sexta-feira, 23 de agosto de 2024

JOTAO

 A PARÁBOLA PROFÉTICA DE JOTÃO


‹‹Ouvi-me, cidadãos de Siquém, e Deus vos ouvirá a vós; Foram uma vez as árvores a ungir para si um rei, e disseram à oliveira: Reina tu sobre nós. Porém a oliveira lhes disse: Deixaria eu a minha gordura, que Deus e os homens em mim prezam, e iria pairar sobre as árvores? Então disseram as árvores à figueira: Vem tu, e reina sobre nós. Porém a figueira lhes disse: Deixaria eu a minha doçura, o meu bom fruto, e iria pairar sobre as árvores? Então disseram as árvores à videira: Vem tu, e reina sobre nós. Porém a videira lhes disse: Deixaria eu o meu mosto, que alegra a Deus e aos homens, e iria pairar sobre as árvores? Então todas as árvores disseram ao espinheiro: Vem tu, e reina sobre nós. E disse o espinheiro às árvores: Se, na verdade, me ungis por rei sobre vós, vinde, e confiai-vos debaixo da minha sombra; mas, se não, saia fogo do espinheiro que consuma os cedros do Líbano›› (Jz 9.7-15 – ACF)


*Jotão | hb. יוֹתָם - (Yowtham) | Nome Próprio Masculino | yo-thawm' | Sf. Jehovah é perfeito


Jotão foi um rei de Judá conhecido por seu reinado justo e pacífico. Ele reinou após seu pai Uzias, e durante seu governo o reino prosperou. Seu nome, que significa 'Jehovah é perfeito', reflete sua confiança em Deus para governar com integridade. Jotão também é lembrado por sua parábola das árvores em Juízes 9, que alerta sobre os perigos da liderança opressora e da insensatez.


Por Israel Reis


Introdução


PARÁBOLA DAS ÁRVORES | (Jz 9.7-15)     


Jotão - significa Jeová é perfeito / Javé é perfeito


▪︎ No original hebraico Yowtham (יותם), Jotão provavelmente significa “o Senhor é perfeito” - (Strong)

                                                                                                          Essa parábola contada aos homens de Siquém por Jotão, filho mais novo de Gideão (Jerubaal), e único sobrevivente do massacre de seus 70 irmãos por Abimeleque (outro irmão) é outra profecia em forma de parábola, uma vez que se cumpriu. Abimeleque, filho bastardo de Gideão (com uma concubina siquemita - cf. Jz 8.31), aspirava a ser rei e persuadiu os homens de Siquém a matar todos os 70 filhos legítimos de seu pai (exceto o que escapou) e o proclamarem rei. Jotão, o sobrevivente, subindo ao monte Gerizim, proferiu a parábola ao rei e ao povo, fugindo em seguida. Em ambos os Testamentos, parábolas é uma ilustração criada para estabelecer uma situação concreta ao lado de um conceito abstrato. 


Aqui as “arvores” são o povo de Siquém, que querem um rei. O “espinheiro” é Abimeleque. Esse arbusto é inútil, não produz semente. Era também perigoso e uma ameaça, porque seus galhos secos frequentemente iniciavam incêndio. Essa poderosa imagem predisse que Abimeleque destruiria tanto a Siquém como a si próprio. Abimeleque destrói Siquém, com setenta peças de prata, que deram do templo de baal cf. (Jz 9.4), ele subornou homens para assassinar os próprios irmãos e destruiu a cidade e espalhou sal sobre ela “e assolou a cidade, e a semeou de sal” (Jz 9.45). Espalhar sal simbolizava a destruição total da cidade e sua infertilidade perpétua cf. (Dt 29.23; Sl 107.34).


