sexta-feira, 13 de setembro de 2024

TEMPOS

Os cenários já anunciam outros tempos: a brotação permitem vida aos galhos desfolhados. As roseiras estão viçosas com os novos brotos, as parreiras já sinalizam a nova estação. Gosto de observar o movimento primaveril dos plátanos. Tudo está indicando que teremos uma estação de muito verde e com o cantar de uma diversidade de pássaros. Os humanos também podem florescer, independentemente de qualquer estação, pois são portadores de muita vida e de significativa capacidade de recomeçar. Mas para florescer é preciso conhecer-se. A dúvida em relação a si mesmo pode impedir o crescimento e, consequentemente, a felicidade. De fato, o autoconhecimento é o começo da sabedoria e o fim do sofrimento. A maior parte dos sofrimentos estão relacionados à ausência do autoconhecimento: quando não sei quem sou, corro o risco de não saber fazer escolhas. Uma pessoa sábia é conhecedora dos seus limites e da sua capacidade, conhece suas qualidades e seus defeitos. A sabedoria sempre faz parceria com a humildade: pessoas humildes e sábias são capazes do autoconhecimento. Não podemos negar que enfrentamos alguns sofrimentos cotidianamente, sendo que alguns são passageiros, outros são mais insistentes. Ainda bem que algumas dores nos ajudam no processo de amadurecimento. Conhecer-se é condição para poder avançar na construção e na realização dos sonhos. Uma pessoa não centrada nem sempre acerta o caminho a ser seguido. O ponto de partida é o ‘eu’ para harmonizar, através da convivência, o ‘nós’. As perguntas são as mesmas em todos os tempos: quem eu sou, onde quero chegar, com quem estou caminhando? Não tem como fugir da própria identidade: tudo depende do autoconhecimento. Vejo tantas pessoas comentando excessivamente a vida dos outros e pouco sabendo de si mesmo. A busca pelo autoconhecimento é uma jornada que desconhece fim. Todos os dias estamos aprendendo algo novo de nós mesmos. Não se trata de uma tarefa, mas de uma missão existencial. 

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