Há uma diferença gritante entre o mal intencional e o mal colateral. Não é raro alguém buscar vingança contra quem, na verdade, causou-lhe dor de forma involuntária, como um efeito colateral de uma decisão ou atitude que nunca teve a intenção de prejudicá-lo. Nesses momentos, a tentação de retribuir a dor pode ser forte, mas a melhor resposta, em qualquer dos casos, sempre será o perdão.
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Ninguém tem maior capacidade de nos desapontar e ferir do que aqueles que mais amamos. Por isso mesmo, são eles que mais necessitam do nosso perdão. Perdoar um inimigo pode ser mais simples, pois ele não tem o poder de nos decepcionar de forma tão profunda. No entanto, é precisamente no contexto das relações mais íntimas e queridas que o perdão se torna essencial, pois a proximidade do amor também traz a vulnerabilidade da dor.
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Geralmente, quem merece teu perdão, dele não carece. Quem dele carece, geralmente, não o merece.
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