● A aplicação é por demais óbvia. O nobre Gideão e seus respeitáveis filhos haviam rejeitado o reino que lhes fora oferecido, mas o bastardo e desprezível Abimeleque o aceitara e se afiguraria aos seus súditos como espinheiro incômodo e feroz destruidor; seu caminho acabaria da mesma forma que o espinheiro em chamas no reinado mútuo dele para com os seus súditos (Jz 9.16-20). O fogo a sair do espinheiro talvez se refira ao fato de que o incêndio muitas vezes se inicia no arbusto seco, pela fricção dos galhos, formando assim um emblema apropriado para a guerra das obsessões, que geralmente destroem as alianças entre homens perversos. Embora a habilidade de Jotão no emprego das imagens tenha atraído a atenção dos homens de Siquém e tenha agido como um espelho a refletir a tolice criminosa deles, esse reflexo não os faz arrepender-se da perversidade. Os siquemitas não proferiram sentença contra si próprios, como fez Davi após ouvir a tocante parábola de Natã, ou como fizeram muitos dos que ouviram as parábolas de Jesus (Mt 21.14). Eloqüência eficaz é a que move o coração a agir. Os ouvintes da parábola de Jotão ainda toleraram o reinado de Abimeleque por mais três anos.


▪︎ Todas as três arvores deram a mesma razão do por que elas não deveriam deixar a função com que prestavam serviços inestimáveis para tomar uma posição que parecia desnecessária?


***

A ANALOGIA OU FÁBULA:


▪︎ AÍ TODAS AS ÁRVORES FORAM PEDIR AO ESPINHEIRO: "VENHA SER O NOSSO REI."

E O ESPINHEIRO RESPONDEU: "HUM... ESTÁ BEM! SE VOCÊS QUEREM MESMO ME FAZER O SEU REI, VENHAM E FIQUEM DEBAIXO DA MINHA SOMBRA".


Esta era uma planta espinhosa comum nas colinas da Palestina. Ela representava a antítese de árvores valiosas que haviam rejeitado a oferta para ser rei. Aqui Jotão começa a fazer a aplicação da parábola.  

                                              

- O arbusto desavisado faz um convite impossível...                                                                                                                      

- Seus galhos não podem oferecer sombra, pois estão cheios de espinhos... Aqui está uma ironia cortante. Jotão descreve compara o absurdo com a situação onde foram parar os siquemitas. Jotão quer dizer ao povo que Abimeleque não pode fornecer proteção, como o fraco espinheiro não é capaz de proporcionar sombra ou proteger as outras arvores. Então, como observaremos, a vida da nação israelita é retratada pela semelhança com as árvores citadas na parábola, cada qual com propriedades especialmente valiosas ao povo do Oriente. Muito poderia ser dito a respeito das árvores, sendo a vida de cada uma diferente uma da outra. Embora todas recebam sustento do mesmo solo, cada uma toma da terra o que é compatível com a sua própria natureza, para produzir os respectivos frutos e atender às suas necessidades. São as árvores diferentes no que se refere ao tamanho, à forma e ao valor. Cada árvore possui glória própria. As fortes protegem as mais fracas do calor intenso e das tempestades ferozes (v. Dn 4.20,22 e Is 32.1).          

                                                                                                                   

● A oliveira é uma das árvores mais valiosas. Os olivais eram numerosos na Palestina. Winifred Walker, em seu livro lindamente ilustrado Ali the plants of the Bible [Todas as plantas da Bíblia], diz que "uma árvore adulta produz anualmente meia tonelada de óleo". O óleo proporcionava a luz artificial (Êx 27.20) e era usado como alimento, sendo também um ingrediente da oferta de manjares. O fruto também era comido, e a madeira, usada em construções (1Rs 7.23,31,32). As folhas da oliveira simbolizam a paz.         

                                                                                                                                                    

● A figueira, famosa por sua doçura, era também altamente apreciada. Seu fruto era muito consumido, e seus ramos frondosos forneciam um excelente abrigo (ISm 25.18). Adão e Eva usaram folhas de figueira para cobrir a sua nudez (Gn 3.6,7). Os figos são os primeiros frutos mencionados na Bíblia.         

                                                                                            

● A videira era igualmente estimada por causa dos seus imensos cachos de uva, que produziam o vinho - grande fonte de riqueza na Palestina (Nm 13.23). O "vinho, que alegra Deus e os homens". Sentar-se debaixo da própria figueira ou videira era uma expressão proverbial que denotava paz e prosperidade (Mq 4.4).               

