VIDA

 A vida de uma pessoa com deficiência pode ser vista como uma roda-gigante em loop infinito, uma jornada que gira constantemente, mas não necessariamente em círculos perfeitos. Nesse carrossel de experiências, encontramos uma sucessão de novos hábitos, uma mudança inesperada e uma superação que jamais imaginamos que fosse acontecer, mas que, de repente, simplesmente se desdobra diante de nós.

Ao nascermos ou adquirirmos uma deficiência, somos confrontados com a necessidade de reavaliar e redefinir a maneira como vivemos nossas vidas. A adaptação torna-se nossa fiel companheira, e cada dia traz consigo desafios únicos e oportunidades para crescimento. Precisamos nos acostumar a pegar nossas próprias rédeas, a arrumar a cadeira de rodas, a planejar nossas viagens de uma maneira que nunca antes havíamos considerado.

Mas mais do que isso, devemos nos acostumar a repensar e reaprender nossos próprios limites, um pouco a cada dia. Esses limites, que podem parecer intransponíveis a princípio, são, na verdade, fronteiras em constante movimento. A cada nova experiência, a cada desafio enfrentado, descobrimos que somos capazes de ir além do que imaginávamos.

E então, no meio dessa montanha-russa da vida, ocorre uma mudança inesperada. Talvez seja a conquista de algo que parecia inatingível, a superação de uma barreira que antes considerávamos impenetrável. Essa mudança não é apenas uma virada de página em nossa história, mas sim um capítulo completamente novo, cheio de possibilidades e oportunidades que jamais teríamos previsto.

Nessa jornada, aprendemos a acolher as surpresas que a vida nos reserva ao conhecer nossos limites. Cada obstáculo nos ensina algo novo sobre nós mesmos, sobre nossa resiliência, nossa força interior e nossa capacidade de adaptação. Cada reviravolta da roda-gigante nos lembra que a vida é uma jornada imprevisível, e que nossos limites são apenas pontos de partida, não fronteiras definitivas.