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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

MEMÓRIA

“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.”. (Lm Jr 3:21) É nessa verdade que começo a falar com vocês hoje: Trazer à memória, se lembrar. O profeta que escreveu este versículo foi um homem extremamente usado por Deus… Jeremias foi chamado de “o profeta chorão”, pois por muitas vezes profetizou em desfavor de Israel por causa de seus desvios e se afligia porque desejava que Deus poupasse seu povo. Logo, me remeto a pensar que o fato de estarmos firmes e corretos diante do Senhor não nos poupará de sofrer ou de derramarmos algumas lágrimas. Nas últimas semanas refleti sobre um fato que muitos tomaram conhecimento: o falecimento do filho da cantora Eyshila. O povo de Deus se mobilizou de uma forma muito grande em oração e clamor diante de Deus, mas aprouve ao Pai colher o jovem rapaz. Quando soube que isso acontecera, eu chorei… Fiquei pensando porque Deus havia feito aquilo, pois foram tantas orações, súplicas… Lembrei que por diversas vezes chorei diante de Deus ouvindo a Eyshila ministrar, parecia que ela cantava as minhas orações e naquele momento ela chorava e estava sofrendo. Comecei a imaginar o que estaria passando pela cabeça daquela mulher e de seu esposo, e orei ao Senhor para que os confortasse. Passados alguns dias, acompanhando a Eyshila pelas redes sociais tenho visto como essa mulher exala Cristo e mostra o Deus forte que ela serve, pois até em meio a uma situação tão dolorosa, tenho sido ministrada através das palavras dela. Leia alguns trechos: “As pessoas tem me perguntado como eu consigo continuar de pé. Eis a resposta: Eu tenho Jesus. Ele é o dono da paz. Isso não me impede de chorar e clamar até cansar. Mas eu tenho certeza de que vai passar, e alguma coisa Deus vai me ensinar com tudo isso… Quem pode compreender os desígnios desse Deus cujos pensamentos e intenções são impenetráveis? Se eu pudesse entender tudo sobre Ele, eu seria seu deus e não Ele o meu (…).” “Não posso perder a oportunidade de mostrar a você o Consolador que também habita em mim. Seu papel não é me explicar tudo ou me dar satisfação sobre a minha dor. Não!!! Seu papel é CONSOLAR. Explicar pra depois consolar é coisa de homem. Consolar apesar de nem sempre explicar é coisa de Deus. Ele me ama! Haja o que houver EU SEI QUE ELE ME AMA! Se eu choro ele me ama, se eu sorrio Ele me ama. Ele não precisa me explicar, só precisa me amar… e me consolar (…).” Depois de ler algumas mensagens como esta, eu me sinto tão pequena, e vejo que TUDO, ABSOLUTAMENTE TUDO que a palavra de Deus diz é verdade… Não é a toa que está escrito “o seu poder se aperfeiçoa na minha fraqueza, pois quando penso que estou fraco, é que estou forte” (2 Coríntios 12:9-10). Mais ainda vejo que não somos blindados de chorar, de sofrer, mas isso não quer dizer que não há propósito nas dores… A palavra de Deus é repleta de homens como o próprio Jeremias que se afligiram, que sentiram tristeza, foram atribulados, mas não angustiados, perplexos, mas não desanimados, perseguidos mas não desamparados, abatidos mas não destruídos, porém em tudo, deixaram que a luz resplandecesse através de suas vidas, sabendo que a excelência do poder era de Deus, e que eles eram apenas instrumentos do Pai em todo tempo, que a vida deles cumpria um propósito maior. Quando compreendemos que a dor não define quem somos, podemos enxergar além. Jeremias, disse que iria trazer à memória aquilo que podia lhe trazer esperança. Muitas vezes não fazemos isso. Em meio às batalhas diárias, aos gigantes que vêm nos afrontar, por diversos momentos esquecemos o tamanho do nosso Deus e focamos no problema… O problema vira literalmente a meta diária e esquecemos quais são as nossas armas poderosas. ESQUECEMOS daquilo que o Senhor já fez por nós e nos queixamos dizendo “Deus não me ajuda!” ou “Deus se esqueceu de mim”… Se não bastasse dizer isso, ainda levamos o tal problema para quem não pode fazer nada para resolver e assim, além do problema número 1, se cria o problema número 2, pois você terá a sua vida na boca e ouvidos de quem não pode resolver o que se passa. Hoje, eu quero te encorajar a lembrar de tudo que Jesus já fez por você, pela sua família. Lembre-se de quantas vezes o Senhor te vestiu, te alimentou, te abençoou, te de deu amor, protegeu, consolou. Lembre-se daquela prova que você venceu, das pequenas vitórias, das grandes também. Não existe a desculpa que Deus nunca fez nada por você! Se hoje você está lendo estas palavras, você tem motivos para agradecer e se lembrar que acordou com saúde, que abriu os olhos. Cito o trecho de um texto de um pastor chamado Flamarion Rolando, onde ele diz: “A bíblia relata muitos casos de pessoas que tinham tudo para dar errado se fossem olhar para o problema. Abrãao era velho demais para ter filhos, Davi foi rejeitado por sua família e por seu profeta, José foi vendido como escravo pelos irmãos, Jefté era filho de uma prostituta, Gideão tinha um exército muito pequeno, Jesus já suava gotas de sangue e teria que ser crucificado, mas todos eles por terem decidido trazer a memória somente aquilo que lhes trariam esperança alcançaram lugares de honra e bênçãos da parte do Senhor. Abraão foi pai de uma multidão, Davi se tornou rei de Israel, José se tornou governador do Egito, Jefté se tornou juiz de Israel, Gideão venceu todo o exército dos midianitas com apenas trezentos homens, e quanto a Jesus “Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor. (Filipenses 2:9-11)”. Traga HOJE àquilo que pode te alegrar. Não dê brechas ao inimigo, pois é isso que ele quer, te abater, te fazer olhar para o chão! Lembre-se mais uma vez: Quando você está fraco, aí é que você está forte! Jesus te faz forte! Receba da força de Deus hoje! O poder é d’Ele, abra o seu coração, você terá lindas surpresas quando fizer isso. A presença de Jesus na embarcação da nossa vida, não significa ausência de tempestade e sim que o barco não irá afundar.