                                                                             

● O cedro, a maior de todas as árvores bíblicas, era famosa por sua notável altura, pois muitas vezes "media 37 m de altura e 6 m de diâmetro". Por causa da qualidade da madeira, o cedro foi usado na construção do templo e do palácio de Salomão. Altivos e fortes, eles simbolizavam os homens de Siquém, poderosos o suficiente para levar adiante o terrível massacre dos filhos de Gideão. Lang fez a seguinte aplicação: ‹‹Assim como um espinheiro em chamas poderia atear fogo numa floresta de cedros e assim como um cedro em chamas causaria a destruição de todos os espinheiros à sua volta, também Abimeleque e os homens de Siquém eram mutuamente destrutivos e trocaram entre si a recompensa da ingratidão e da violência das duas partes››.   


● O espinheiro é um poderoso arbusto que cresce em qualquer solo. Não produz frutos valiosos, e sua árvore, da mesma forma, não serve de abrigo. Sua madeira é usada pelos habitantes como combustível.


▪︎ ‹‹Para nós a lição é clara: “O doce contentamento com a nossa esfera de atuação e o privilégio de estarmos na obra de Deus, estando no lugar em que o Senhor nos pôs; e a inutilidade da cobiça por mera promoção››


▪︎ Como a oliveira, a figueira, a videira e o espinheiro são muitas vezes usados como símbolos de Israel, será proveitoso reportarmo-nos de modo resumido a essa aplicação:


1°) A oliveira fala dos privilégios e das bênçãos pactuais de Israel (Rm 11.17-25)


E corretamente chamada o primeiro “rei” das árvores, porque, por manter-se sempre verde, fala da duradoura aliança que Deus fez com Abraão, antes mesmo de Israel se formar. Na parábola de Jotão, a oliveira é caracterizada por sua gordura e, quando usada, tanto Deus como o homem são honrados (Êx 27.20,21; Lv 2.1). Os privilégios dos israelitas (sua gordura) são encontrados em (Romanos 3.2 e 9.4,5). Nenhuma outra nação foi tão abençoada quanto Israel. O fracasso de Israel (oliveira) se vê no fato de que alguns de seus ramos foram arrancados, e certos galhos selvagens foram enxertados no lugar. Os gentios estão desfrutando de alguns dos privilégios e das bênçãos da oliveira. De todas as bênçãos recebidas por Israel, a principal foi o dom da Palavra de Deus e o dom do seu Filho. Hoje os gentios regenerados estão pregando sobre o Filho de Deus a Israel, levando até essa nação a Palavra de Deus. A restauração dos judeus, entretanto, é vista em sua gordura, no dia em que todo Israel será salvo [...] se sua queda foi riqueza para o mundo [...] quanto mais sua plenitude”.


2°) A figueira fala dos privilégios nacionais de Israel (Mt 21.18-20; 24.32,33; Mc 11.12-14; Lc 13.6-8).


O que caracteriza a figueira é a sua doçura e seus bons frutos. Deus plantou Israel, sua figueira, mas o seu fruto se corrompeu e, no lugar da doçura, houve amargor. Foi o que aconteceu quando o nosso Senhor veio a Israel, pois os seus (o seu povo) não o receberam. Com amargor, os judeus o consideraram um endemoninhado e “formaram conselho contra ele, para o matarem”. Hoje acontece a mesma coisa, pois Israel ainda rejeita o seu Messias e é amargo para com ele. David Baron disse: ‹‹Tenho conhecido pessoalmente muitos homens amáveis e de caráter adorável entre os judeus, mas, assim que o nome ‘Jesus’ é mencionado, mudam o semblante, como se tivessem um acesso de indignação [...] cerrando os punhos, rangendo os dentes e cuspindo no chão por causa da simples menção do nome››.


O fracasso de Israel se vê no ressecamento da figueira (Mt 21.19,20). Nosso Senhor procurou frutos, mas, como não encontrou um sequer, amaldiçoou a árvore infrutífera, e ela secou. Na parábola de Lucas, ela é derrubada. Essa é a situação de Israel há muitos séculos. A figueira está seca, sem rei, sem bandeira e sem lar. Ela é cauda, apesar da promessa de ser cabeça entre as nações. A restauração de Israel se observa nos brotos verdes da figueira. O Senhor certa vez amaldiçoou uma figueira, dizendo: “Nunca mais nasça fruto de ti”. Quanto à outra figueira, Israel, no entanto, disse:


▪︎ ‹‹Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão›› (Mt 24.32 – ACF)


▪︎ ‹‹Quando já têm rebentado, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão›› (Lc 21.30 – ACF)


3°) A videira simboliza os privilégios espirituais de Israel (Is 5.1-7; SI 80.9-19; Ez 15; Jo 15).


