PÃO

 DÁ-ME O PÃO QUE ME FOR NECESSÁRIO

"afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário" (Prov 30:8)

Agur faz dois pedidos a Deus no capítulo 30 do livro de Provérbios. O primeiro é: "afasta de mim a falsidade e a mentira"; e o segundo: "não me dês nem a pobreza nem a riqueza". E conclui: "dá-me o pão que me for necessário" (v 8)

Logo depois, ele explica o motivo destes pedidos: "para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus" (v.9). 

Qual a preocupação de Agur ao fazer estes dois pedidos? Em uma leitura rápida, temos a impressão que ele está preocupado com uma provisão equilibrada, em que tenha o suficiente para viver. O motivo, porém, é outro. 

Antes de tratarmos do ponto central, eu chamo a sua atenção para a ênfase que ele dá à sua súplica a Deus. Antes de apresentar seus pedidos, ele diz: "Duas coisas te peço; não mas negues, antes que eu morra" (v.7). Trata-se, portanto, de algo de altíssima importância, uma oração feita no profundo do seu ser. Há algumas verdades a serem observadas neste lindíssimo texto. 

Primeiro, a súplica a Deus não é por provisão material, mas por fidelidade à Ele. Os motivos da oração ficam claros se lermos o texto com atenção. Ele pede o que entende necessitar, na medida certa, para não correr o risco de negar o nome do Senhor! Como lemos: "para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus". A preocupação de Agur, portanto, não era passar necessidade, mas desonrar o nome do Altíssimo! Assim, ele pede o que julga necessitar para permanecer fiel. 

Segundo, a melhor medida é a medida de Deus. Agur pede para não ter muito nem pouco, mas o que precisa. Nem sempre sabemos o que de fato precisamos. A Palavra nos ensina que "Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres" (Tg 4:3). Que o Senhor nos dê o que necessitamos na medida e no tempo certo. 

Terceiro, o Senhor é o nosso provedor. A oração exclama: "dá-me o pão que me for necessário". Assim também devemos orar. O Senhor, que sabe o que precisamos e quando precisamos, irá prover o necessário. E Ele sabe muito bem qual é o nosso "necessário". Que o Senhor nos abençoe para termos contentamento de coração perante a Sua provisão. E que Ele nos ajude a termos nosso foco no profundo desejo e compromisso de jamais desonrarmos o Seu precioso ,