domingo, 30 de dezembro de 2018

VISAO

A sua visão da vida influenciará em como investirá o seu tempo, dinheiro, usará seus talentos e valorizará seus relacionamentos. Se você pensa que a vida é uma festa, seu principal valor é divertir-se. Se a vê como uma corrida, provavelmente estará apressado a maior parte do tempo. Se para você a vida é uma batalha ou jogo, vencer lhe será muito importante. Você pode ter recebido sua visão da vida de seus pais, amigos ou de qualquer meio falível. Porém, os discípulos de Cristo são desafiados a contestar o pensamento convencional e substituí-lo pelas definições bíblicas da vida (Romanos 12:2). À medida que amadurecemos na fé e no conhecimento da Palavra, percebemos que somos apenas peregrinos nessa Terra (1 Pedro 2:11) e não nos apegamos às coisas deste mundo. Desde o dia em que recebemos Jesus como Salvador, podemos enxergar a vida do ponto de vista de Deus, pois Ele “nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Efésios 2:6). Se tenho um olhar bíblico da vida, vejo a manifestação da glória do Senhor em toda a parte. O perigo é descermos dessas regiões depois de um tempo de caminhada com Cristo e vermos a vida cristã da perspectiva da razão humana. Você está assentado nas regiões celestiais ou tem procurado viver seu cristianismo na força da carne? Volte para as regiões celestiais e veja tudo como Deus vê. Seu modo de definir a vida determina seu futuro.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

REINO

Não é possível ter compromisso com o Reino de Deus sem amar a Cristo Jesus mais do que a si mesmo. Negar-se a si mesmo significa dar o lugar central ao Senhor Jesus (Mateus 16.24-27). Para aquele que tem um compromisso com o Reino de Deus, o seu viver é Cristo e o morrer, lucro (Filipenses 1.21). Quem tem uma composição com o Reino de Deus já está crucificado com Cristo (Gálatas 2.20). O compromisso com o Reino de Deus é sempre a partir da experiencia do novo nascimento e uma vida de santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hebreus 12.14). O engajamento no Reino de Deus é necessário e urgente. Ele causa um impacto poderoso na sociedade. Ter comprometimento com o Reino de Deus significa ser firme e constante, sempre abundante na obra do Senhor, sabendo que o trabalho não é vão (1 Coríntios 15.58). A composição com o Reino é uma marca distintiva do cristão autêntico. É a marca da honestidade e transparência. Comprometidos com o Reino temos prazer nas coisas de Deus, responsavelmente alinhados a assiduidade e pontualidade na igreja local ou em qualquer outro compromisso de agenda. Comprometer-se com o Reino de Deus nos leva a um testemunho coerente e contundente na pregação do Evangelho de Cristo Jesus em todo o lugar, aproveitando muito bem cada oportunidade (Atos 4.19,20; 1 Coríntios 9.16; Efésios 5.16). Essa responsabilidade com o Reino nos conduz a um engajamento na igreja local e a um comprometimento muito forte com a obra missionária dentro e fora do Brasil. A transigência com o Reino revela-se na compaixão pelos que sofrem. Na convivência dos excluídos por uma sociedade espartana. No atendimento às necessidades básicas de sobrevivência. Quem está comprometido com o Reino não se omite diante de questões cruciais da igreja, sociedade e do País. Somos chamados a um compromisso com o Reino pela oração, meditação nas Escrituras, comunhão fraterna, função diacônica e pelo testemunho "da morte da morte na morte de Cristo" (John Owen). Deus quer que nos comprometamos com o Seu Reino que é justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Romanos 14.17). Sim, devemos estar todos os dias alinhados com o Reino trabalhando na sua expansão por toda a terra. Como um moto conhecido, "pensemos globalmente e ajamos localmente". Deus nos chamou ao compromisso inadiável e inalienável com a Sua soberania em toda a terra. Comprometidos com o Senhor, devemos descansar no Seu amor e na Sua fidelidade em Cristo Jesus. Deus seja sempre glorificado em nosso compromisso com o Seu Reino eterno!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

LUGAR

Tem um lugar muito melhor *Josué: 2. 15. Ela então os fez descer por uma corda pela janela, porquanto a sua casa estava sobre o muro da cidade, de sorte que morava sobre o muro.* Essa é uma m das histórias mas impressionantes da Bíblia. Ela fala da história de Raabe a prostituta, mesmo ela não tendo muita certezas na vida, ao ouvir falar do Deus de Israel, Ela acreditou em seu poder. *Raabe morava em *cima do muro da cidade*, isso mesmo, ou seja, morava em um local nada adequado, e principalmente mal posicionado* Muitas vezes nós podemos também construirmos nossas vidas em locais não adequados, *locais que simbolizam a dúvida, a indefinição, lugares que marcam nossa vidaa* Tá na hora de descermos do muro.. O muro da falta de posicionamento, da mentira, da falta de verdadeira adoração, das justificativas, fala do pecado que escondemos e das razões que construirmos para uma vida pecaminosa. Raabe precisou colocar a sua vida em jogo ao proteger os dois espiões enviados por Josué, mas foi justamente a partir disto que surgiu uma aliança. *Ninguém Fará Uma aliança do nada. Há sempre algo em jogo e comprometido neste processo* Tá na hora de nos comprometemos e fazermos uma aliança que gere profundo compromisso para uma nova vida. O que Deus está ministrando em seu coração? Quais são os lugares e posições em sua vida que essa história confronta. Onde é o seu muro.. Se exponha para Deus e deixe fluir o Espírito Santo.. Abraço em oração .