O que caracterizava a videira era o vinho, que alegra tanto a Deus como ao homem. O vinho é o símbolo escolhido pelo Senhor para a alegria. Quando Israel tinha os odres de vinho cheios e transbordantes, esse fato servia de prova indiscutível de que a bênção transbordante do Senhor estava sobre o povo e, é claro, de que havia alegria sob a aprovação divina; e o próprio Deus alegrava-se na libação oferecida por seu povo. O fracasso de Israel se vê na videira consumida e devorada e na vinha pisoteada. Deus trouxe a videira do Egito, plantou-a em lugar preparado, fez tudo por ela, mas ela perdeu o viço, de modo que as suas sebes foram retiradas e a plantação ficou desolada. Não existe mais vinho. A restauração de Israel acontecerá no dia da visitação de Deus. ‹‹Oh! Deus dos Exércitos, volta-te, nós te rogamos, atende dos céus, e vê, e visita esta vide; E a videira que a tua destra plantou, .... Faze-nos voltar, SENHOR Deus dos Exércitos; faze resplandecer o teu rosto, e seremos salvos›› (Sl 80.14-19 – ACF). Essa visitação acontecerá na pessoa do Filho de Deus, pois todas as bênçãos espirituais estão nele, e daqui em diante Israel as encontrará somente na Videira Verdadeira.


4°) O espinheiro, a mais insignificante das árvores, só serve para ser queimada. 


O espinheiro estava disposto a reinar sobre as árvores. E todas elas estavam dispostas a lhe prestar submissão. Isso é profético e reflete o dia em que Israel será dominado pelo Anticristo. O espinheiro é uma árvore cujos espinhos representam a maldição do pecado.


● Quando o espinheiro vier, dirá:

“...vinde refugiar-vos debaixo da minha sombra...”. Quando nosso bendito Senhor esteve aqui, disse: ‘Vinde a mim’; e o que teve em resposta foi: “Fora! Fora! Crucifica-o! [...] Não temos rei, senão César”.

Mas, quando vier o espinheiro, eles o receberão e farão uma aliança com ele, depositando a confiança na sua sombra. Sairá fogo do espinheiro e consumirá a todos. Essa é uma profecia sobre a grande tribulação, a hora da dificuldade para Jacó. Mas o próprio espinheiro será queimado e destruído (Jz 9.20). Isso acontecerá na vinda do nosso Senhor (2Ts 2.8). E a gordura, a doçura e a alegria das árvores abençoarão a Israel e farão dele uma bênção, por meio daquele que morreu no madeiro amaldiçoado. - (Todas as Parábolas da Bíblia – Herbert Lockyer – pag. 35,36,37).


Conclusão 


Que lições extraordinárias, sérias, graves e solenes podem ser extraídas dessa passagem! O exemplo do espinheiro Abimeleque ensina que aqueles que são ávidos pelo poder e pelas posições honoríficas, na verdade, são pessoas indignas daquilo que tanto anseiam. Matthew Henry diz algo muito interessante:


▪︎ ‹‹Não vamos nos surpreender em ver o tolo assentar-se em grandes alturas (Ec 10.6), os mais vis dos filhos dos homens serem exaltados (Sl 12.8) e os homens serem cegos para os seus próprios interesses na escolha dos seus guias››.


