terça-feira, 13 de agosto de 2024

TESOURO

 O TESOURO DE ACÃ


Durante a conquista da terra prometida, o exército de Israel foi derrotado diante de uma cidade chamada Ai. O mais surpreendente é que os inimigos se encontravam em menor número, mas, ainda assim, puseram em fuga o povo de Deus. Então, o Senhor disse a Josué que os israelitas haviam cometido um grave erro, tomando para si o que seria consagrado a Deus. Depois de uma busca, descobriram que o culpado era um homem chamado Acã, que assim se pronunciou: 


"Verdadeiramente pequei contra o Senhor Deus de Israel, e fiz assim e assim. Quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma cunha de ouro, do peso de cinquenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata por baixo dela. Então Josué enviou mensageiros, que foram correndo à tenda; e eis que tudo estava escondido na sua tenda, e a prata por baixo" (Josué 7:20-22).


Muitas lições se apresentam no referido episódio. A iniquidade individual pode causar derrotas coletivas. Um só homem pode prejudicar uma nação inteira. Embora todos os israelitas fossem pecadores, a derrota aconteceu devido a um pecado específico. Toda transgressão é maligna, mas algumas têm maior potencial ofensivo e destrutivo. Trata-se de abominações. Naquele caso, a palavra utilizada foi "anátema", que tem dois sentidos: "consagrado" e "maldito", ou seja, o homem recebe uma maldição quando conquista o que seria consagrado ao Senhor.


Como geralmente acontece, o pecado se desenvolveu por meio de um processo: ver, desejar e consumar o ato (Tg.1.14-15). Quando Acã viu aqueles objetos, sua cobiça foi despertada. De fato, o homem é muito influenciado pelo que vê, de modo que o mundo espiritual invisível fique em segundo plano. Imediatamente, ele fez uma avaliação daquelas peças, constatando serem "boas". Ele percebeu que estava diante de objetos autênticos e valiosos, e estava certo. Havia ali uma verdadeira capa babilônica, além de ouro e prata verdadeiros. 


O mesmo pode acontecer conosco. Embora estejamos diante de coisas boas e verdadeiras, isto não significa que sempre possamos tomar posse delas, pois podem pertencer a Deus. O pecado nem sempre se apresentará por meio de coisas ruins, mas por coisas boas que, com excelentes características, podem nos convencer. 


Em casos desse tipo, a conquista parece um sucesso, mas é um grande fracasso. Em pouco tempo, a alegria imediata dá lugar à tristeza. É assim com o roubo, a usurpação ou o relacionamento com a mulher do próximo. 


NA BATALHA ANTERIOR, EM JERICÓ, JOSUÉ DISSE AO POVO: 


"Gritai, porque o Senhor vos tem dado a cidade. Porém a cidade será anátema ao Senhor, ela e tudo quanto houver nela... Tão-somente guardai-vos do anátema, para que não toqueis nem tomeis alguma coisa dele, e assim façais maldito o arraial de Israel, e o perturbeis. Porém toda a prata, e o ouro, e os vasos de metal, e de ferro são consagrados ao Senhor; irão ao tesouro do Senhor" (Josué 6:16-19).


Em futuras conquistas, o povo poderia se apossar dos despojos, mas, na primeira cidade, tudo seria de Deus. Assim, a Palavra do Senhor deve ser a nossa base para os relacionamentos, os negócios, o trabalho etc.


O que é proibido traz maldição. 


Acã escondeu tudo na sua tenda. O fato de precisar ocultar indicava que havia um erro em sua atitude. Assim acontece com muitos pecados cometidos em segredo. Entretanto, as consequências foram públicas: Acã foi condenado à morte. 


Tudo isso nos ensina sobre as decisões que tomamos confiados em nossas próprias avaliações. Precisamos, em primeiro lugar, saber o que Deus disse, de modo que possamos acertar em nossas escolhas e evitar grandes derrotas. 

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