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

SALVAÇÃO

Costumo dizer que a fé e a salvação andam juntas; que a obediência e a felicidade estão conectadas, e que felicidade é um estado de espírito e não uma questão de circunstâncias. Espero apresentar a vocês Cristo como a Sabedoria de Deus para o caminho do crente. Será este o assunto de que nos ocuparemos. Oh, quão delicioso é vermos nossos irmãos contentes em Cristo! Deus Se alegra em ver Seu povo feliz, e Ele fez provisão, em Sua Palavra, de tudo o que é necessário para a felicidade daqueles que Ele redimiu com um preço tão elevado. Quando você aprende que o caminho de obediência e lealdade a Cristo é o único caminho de bênção, e toma a firme decisão de andar neste caminho, você dá inicio à viagem que o levará à plenitude de bênção vinda das mãos de Deus. É isso que vemos em 2 Coríntios 11:2-3: “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.” O que significa a “simplicidade que há em Cristo”, quando lemos, “Sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo”? Ah, irmãos, isto significa obedecer sem questionar. O apóstolo se refere aqui ao que se passou há muito tempo no jardim do Éden, quando Eva foi tentada. A serpente levou Eva a questionar ao invés de obedecer. Ela olhou para aquela árvore e ela lhe pareceu agradável aos olhos, o que era perfeitamente verdade. Era boa para se comer, e isto era totalmente verdade. Era uma árvore desejável para dar entendimento, e isso trazia em si uma verdade também. Mas o que a serpente escondeu de Eva? Que o ato de tomar daquela fruta seria desobediência e que a fruta traria a morte. Em outras palavras, Eva começou a questionar ao invés de obedecer. Lembre-se sempre, amado cristão, que a Palavra de Deus nos é dada para a obediência da fé. Isto nos é dito duas vezes na epístola aos Romanos: no primeiro (Rm 1:5) e no último capítulo (Rm 16:26). A Palavra de Deus nos é dada para a obediência da fé. Vamos ler algumas passagens em conexão com nosso assunto. A primeira está em Deuteronômio 4:4-8: “Porém vós, que vos chegastes ao Senhor vosso Deus, hoje todos estais vivos. Vedes aqui vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor meu Deus: para que assim façais no meio da terra a qual ides a herdar. Guardai-os pois, e fazei-os, porque esta será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo só é gente sábia e entendida. Porque, que gente há tão grande, que tenha deuses tão chegados como o Senhor nosso Deus, todas as vezes que o chamamos? E que gente há tão grande, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje dou perante vós?” Temos aqui Israel redimido, liberto da terra do Egito. Eles foram levados através do deserto e encontravam-se prontos para ser estabelecidos na terra de Canaã, e a bênção que receberiam das mãos do Senhor tinha de ser com base em sua obediência. Há aqui um princípio moral, irmãos. Sabemos muito bem que nossa salvação não é o resultado de qualquer coisa que tenhamos feito. A salvação é fruto da obra consumada de Cristo na cruz, e todo aquele que crê no Senhor Jesus como Salvador será achado na glória, nas alturas. Não será pela minha fidelidade, ou pela sua, irmão, mas pela fidelidade de nosso bom Pastor. Porém, a felicidade em nossa vida neste deserto, que é o mundo, depende, isto sim, de nossa obediência. Cada dia mais, a dor que alguns cristãos trazem às suas próprias vidas me enche de tristeza. Não é de se admirar que o apóstolo Paulo tenha dito, acerca de seu ministério, que noite e dia rogava aos santos de sua época, para que pudessem andar na boa verdade que o Espírito de Deus lhe havia comissionado, e de como os admoestava com lágrimas. O bendito apóstolo trabalhou assim, e não posso desejar, com sinceridade de coração, outra coisa que não a bênção do amado rebanho de Deus. Vemos em Deuteronômio 4:6: “Guardai-os pois, e fazei-os, porque esta será a vossa sabedoria e o vosso entendimento”. Sabedoria é colocar em prática a luz e a verdade de Deus, naquilo que você foi ensinado por Deus, em todas as circunstâncias cotidianas da vida. Isto é a Sabedoria de Deus. Deixe-me ser um pouco mais prático. Costumamos dizer que todo rei, todo governador de alguma província, todo magistrado, todo pai e toda pessoa terão que dar conta algum dia de como fizeram uso da posição de autoridade que Deus lhes concedeu. Você é um pai de família? Se você quer receber a bênção de Deus em sua casa, você deve reconhecer, diante de Deus, a sua responsabilidade para com sua família. Lembro-me de quantas vezes meu querido pai nos disse, quando éramos crianças, “Pela graça de Deus não serei um Eli, mas busco, pela graça de Deus, ser um Abraão” (compare 1 Sm 2:29; 3:11-14 com Gn 18:17-19). Eli repreendeu seus filhos, porém não os impediu, enquanto que de Abraão o Senhor disse: “Porque eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor”. A bênção do Senhor é o resultado de se atender à sabedoria da voz de Deus. Lembre-se de que enquanto Davi foi um bom rei, ele foi um péssimo pai. Ele era um rei maravilhoso e Deus o abençoou, mas ele foi um pai sofrível. E é o que acontece; você pode ter um conhecimento da Palavra de Deus muito maior do que qualquer um onde você se congrega, mas isso não altera o fato de que a responsabilidade está conectada com cada posição em que Deus, em Sua sabedoria, misericórdia e bondade, o colocou. Se você deseja a bênção de Deus, deve andar nos retos caminhos do Senhor. Vamos continuar considerando a