Encontrar-se com a humildade
Nas entrelinhas das conversas e da escrita é possível perceber que a preocupação com a vida tem aumentado significativamente. A percepção é de que todos querem dar um sentido à existência, no desejo de viver com significado. Gosto de perceber que a demanda existencial esteja na pauta diária. Afinal, nada é mais significativo do que simplesmente viver. A cada amanhecer desejamos acrescentar esperança aos passos e ânimo ao coração. É importante ter metas e objetivos, mas que estes não sejam apenas materiais. Vejo a vida, como a maioria das pessoas, num frequente exercício de altos e baixos, acertos e erros, vitórias e derrotas. Porém, em todas essas situações nunca somos perdedores. É possível conquistar muitos ganhos quando abraçamos as derrotas e as decepções e delas abstraímos profundos aprendizados. Subir e descer é uma realidade natural e até necessária no exercício da humildade. Acontece que, normalmente, atrelamentos ao material as maiores conquistas. Um dia, tomara que não demore muito, a vida não estará mais tão dependente das coisas materiais, para ser classificada como boa ou ótima. Estar bem consigo mesmo é superior a tudo, é uma vitória sem explicação. Porém, para poder erguer-se é preciso aceitar as quedas, compreender que faz parte da trajetória esse movimento de ter que se erguer, depois de uma inevitável caída. Não sei quem instituiu o sentimento de vergonha, quando das quedas e frustrações. Só experimenta a queda quem está em movimento tentando alcançar algo maior. Não devemos nos envergonhar dos nossos fracassos. Pelo contrário, devemos nos sentir plenamente humanos e abertos para o aprendizado, quando somos visitados por determinadas quedas e perdas. A humildade é a maior conquista humana. Um coração humilde sempre encontra razões para recomeçar e erguer-se novamente. Viver é abraçar os dias com seus altos e baixos e seguir em frente, sem desanimar.
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