quarta-feira, 18 de setembro de 2024

VIDA

 Se a vida precisasse somente de algumas coisas materiais, os desafios existenciais não seriam tão instigantes. Imersos num mundo de possibilidades e de conexões, uma necessidade se impõe: amar-se. Pode parecer simples, mas quantas vezes nos esquecemos de que o amor mais puro e verdadeiro deve começar dentro de nós? Vivemos em um mundo onde a busca pela aceitação dos outros frequentemente nos distrai de um relacionamento mais importante: o que temos com nós mesmos. Aquele carinho que, às vezes, esperamos dos outros, precisa brotar em nosso próprio coração, porque é ali que o amor verdadeiro se fortalece. A ideia de amar-se primeiro não é egoísmo, é sabedoria. A verdade é que ninguém pode preencher o vazio que nós mesmos devemos cuidar. Quando depositamos toda a expectativa de amor e carinho no outro, nos afastamos da responsabilidade de sermos nosso próprio porto seguro. Aprender a ser a própria fonte de afeto, a primeira pessoa a quem oferecemos compreensão e carinho, é o caminho para viver com mais leveza. O amor que dedicamos a nós mesmo cria raízes profundas, e é dessas raízes que todo o resto cresce. Pensemos em um jardim: se cuidarmos apenas das flores que estão à vista, sem dar atenção à terra, sem regar as raízes, o jardim perde sua força. Assim é o amor que cultivamos dentro de nós. Ele precisa ser nutrido, regado com paciência, aceitação e gentileza. Quando o amor-próprio floresce, a necessidade de validação externa se enfraquece. Pensemos nas pequenas coisas que podemos fazer para nos cuidar melhor, para sermos gentis conosco mesmos. O amor que dedicamos a nós mesmos é o alicerce de todas as outras relações. E quando nos amamos de verdade, fica mais fácil amar os outros, porque não há carência, não há vazio. Que possamos, hoje e sempre, lembrar que o primeiro e mais importante amor é aquele que mora em nós mesmos.

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