Sabedoria. Todas as vezes que você diz “Eu acho” com respeito a qualquer assunto moral ou espiritual, você acha errado, a menos que seus pensamentos estejam formados pela Palavra de Deus, e devemos ler a Palavra de Deus até que nossos pensamentos sejam formados por ela. Em conexão com esta afirmação, veja o Salmo 1: “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios.” Jovem, não ande no conselho dos ímpios. Que nenhum de nós ande no seu conselho. Esse conselho é que acumulemos riquezas aqui. Para que foi que Deus salvou você? Para a glória eterna. Será que Ele deixou você aqui para ganhar dinheiro e para que Ele pudesse ver o quanto você seria capaz de ganhar? Ou será que Ele o deixou aqui para que você pudesse se divertir? Ele o deixou aqui como uma testemunha de Cristo; para que você seja um testemunho para Ele. “Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós” (Jo 20:21). Irmãos, isto não se refere apenas àqueles que costumamos dizer que estão na obra do Senhor; isto se refere a cada filho de Deus que pertence à Sua família. Veja o Salmo 1: “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores” – (fique longe desse tipo de companhia) – “nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na Sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará.” Se você deseja prosperidade de acordo com os pensamentos de Deus, aqui está onde você vai consegui-la: a prosperidade que é conforme o pensamento de Deus é aquela que encherá sua alma de adoração e louvor. Irmão, esteja certo de que assim será! Pois a felicidade é um estado de espírito e não uma questão de circunstâncias. Em uma viagem de trem eu me sentei ao lado de uma senhora que professava ser cristã. Eu lhe falei acerca de sua alma. Ela estava lendo uma revista. Eu olhei a revista e disse a ela, “Toda revista que você lê leva o mundo ao seu coração, e a perspectiva que lhe dá é de uma vida neste mundo. O único Livro na face da Terra que lhe ensinará a acumular tesouros no céu é a Palavra de Deus”. Querido irmão, eu desejo para você, tanto quanto para mim, uma entrada abundante no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. “Ajuntai tesouros no céu” (Mt 6:20). O que está faltando na Igreja em nossos dias é devoção a Cristo. Posso indicar a você muitos lugares onde há uma porta aberta para o Evangelho – mas quão pouca devoção a Cristo está havendo. Você sabe que a carne adora um caminho fácil, tanto quanto um mau caminho. Mas permita que lhe diga, o caminho de devoção a Cristo é repleto de gozo e bênção. Ah, não existe bênção como a bênção do Senhor. É um caminho feliz. Você nunca encontrou um cristão que estivesse arrependido de ter aceitado a Cristo como Salvador. Você nunca encontrou um santo de Deus que tenha devotado sua vida a Cristo e que no final de seus dias tenha dito, “Me arrependo de tê-lo feito”. Você acha que poderá encontrar um santo de Deus que diga, “Eu sinto não ter devotado minha vida a ganhar dinheiro”? Você nunca encontrou um assim e nunca irá encontrar. Vamos dar uma olhada em Jó 28:7-8: “Essa vereda a ignora a ave de rapina, e não a viram os olhos da gralha. Nunca a pisaram filhos de animais altivos, nem o feroz leão passou por ela”. Nenhum discernimento humano pode descobri-la. Os homens mais ilustres de nossas universidades nunca poderão lhe indicar, não importa quão perspicazes sejam suas mentes; não importa quão perspicazes possa ser o discernimento que têm das coisas naturais, eles nunca poderão descobrir o caminho da verdadeira felicidade, bênção e sabedoria. É um caminho que não pode ser encontrado pelo discernimento do mais perspicaz intelecto que o homem possa possuir, e é isso que significa quando diz, “Essa vereda a ignora a ave de rapina, e não a viram os olhos da gralha”. “Nem o feroz leão passou por ela.” O que significa isso? Significa que você não poderá trilhar esse caminho com a força humana. Eu não estaria dizendo isto a vocês se não tivesse me ajoelhado muitas vezes e clamado a Deus pela graça e força necessária para poder fazê-lo. Eu não poderia fazê-lo se não fosse assim. “Nem o feroz leão passou por ela.” Nenhuma força humana pode servir ao Senhor. Nenhum vigor humano poderá fazê-lo, mas, graças a Deus, tanto eu como vocês podemos ir adiante na força do Senhor se nos voltamos a Ele. “Nem o feroz leão passou por ela.” Não existe poder sobre um homem que esteja andando nesse caminho. Irmão, se você tem confiança de que Deus está com você, então encontrará força para seu caminho, mesmo que seus irmãos não o compreendam. Nunca me esqueci do que falou um irmão há muitos anos. Caminhando pela rua de uma certa cidade, ele me disse: “Irmão, você sempre irá descobrir que se andar com Deus, os irmãos mudarão de opinião a seu respeito”. Sim, é possível que eles o acusem falsamente às vezes; que eles não venham a compreendê-lo às vezes, mas se você tem a confiança de que Deus está com você e segue adiante nesse caminho, o feroz leão não pode vencê-lo. Deus o guardará no caminho se você tão somente olhar para Ele – se você seguir adiante com Ele. “Ele estende a Sua mão contra o rochedo, e revolve os montes desde as suas raízes. Dos rochedos faz sair rios, e o Seu olho descobre todas as cousas preciosas” (Jó 28:9-10). Não vou entrar em detalhes acerca destes versículos, mas há sabedoria na energia de fé que busca sinceramente as coisas preciosas de Deus. Todos nós conseguimos de Cristo o tanto quanto desejamos, e nossa vida demonstra o quanto nós desejamos. Onde