Através do exemplo das árvores frutíferas podemos aprender que ausência de ambição é uma evidência por demais importante de dignidade e verdadeira vocação. Homens dignos não se degladiam na busca pelo poder. Pelo contrário, eles relutam diante das honrarias oferecidas. A história apresenta exemplos que consubstanciam isso. Tem-se o exemplo do profeta Jeremias, que via a si mesmo como um menino (Jeremias 1.6). Tem-se o exemplo de Moisés, que via sua dificuldade no falar como incapacidade para a grandiosa tarefa que Deus colocava diante de si (Êxodo 4.10). Os melhores e mais capazes homens não ambicionam reinar sobre o povo. O Senhor Jesus Cristo deixou isso claro: 


▪︎ ‹‹Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal›› (Mt 20.25-26 – ACF)


Há algo maior que ser rei, presidente de presbitério, sínodo e Supremo Concílio. Outra lição que pode ser extraída da parábola de Jotão, é que quando os ambiciosos, por seu egoísmo, procuram todos os meios para ocuparem posições honrosas e nelas se perpetuarem, isso certamente resultará em prejuízo para aqueles que são governados. Quando vemos homens maquinando, organizando conluios e conchavos, utilizando-se de expedientes escusos, legais, porém antiéticos para galgarem a presidência de determinadas diretorias, podemos estar certos de se tratarem de Abimeleques do nosso tempo. Particularmente, fico preocupado quando vejo homens ambicionando cargos honoríficos em nosso meio. 


Nossas árvores acabam sendo lideradas por espinheiros, consequentemente, seremos vítimas do seu fogo. Por fim, uma palavra a respeito de muitas pessoas que recusam cargos de liderança, motivados não por verdadeira humildade, mas por algum outro sentimento carnal. A Igreja recebeu de Deus o discernimento para escolher seus líderes, portanto, ela é capaz de reconhecer os dons e a vocação que pessoas receberam da parte do Senhor. Em muitas ocasiões, em eleições de sociedades internas e até mesmo nos concílios da Igreja, pessoas verdadeiramente preparadas e capacitadas rejeitam cargos. O resultado, como pode ser visto na parábola de Jotão, é que quando as árvores frutíferas dos nossos dias rejeitam peremptoriamente cargos na Igreja, e por motivos completamente alheios aos apresentados pelas árvores frutíferas da parábola, espinheiros acabam ocupando tais cargos e trazendo fogo sobre todas as árvores. 


Portanto, tenhamos cuidado e examinemos nossa consciência na hora de aceitar ou recusar um cargo de liderança. Devemos nos perguntar: Por qual razão desejo estou aceitando esse cargo? Por qual razão estou recusando o mesmo? Tanto aceitar motivado por ambição quanto recusar motivado por egoísmo é pecado diante do Senhor. O exemplo de verdadeira humildade pode ser encontrado na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, que:


‹‹Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos›› (Mt 20.28 ACF)


▪︎ ‹‹O texto nos mostra que se as árvores frutíferas não assumirem o seu papel na sociedade, a árvore má reinará (Jz 9.9-14). É o próprio Senhor quem nos ensina sobre as árvores. Lucas 6.44-45: ‹‹Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca››. Quantas vezes por nossas ações e omissões não deixamos de ocupar o lugar que Deus nos deu, e com isso, acabamos permitindo que os homens maus ocupem este lugar?››


REFLEXÃO 


▪︎ ‹‹Nós temos que cultivar na igreja hoje em dia a Oliveira, a Figueira e a Videira. Aquilo que elas representam espiritualmente precisam reinar no nosso meio. Se elas não reinarem, o Espinheiro termina reinando, e quando isso acontece, o Cedro, que é tipo da Obra, corre o risco de ser destruído››


▪︎ ‹‹Assim é o cristão, conhecido pelos seus frutos, os mais fortes suportando os mais fracos, todos produzindo frutos dignos de arrependimento e fazem parte de um mesmo corpo, o de Cristo. A diferença entre os cristãos e as árvores do bosque, é que os cristãos servem a Deus com seus dons, não se vangloriam por terem talentos especiais, e não tem medo dos espinheiros, pois levam marcas de Cristo em vossos corpos e sabem que o seu trabalho no Senhor não é vão››


▪︎ ‹‹Moral da historia: Eram excelentes candidatas para assumir a liderança, porque tinham algo para oferecer, mais o comodismo de apenas produzir e não repartir, ou investir e influenciar outros, preferiram se omitiram de exercer uma grande liderança e assim deixar a sua marca. Sendo assim....Quando os bons se omitem, os ruins aparecem exercendo a sua tirania, c

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