SORTE

O filme “A Morte Pede Carona” (The Hitcher), dirigido por Robert Harmon em 1986, é um suspense que nos faz refletir sobre os perigos de oferecer carona a desconhecidos. A trama segue Jim Halsey, um jovem que, ao dar carona a um psicopata, se vê perseguido implacavelmente, enquanto a polícia o acusa de crimes que não cometeu. O filme serve como um alerta: nem todos que se aproximam de nós têm boas intenções.

Assim como Jim, corremos riscos quando permitimos que outras pessoas tomem carona em nossas vidas. A decisão pode trazer sorte ou nos levar à ruína. A história bíblica de Jeú ilustra bem essa escolha. Ungido como rei por Eliseu, Jeú recebeu a missão de erradicar os descendentes de Acabe, evitando que perpetuassem sua política perversa. Ele sabia que precisava ser seletivo com quem se aproximava, pois qualquer um poderia ser um agente infiltrado.

Em 2 Reis 10:15-16, Jeú encontra Jonadabe, filho de Recabe, e, antes de permitir que ele subisse em seu carro, faz uma pergunta crucial: “Reto é o teu coração para comigo, como o meu o é para contigo?” Só depois de garantir que estavam em sintonia, Jeú oferece a mão a Jonadabe e o convida a seguir com ele.

Caminhar de mãos dadas implica seguir na mesma direção. Se os corações não estão alinhados, acabamos andando em círculos, sem progresso. A “morte” que nos pede carona pode ser a morte de nossos sonhos e propósitos. Amós 3:3 nos questiona: “Andarão dois juntos se não estiverem de acordo?” Paulo e Barnabé, por exemplo, tiveram que se separar porque suas agendas eram incompatíveis, preservando assim a integridade de seus propósitos.

Somos todos caroneiros em algum momento. O importante é garantir que estamos seguindo na mesma direção e com corações alinhados. Paulo nos exorta em 1 Coríntios 1:10 a ser unidos em um mesmo pensamento e propósito. Às vezes, é necessário deixar alguém descer do carro porque já chegou ao seu destino ou porque nossos caminhos se tornaram diferentes. Nesses casos, é melhor guardar as boas lembranças e seguir em frente sem mágoas.