há a energia de fé, se você dá valor a algo, você o buscará. Então, jovem, posso fazer uma pequena sugestão prática? Ao invés de gastar seu dinheiro tolamente, como faz o mundo, que tal gastá-lo comprando literatura que possa alimentar sua alma com Cristo? Você sabe o por quê de muitos livros não poderem ser publicados em nossos dias? É porque não existe demanda suficiente para eles; esta é a razão. Há dinheiro sobrando para outras coisas, mas não para isto. Sigamos adiante. “Mas onde se achará a sabedoria? E onde está o lugar da inteligência? O homem não lhe conhece o valor; não se acha na terra dos viventes.” (Jó 28:12-13). Você poderá percorrer o país, indo às universidades e aos seus mestres, mas a sabedoria de que estamos falando aqui não é encontrada no modo de vida humano; ela é encontrada na Palavra de Deus. Ela é encontrada no precioso Livro – ali é onde ela pode ser achada. “O abismo diz: Não está em mim” (v.14). Pelas escavações os homens podem descobrir alguma coisa acerca da criação, mas será que o fruto do seu trabalho é sabedoria? Não. Eles passam a vida cavando e tentando descobrir, mas se você quer encontrar a sabedoria de Deus, é melhor que faça algumas “escavações” na Bíblia, a Palavra de Deus. “O mar diz: Ela não está comigo. Não se dará por ela ouro fino, nem se pesará prata em câmbio dela. Nem se pode comprar por ouro fino de Ofir, nem pelo precioso ônix, nem pela safira. Com ela se não pode comparar o ouro ou o cristal; nem se trocará por jóia de ouro fino. Ela faz esquecer o coral e as pérolas; porque a aquisição da sabedoria é melhor que a dos rubis. Não se lhe igualará o topázio da Etiópia, nem se pode comprar por ouro puro. Donde pois vem a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência? Porque está encoberta aos olhos de todo o vivente, e oculta às aves do céu. A perdição e a morte dizem: Ouvimos com os nossos ouvidos a sua fama” (vs. 15-22). O que significa isso? Que Ele buscou em tudo aquilo que o homem considera precioso – tudo aquilo que ele pensa ser permanente – e diz que não pode ser encontrada ali. Mesmo que você possua jóias, você não tem as verdadeiras riquezas. Não é assim que elas são possuídas. Nenhuma aquisição desse tipo irá comprar as verdadeiras riquezas. “A perdição e a morte dizem: Ouvimos com os nossos ouvidos a sua fama.” A perdição e a morte dizem a você que é tolice acumular riquezas aqui. Oh, quão tolo é acumular riquezas aqui e não possuir aquelas que são verdadeiras! Lembro-me de um querido cristão que conheci pessoalmente e que já faleceu. Sua esposa também faleceu e deixou para o filho uma grande soma em dinheiro que em poucos anos se acabou. Pelo que sei, o rapaz está até agora perdido, a caminho do inferno – e todo o dinheiro se foi. Vocês sabem o que diz o Salmo 49: “…os homens te louvem quando fazes bem a ti mesmo” (v.18). E diz ainda: “Este caminho deles é a sua loucura; contudo a sua posteridade aprova as suas palavras” (v.13). “A perdição e a morte dizem: Ouvimos com os nossos ouvidos a sua fama.” Repare agora no último versículo do capítulo 28 de Jó: “Mas disse ao homem: Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência”. O “temor do Senhor” significa mais do que simplesmente ser um cristão. Irmãos, lembrem-se do que é dito em Provérbios 28:14: “Bem-aventurado o homem que continuamente teme”. Outra passagem, em Provérbios 23:17, diz: “Sê no temor do Senhor todo o dia”. E o mesmo nos é dito aqui: “Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência” (Jó 28:28). Isto significa ter medo de dar um passo sem a luz vinda de Deus. Creio que vocês sabem que talvez os passos mais importantes da vida são aqueles dados enquanto se é jovem. É na juventude que importantes decisões são feitas, e, quão importante é que os pais e os filhos tenham a sabedoria de Deus. Vou chamar a atenção de vocês para aquele versículo em 2 Coríntios 12 que diz que os pais devem entesourar para os filhos, e não os filhos para os pais. Isto não significa entesourar dinheiro, mas a verdadeira sabedoria. Você é pai? Você está entesourando a verdadeira sabedoria para seus filhos? Você a tem entregue a seus filhos no temor do Senhor? Eu rogo a você que o faça. Encontramos Eunice (2 Tm 1:5), a mãe de Timóteo, acerca da qual o apóstolo podia dizer em sua epístola a Timóteo: “E que desde a tua meninice sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2 Tm 3:15-17). Você é uma mãe ou um pai? Será que você está repetindo diligentemente as Escrituras para seus filhos, “assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te”? (Dt 6:7). Você conversa com seus filhos acerca do único meio de salvação, e também acerca da Sabedoria de Deus como é encontrada na Sua Palavra? Você procura guiar seus passos no caminho em que Deus, em graça, possa abençoá-los, e procura aquecer seus corações com o amor de Cristo para que suas vidas possam ser devotadas a Ele e à Sua glória? Quão necessário é isto! Os pais devem entesourar para seus filhos – não se trata de dinheiro, irmãos. Ah, não! Entesourem palavras sãs, sabedoria sã, repita a eles e insista, ore por eles e suplique a eles, com toda a afeição paterna e materna, que cresçam nas coisas de Deus. Devemos acrescentar mais alguns exemplos? Vejamos 2 Crônicas 24:1: “Tinha Joás sete anos de idade quando começou a reinar, e quarenta anos reinou em Jerusalém… E fez Joás o que era reto aos olhos do Senhor, todos os dias do sacerdote Joiada”. Repare agora nos versículos 15 a 