quinta-feira, 5 de setembro de 2024

PERDÃO

 Vamos falar sobre perdão? Perdoar implica necessariamente retomar a convivência? E se Deus nos perdoasse assim, preferindo manter-nos distantes de Sua presença? Imagine se Ele nos perdoasse, mas não nos franqueasse o céu. Seria isso perdão pra valer? Que tal irmos para o inferno, porém, perdoados? Não faz o menor sentido, não é verdade? Então, quem perdoa deve aceitar conviver com quem lhe magoou? Para entendermos melhor a questão, vamos apontar, para fins didáticos, dois tipos de perdão. 


Há um tipo de perdão que é unilateral. A gente perdoa quem nos ofendeu, sem que este tenha demonstrado qualquer arrependimento. Neste caso, não há a necessidade de que a convivência seja retomada. Perdoamos por entender que não vale a pena guardar mágoas de ninguém. Mesmo assim, nos mantemos numa distância segura, precavendo-nos para não sermos magoados novamente. Este tipo de perdão admite a co-existência, mas não nos impõe a convivência. 


Há, entretanto, um tipo de perdão que envolve o arrependimento sincero de quem nos ofendeu. Neste caso, se de fato houvermos perdoado, não faremos objeção a que o convívio seja retomado. Pelo menos é isso que aprendemos com o próprio Deus. Independentemente de havermos ou não nos arrependido, Ele já nos perdoou. Porém, para desfrutarmos plenamente deste perdão, tendo nossa comunhão restabelecida, devemos nos arrepender com sinceridade, entendendo a dor que nossos pecados causaram ao Seu coração paterno.



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