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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013


Parábola sobre o Amor

Havia um homem. Certa vez ele ouviu dizer que Deus é Amor e decidiu procurar esse amor. Começou a ouvir o que as pessoas diziam sobre isso.
* * *
Ouviu o seguinte:
“Eu amo a carne!”, disse um. Em seguida, foi e matou um cordeiro, assou-o e o comeu.
“E eu amo a caça! Posso acertar em qualquer ave em pleno vôo! Posso encontrar qualquer fera escondida na floresta densa, matá-la e tirar sua pele!”, disse outro.
“Que sorte, porque eu amo me vestir com peles”, disse uma jovem.
“E eu amo as flores!”, acrescentou outra; ela costumava colocar diversos ramalhetes de flores nos jarros e contemplar sua morte enquanto elas murchavam.
Que pena que as flores sem raízes tenham se convertido em um símbolo de amor e de beleza!
Outro homem disse:
“Eu amo tanto a minha mulher e minha paixão por ela é tão forte que a mataria se de repente ela me traísse com outro!”
Um militar acrescentou:
“Eu amo a glória mais que a todas as mulheres! Por um momento de glória, estou disposto a dar tudo!” E ele procura inimigos para enviar seu exército para a morte. Por uns momentos de glória, está disposto a perder vidas humanas.
Um imperador disse:
“Eu amo o poder! Eu dito as leis para o meu país! Todos têm que satisfazer meus desejos! E que tudo seja segundo minha vontade! Eu executo e eu perdoo! Eu inicio a guerra e eu estabeleço a paz!”
Ademais, o homem ouviu:
“Nós amamos a Deus! Por nossa fé estamos dispostos a morrer! Por nossa fé estamos dispostos a matar!”
* * *
O homem se horrorizou por tudo o que ouviu e exclamou: “Isto não pode ser amor!”
E as montanhas ressoaram: “Isto não é o amor!”
E exclamaram as aves: “Isto não é o amor!”
E as folhas sussurravam: “Isto não é o amor!”
E soaram os rios: “Isto não é o amor!”
E o oceano retumbou: “O que alguém quer para si e derrama o sangue do seu semelhante, não é o amor!”
Então, o homem foi para outro lugar.
* * *
Chegou a um país e viu ali um menino bondoso. Perguntou a ele: “O que amas?”
“Amo a minha mãe e a meu pai! Amo esta clareira no bosque cheio de flores! Amo também este rio e estas árvores! Amo cantar e dançar, trabalhar e jogar! Todos se alegram com meu amor! E todos me amam!”
O homem continuou seu caminho e viu um jovem enamorado, a quem também perguntou sobre o amor. Em resposta, o enamorado repetiu as palavras que uma vez disse a sua amada: “Seja feliz, meu amor! Ainda que fiques com outro, te repito: Seja feliz! Que saibas que me alegro por ti!”
O homem caminhou mais e viu um belo jardim, como se a terra mesma houvesse florescido! Viu um campo de trigo e o que havia cultivado isto. E perguntou-lhe:
“O que amas?”
“Amo esta terra! Faço jardins, cultivo trigo e flores e eles me dão seus frutos, sua beleza e seu aroma. Aquele que fez um belo jardim e a todos deu seu amor comerá frutos maravilhosos!”
O homem continuou sua viajem pelo país onde reinavam a ordem e a paz e viu prosperidade e abundância na vida daquele povo.
Finalmente, chegou ao governante daquele país e perguntou que era que ele amava?
O sábio governante lhe respondeu:
“Amo a meu país e a todos seus habitantes! Estou disposto inclusive a sofrer humilhações para prevenir a guerra e afiançar a paz para meu povo!”
O homem continuou seu caminho. Escutava e observava.
E um dia se encontrou com o Mestre da Alma que amava a Deus com todo seu coração.
Então, lhe perguntou:
“Diz-me, como Deus ama? Como é Seu Amor? Como conhecê-lo e como distinguir o que é o amor e o que não é?”
O Mestre respondeu:
“No amor não pode haver nenhum desejo para si! Todo aquele que possuir tal desejo não é amor, e sim, a paixão e os caprichos! O amor é o fundamento do universo! E também é a luz da alma!
Me perguntas como Deus ama?
A água flui e dá de beber a todos! Assim ama Deus!
A Terra cuida e sustenta a todas as criaturas! Assim ama Deus!
O sol brilha e ilumina tudo com sua luz! Assim ama Deus!
Tu também deves tratar de amar e sempre expressar tua ternura aos demais!
Se cultivas o amor dentro de ti, um dia poderás experimentar e ver Deus!”

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