23: “E envelheceu Joiada, e morreu farto de dias: era da idade de cento e trinta anos quando morreu” (Trata-se do homem mais velho da Bíblia depois que os anos de vida do homem foram reduzidos a 70 – Sl 90:10). “E o sepultaram na cidade de Davi com os reis; porque tinha feito bem em Israel, e para com Deus e a sua casa. Porém depois da morte de Joiada vieram os príncipes de Judá e prostraram-se perante o rei; e o rei os ouviu. E deixaram a casa do Senhor Deus de seus pais e serviram as imagens do bosque e os ídolos: então veio grande ira sobre Judá e Jerusalém por causa desta sua culpa. Porém enviou profetas entre eles, para os fazer tornar ao Senhor, os quais protestaram contra eles; mas eles não deram ouvidos. E o Espírito de Deus revestiu a Zacarias, filho do sacerdote Joiada, o qual se pôs em pé acima do povo, e lhes disse: Assim diz Deus: por que transgredis os mandamentos do Senhor? portanto não prosperareis; porque deixastes ao Senhor, também ele vos deixará. E eles conspiraram contra ele, e o apedrejaram com pedras, por mandado do rei, no pátio da casa do Senhor. Assim o rei Joás não se lembrou da beneficência que seu pai Joiada lhe fizera, porém, matou-lhe o filho, o qual, morrendo, disse: O Senhor o verá, e o requererá. E sucedeu, no decurso de um ano, que o exército da Síria subiu contra ele, e vieram a Judá e a Jerusalém, e destruíram dentre o povo A TODOS OS PRÍNCIPES DO POVO; e todo o seu despojo enviaram ao rei de Damasco”. Note as palavras que enfatizei. Quem foi que veio ao rei e lhe disse para se apartar de Jeová, levando-o a cair em idolatria? Foram os príncipes do povo. Será que Deus reparou nisso? Sim, sem dúvida; e o que aconteceu? “E sucedeu, no decurso de um ano, que o exército da Síria subiu contra ele, e vieram a Judá e a Jerusalém, e destruíram dentre o povo a todos os príncipes do povo” (v.23). Isso foi o governo de Deus. Agora prestem atenção no que vou dizer pois é importante. No Antigo Testamento encontramos o governo de Deus. Vocês encontrarão isto em Hebreus 2:2: “Toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição”. Estamos agora no dia da Sua graça, mas não se esqueçam que o tribunal de Cristo que ainda virá, irá revelar a perfeição do governo de Deus. Existe um governo de Deus agora, mas não está abertamente manifestado. No Antigo Testamento ele era mais abertamente manifestado, e isso foi escrito para nosso ensino, para nos alertar, pois os princípios morais de Deus não mudam com as dispensações. Os princípios morais encontrados no Antigo Testamento são instrutivos e são para nosso ensino. Joás procedeu bem enquanto Joiada, o sacerdote, estava vivo. Ah, irmãos, devo fazer mais uma observação e quero que prestem atenção a ela também. As circunstâncias que ocorrem em nossa vida não produzem nosso estado de espírito; elas apenas o manifestam. Em um grupo de pessoas como este, por exemplo, vocês todos podem cantar os mesmos hinos e partir o pão juntos, como muitos de vocês fizeram nesta manhã; mas se não estiverem bem com Deus, alguma circunstância irá ocorrer, e a circunstância não produzirá um estado de espírito, mas apenas o fará revelar. Rogo a vocês, de toda a minha alma e de todo o meu coração, que não sigam adiante com uma consciência pesada. Se existir alguma coisa em sua consciência que é contrária à Palavra de Deus, julgue-a e resolva a questão. Se não o fizer, e continuar sem comunhão com Deus por causa de uma consciência que lhe acusa, tão logo surja uma circunstância que lhe seja adversa, você não estará capacitado, com a força que vem do Senhor, a resistir ao ataque do inimigo. Confio que vocês estejam compreendendo o que estou tentando dizer; sinto que estão. Quão necessário é para cada um de nós, queridos irmãos, que andemos em um espírito de dependência, rogando a Deus que nos guarde, pois não temos forças contra o inimigo. Mas, graças a Deus, nenhum leão feroz pode atacar o homem de Deus, se ele anda em comunhão com Deus no caminho da obediência e comunhão. Quão bendito é andar neste caminho! Então Joiada morreu. Tenho visto jovens amados que estavam à mesa do Senhor e que, após o pai e a mãe terem morrido, acabaram se deixando levar pelo mundo. Ah, quanta tristeza tiveram que colher – quanta tristeza! Ah, sim, estive até mesmo ao lado da cama de um santo de Deus que sempre teve dúvidas de sua salvação, após eu ter sido procurado por sua esposa, uma irmã querida, que me contou: “Meu marido não pode dormir e por três meses tem estado a dizer, Estou perdido; Estou perdido; Estou perdido!” Graças a Deus ele alcançou a paz pouco antes de morrer, mas que triste final! Eu não gostaria de ter um final assim; algum de vocês gostaria? Andemos com Deus. Vamos dar uma olhada no capítulo seguinte, 2 Crônicas 25:1-2: “Era Amazias da idade de vinte e cinco anos, quando começou a reinar e reinou vinte e nove anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Joadã, de Jerusalém. E fez o que era reto aos olhos do Senhor, porém não com coração inteiro”. Deus conhece o estado de meu coração. Você partiu o pão esta manhã. Talvez você tenha cantado hinos esta manhã; será que fez isso com inteireza de coração? Será que seu coração foi leal a Cristo? O que aconteceu então? Podemos ler apenas alguns trechos: “E Amazias ajuntou a Judá, e os pôs segundo as casas dos pais, por chefes de milhares, e por chefes de centenas… Também de Israel tomou a soldo cem mil varões valentes, por cem talentos de prata. Porém um homem de Deus veio