sábado, 10 de agosto de 2024

FELICIDADE

 QUE A FELICIDADE DO OUTRO JAMAIS NOS OFENDA!

Jesus, em Sua sabedoria, contou três parábolas que nos desafiam a refletir sobre a vida e a graça. A primeira fala de um pastor que, ao perder uma de suas cem ovelhas, deixa as noventa e nove no deserto para buscar a que se extraviou. Embora tivesse perdido apenas 1% de seu rebanho, o pastor se arrisca para recuperar aquela única ovelha, mostrando a importância que ela tem. Ao encontrá-la, ele a coloca nos ombros e, cheio de alegria, convida seus vizinhos para celebrar.


Na segunda parábola, uma mulher perde uma de suas dez moedas – uma perda de 10%. Ela não precisa sair de casa para procurar, pois a moeda foi perdida dentro do lar. Ela acende uma candeia, varre a casa, e persiste até encontrar o que havia perdido. E, assim como o pastor, ao encontrar a moeda, ela também convida amigas e vizinhas para comemorar.


Essas duas parábolas, apresentadas em forma de pergunta, nos mostram a perda em contextos diferentes: externa e interna. A primeira exige busca, a segunda, procura.


A terceira parábola, no entanto, une as anteriores. Um homem tinha dois filhos. O mais novo pede sua parte na herança e a desperdiça, enquanto o mais velho permanece com o pai. Embora pareça que apenas o filho pródigo se perdeu, ao final, vemos que o filho mais velho também estava perdido, mas dentro de casa. A alegria do pai ao recuperar o filho mais novo expõe o ressentimento do mais velho, que se recusa a participar da celebração.


Cada parábola termina com uma festa. Mas, na última, vemos alguém se recusando a celebrar. O filho mais velho, embora aparentemente justificável em sua atitude, não compreende que a justiça divina vai além da justiça humana. A graça subverte nossa lógica de mérito e demérito.


Não celebrar o retorno do perdido revela a perdição de quem jamais se permitiu partir. Todos nós, seja dentro ou fora, somos igualmente necessitados da graça de Deus. Enquanto a felicidade do outro nos ofender, ainda não compreendemos o que é graça, muito menos, o que é amor.



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