e incontáveis mágoas que devem ser libertadas. Nossa essência é a liberdade e a leveza e não o apego e a inflexibilidade. Sem dúvida, é preciso saber viver. 

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