a ele, dizendo: Ó rei, não deixes ir contigo o exército de Israel; porque o Senhor não é com Israel, a saber, com os filhos de Efraim. Se porém, fores, faze-o, esforça-te para a peleja; Deus te fará cair diante do inimigo; porque força há em Deus para ajudar e para fazer cair. E disse Amazias ao homem de Deus: Que se fará pois dos cem talentos de prata que dei às tropas de Israel? E disse o homem de Deus: Mais tem o Senhor que te dar do que isso” (2 Cr 25:5-9). Não é maravilhoso? “Oh,” disse ele, “O que vou fazer? Eu dei cem talentos de prata; eu vou perder tudo.” Se você, neste exato momento, estiver conectado com algo que sua consciência diz estar errado, preste atenção nisto. “Oh,” você diz, “você não imagina quanto vou perder.” Não pense no que você vai perder. Pense no que vai ganhar. “Mais tem o Senhor que te dar do que isso.” Irmãos, eu nunca confiei no Senhor como devia, mas Ele me abençoou tão abundantemente que sinto até vergonha de me apossar de tão grandes bênçãos. Ele nunca ficará devendo a você; nunca! Você nunca se arrependerá de ter feito algo para agradar ao Senhor. Ele é muito rico para ficar devendo a você. Oh, confiem nEle, irmãos, confiem nEle! Não apenas confiem nEle para a salvação, conforme escutam no Evangelho, mas oh, confiem nEle nas circunstâncias da vida de vocês. Confiem nEle! Ele nunca falhará para com vocês – nunca falhou e nunca falhará. Bendito seja o Seu Santo Nome! “Mais tem o Senhor que te dar do que isso.” Acaso não é esta uma linguagem extremamente amorosa? Ele não apenas tem para dar a você, mas tem mais do que isso. Muito mais! Quão plena é a bênção do Senhor! Costumo dizer que Ele não nos prometeu prosperidade neste mundo. Não, Ele não nos prometeu isto, mas nos prometeu bênçãos vindas da Sua mão. Vou fazer uma observação que é também uma linha de conduta prática. Por exemplo, costumo afirmar que nunca é correto que um cristão procure ganhar por meio de especulação. O livro de Provérbios diz: “Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem, mas o que ajunta à força do trabalho terá aumento” (Pv 13:11 – Versão Almeida Revista e Atualizada). O propósito e a sabedoria de Deus para o homem é que ele ganhe o seu sustento por meio do seu trabalho e não por sua sagacidade, e a bênção do Senhor nunca está conectada à especulação praticada por um cristão. “Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem, mas o que ajunta à força do trabalho terá aumento.” Ah, a sabedoria de Deus – a sabedoria de Deus! Você acha que pode seguir esta sabedoria e não ser recompensado por Deus que diz: “Mais tem o Senhor que te dar do que isso.”? Vamos abrir em Provérbios 8, versículos 1 ao 3: “Não clama porventura a sabedoria, e a inteligência não dá a sua voz? No cume das alturas, junto ao caminho, nas encruzilhadas das veredas se coloca. Da banda das portas da cidade à entrada da cidade, e à entrada das portas está clamando”. Se vocês já leram o livro de Provérbios cuidadosamente, terão reparado que nos sete primeiros capítulos é repetido, vez após outra, “Filho meu, filho meu, filho meu”. A razão disto é que os pais são usualmente o meio pelo qual a sabedoria chega à família. Porém, quando chegamos ao capítulo 8 não encontramos mais “filho meu”. Por que? É como se Deus estivesse dizendo: “Se os seus pais não lhe dão sabedoria, aqui está ela”. Alguns cristãos têm pais incrédulos e pode ser que seus pais incrédulos gostariam que você fosse um presidente de um banco ou o prefeito de uma cidade. Bem, você têm que honrar a seu pai e à sua mãe, e você deve andar em obediência, mas quando se trata de ouvir a voz da sabedoria, você deve escutar à voz de Deus. Abra seus ouvidos àquilo que a sabedoria tem para dizer: “No cume das alturas, junto ao caminho, nas encruzilhadas das veredas se coloca” (Pv 8:2). Isto significa que você chega a um ponto, em sua vida, em que deve tomar decisões e, então, onde irá procurar conselho? A Palavra de Deus irá dar a você o conselho. Lembrem-se daquilo que o Senhor diz em Lucas 11: “Sendo pois o teu olho simples, também todo o teu corpo será luminoso” (Lc 11:34). Não é este um princípio bem simples? Quão bendito é. Vocês sabem o que significa um olho simples? Significa que se eu vim até aqui com qualquer outro objetivo diante de mim que não seja a glória de Cristo e a bênção do povo de Deus, eu não tenho um olho simples. O olho simples é que nossa vida deve ser governada por aquilo que é para a glória de Deus, e para a bênção do Seu povo, pois Ele ama Seu povo. “Junto às portas” (isto é, na entrada da vida), “à entrada da cidade” (isto é, do sistema organizado das coisas dos homens.) (Pv 8:3 – Versão Almeida Revista e Atualizada.) Em outras palavras, não dê um passo sem a luz e a sabedoria da Palavra. Comece sua vida desta maneira. “Junto às portas.” Creio que isto possa se referir à vida doméstica, irmãos, tudo aquilo que está conectado à vida doméstica. É a sabedoria de Deus que deve governar, e você encontrará a sabedoria de Deus para o seu caminho. Recentemente eu disse a um jovem rapaz que havia se casado há pouco tempo: “Você sabe que não existe duas pessoas no mundo que pensem exatamente igual, mas nunca permita que qualquer coisa que ocorra em sua vida matrimonial venha a diminuir o amor que tem por sua esposa. Ame-a em quaisquer circunstâncias”. E este conselho dou a vocês; trata-se da sabedoria de Deus. “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja” (Ef 5:25). Acaso Ele não ama a Igreja