segunda-feira, 7 de outubro de 2024

BARREIRAS

 BARREIRAS À EVANGELIZAÇÃO


Se anunciar o evangelho é um dos nossos maiores privilégios, é também um dos maiores desafios. Há graves barreiras à evangelização.


A primeira é a má compreensão da natureza do evangelho. Sob a influência liberal na segunda metade do século passado, o evangelho foi relido a partir de lentes mais sociológicas do que teológicas. Uma das nocivas consequências foi igualar o evangelho à igreja e, assim, evangelizar tornou-se proclamar a igreja – os redimidos –, e não Cristo – o Redentor. Passou-se a falar mais dos cristãos e menos de Cristo; apresentar mais a obra da igreja do que a obra de Cristo; exaltar mais os herois da igreja do que o Nome acima de todo nome; levantar mais alto a bandeira eclesiástica do que a bandeira do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Precisamos resgatar a compreensão bíblica de que o evangelho é Jesus Cristo. Se lhe forem dados apenas cinco minutos para partilhar o evangelho, conte a história de Jesus.


A segunda barreira à evangelização é a falta de santidade. No Salmo 51, o salmista clama a Deus para que tenha misericórdia e apague as suas transgressões. Pede para ser lavado da iniquidade e purificado do seu pecado. Confessa que pecou e crê no perdão, que limpa e purifica, santificando a vida. No auge do seu clamor, ele pede que Deus lhe dê um coração puro e suplica que seja mantido na presença do Senhor, sendo restituída a alegria da salvação. Logo depois, afirma uma das consequências da santidade: “Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti” (v.13). A santidade realinha, entre outras coisas, a nossa cosmovisão: o modo como vemos o mundo – e nos vemos nesse mundo. Ela nos impulsiona a priorizar o que é prioridade para Deus e torna a nossa vida um testemunho vivo e perceptível da mensagem que é falada. Não há verdadeira evangelização sem uma vida compatível com a fé.


A terceira barreira à evangelização é a timidez espiritual. Curiosamente, a falta de audácia na evangelização não está ligada ao tipo de temperamento ou perfil pessoal. Devemos ser lembrados que nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra principados e potestades. Guiado por esse entendimento, o apóstolo Paulo, no fim de sua carta aos Efésios, pede que orem para que lhe seja dada coragem para a pregação do evangelho (Ef 6:19). O maior plantador de igrejas e destemido pregador do evangelho pede oração para que tenha ousadia para evangelizar. Deixa claro que tal coragem não procede de preparo teológico ou experiência de vida, mas de Deus. Precisamos orar mais para evangelizar mais.



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