quinta-feira, 5 de setembro de 2024

ACASO

  “Por isso, eu, o prisioneiro no Senhor, peço que vocês vivam de maneira digna da vocação a que foram chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando uns aos outros em amor, fazendo tudo para preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”. (Ef. 4:1-3)


 


Uma necessidade na vida de todo o ser humano, é ter clareza de seu propósito. Pessoas sem propósito tendem a perder a perspectiva de vida, ou seja, os sonhos e os planos, o trabalho e os muitos esforços do dia a dia, perdem o sentido. Em nossa vida espiritual, isso também é uma verdade. Temos que ter clareza de nosso propósito.


Para nós, que conhecemos a Cristo, como nosso único e suficiente Salvador e Senhor, isso se manifesta na vocação a que fomos chamados a cumprir, como nos diz o apóstolo Paulo em Efésios 4:1-3. Quando olhamos o texto no original em grego, as palavras “vocação” e “chamado” tem a mesma raiz, e carregam o sentido de “aquele que recebeu o chamamento para algo ou alguma coisa”. Paulo, chega a dizer em Romanos 11:29, que os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis. 


Mas qual é, na realidade, a vocação a que fomos chamados? Em síntese, fomos vocacionados a amar a Deus acima de todas as coisas, e ao nosso próximo como a nós mesmos na vivência prática do ide. Porque é no nosso dia a dia, no encontro com outras pessoas, tocando e sendo tocados, que demonstramos o nosso amor a Deus (pela obediência a sua vontade), e ao nosso próximo quando agimos com o outro em amor.


As qualidades que o apóstolo Paulo elenca para esse viver, são fundamentais na prática do amor ao próximo. Humildade, mansidão (força sob controle), longanimidade (paciência), são características do caráter do próprio Cristo, que fazem parte do fruto do Espírito, nos auxiliando a ter a imagem de Deus restaurada em nós (Gn 1:27). 


É interessante notar, como o apóstolo percebe a expressão dessas características na prática do “suportai-vos uns aos outros em amor” preservando a unidade do Espírito pela paz. Suportar em amor, é chorar com os que choram, se alegrar com os que se alegram, é ouvir, cuidar, zelar, dar apoio, exortar, caminhar junto, priorizar o que nos une e não o que possa nos dividir. Somos pessoas diferentes, mas amamos e buscamos o mesmo Autor e Consumador de nossa fé. Ide, portanto, e fazei discípulos!

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