O arrependimento pregado por Jesus não tem nada a ver com remorsos advindos da culpa pelos nossos erros. A palavra traduzida por “arrependimento” é METANOIA que significa literalmente “expansão de consciência.” Somente assim podemos conhecer as dimensões do amor, conforme Paulo em sua carta aos Efésios, isto é, sua largura, comprimento, altura e profundidade.
Deus não cabe em mentes fechadas e obtusas. E onde cabe Deus, cabe o mundo inteiro. Ora, se o amor é largo, então, comporta a todos os seres, inclusive os que pensam, vivem e professem sua fé diferentemente de nós. O comprimento do amor diz respeito à sua durabilidade. Quem ama, ama para sempre, independentemente de reciprocidade.
A altura do amor se refere ao seu poder, capaz de nos levar a atos altruístas desprovidos de qualquer intenção que não seja o bem de quem se ama. A profundidade do amor aponta para o fato de ele ser arraigado na subjetividade, não se tratando, portanto, de algo superficial, artificialmente produzido. O amor confere autenticidade à existência.
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