em meio a quaisquer circunstâncias, e até mesmo em meio ao fracasso? Porventura Ele não segue adiante com a mesma Igreja, para apresentá-la a Si mesmo “Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante”? Esta é a sabedoria de Deus e se vocês a praticarem terão um lar feliz. A Bíblia não foi dada a vocês apenas para que soubessem como se obtém a salvação da alma e como se chega ao céu após a morte. Ele foi dada para que vocês tivessem uma feliz peregrinação na jornada rumo ao lar; é a sabedoria de Deus para o caminho de vocês. “A vós, ó homens, clamo; e a minha voz se dirige aos filhos dos homens. Entendei, ó simples, a prudência: e vós, loucos, entendei de coração. Ouvi, porque proferirei cousas excelentes: os Meus lábios se abrirão para a eqüidade. Porque a Minha boca proferirá a verdade: os Meus lábios abominam a impiedade.” (Pv 8:4-7.) Vamos ler também o versículo 32: “Agora, pois, filhos, ouvi-Me, porque bem-aventurados serão os que guardarem os Meus caminhos”. Parem e pensem! Vocês perceberam como o hábito de meditar está desaparecendo? Estamos numa época de agitação, correria e alvoroço, e uma coisa após outra vai se amontoando em nossa vida. Tenho dito, e submeto isto ao julgamento de vocês, que seria melhor lermos um pouco menos pela manhã e “ruminarmos” um pouco mais. Ao invés de ler um capítulo inteiro, leia uns dois ou três versículos e “rumine” – medite neles, e descobrirá que a Palavra de Deus é cheia de bênçãos. E quão cheia é! Ora, tão somente um versículo, no qual se medite, pode conter alimento, bebida e energia para um dia inteiro. “Agora, pois, filhos, ouvi-Me, porque bem-aventurados serão os que guardarem os Meus caminhos. Ouvi a correção, não a rejeiteis, e sede sábios” (Pv 8:32-33). O que significa “bem-aventurado”? Significa feliz – bendito do Senhor. Lembro-me daquele versículo no Salmo 110: “O Teu povo se apresentará voluntariamente no dia do Teu poder” (v.3). Não seria bom se nós todos nos apresentássemos voluntariamente no dia da Sua rejeição? Não seria amável se cada um de nós dissesse: “Fala, Senhor, porque o teu servo ouve”? Por isso Ele diz: “Ouvi a correção, não a rejeiteis, e sede sábios. Bem-aventurado o homem que Me dá ouvidos, velando às Minhas portas cada dia, esperando às ombreiras da Minha entrada” (Pv 8:33-34). Observe que devemos estar esperando. Deus pode testar a sua fé, mas Ele nunca desapontará sua fé. “Esperando às ombreiras da Minha entrada.” Isto é, Deus pode nos dar uma resposta de cada vez. Ele pode fazer você esperar – Ele pode testar sua fé. Todos os Seus caminhos são em perfeita sabedoria, e você pode estar certo que, se Ele fizer com que você espere, é sabedoria da parte dEle agir assim. Ele quer que você aprenda aquele espírito de submissão à Sua vontade e que não dê um passo sem a luz que procede dEle. “Esperando às ombreiras da Minha entrada.” “Porque o que Me achar achará a vida, e alcançará favor do Senhor” (Pv 8:35). Não é amável podermos alcançar o favor do Senhor? Não existe um favor como esse. Se você puder por a sua cabeça no travesseiro ao final de um dia com a consciência segura de que o Senhor o guiou no caminho durante o dia, o travesseiro lhe será mais macio. “Porque o que Me achar achará a vida, e alcançará favor do Senhor.” “Mas o que pecar contra Mim violentará a sua própria alma” (Pv 8:36). Não se esqueça de que cada ato praticado na vida do cristão tem conseqüências no presente e na eternidade. Nenhum de nós escapa. Teremos que colher o que semeamos. “Mas o que pecar contra Mim violentará a sua própria alma.” Eu costumava dizer aos meus filhos: “Crianças, quando vocês batem em seu irmão, a alma de quem é que fica machucada?” E eles respondiam: “Minha própria alma, papai”. Está correto. “Mas o que pecar contra Mim violentará a sua própria alma”, e cada atitude em sua vida que for desobediente à Palavra de Deus estará violentando sua própria alma. Ele Se apraz em abençoar você. Vamos ler outra passagem conectada com sabedoria: “Mas vós sois dEle, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria…” (1 Co 1:30). Vou parar neste ponto para abrir no sexto versículo do segundo capítulo: “Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não porém a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes desde mundo que se aniquilam; mas falamos a sabedoria de Deus oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória” (1 Co 2:6-7). Antes de seguir adiante, vou fazer outra observação que creio ser proveitosa. Lembro-me que tanto meu pai como minha mãe escutaram J.N.Darby pregar. Eu nunca me esquecerei do que disse minha mãe: “A primeira vez que fui escutar o Sr. Darby pregar, pensei comigo, ‘Oh, vou escutar algo maravilhoso!’, então fui, toda preparada para ouvir uma maravilhosa pregação feita pelo Sr. Darby, cujo conhecimento da Palavra estava além de muitos irmãos. Fiquei decepcionada – não pelo que ele falou, mas pela maneira como falou. Ele não fez qualquer tentativa de ser eloqüente”. Existe a tentação de se procurar ser eloqüente em um púlpito. Espero que Deus, por sua graça, nos mantenha livres disto. Qualquer coisa que atraia vocês a si próprios, irmãos, irá causar-lhes mal, e se você é uma irmã que tem uma voz bonita, qualquer coisa que exerça atração sobre você irá lhe fazer mal. Devemos exercer atração a Cristo. Esta é a sabedoria de Deus. É disto que fala a primeira parte do capítulo 2: “E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria” (1 Co 2:1). Paulo era um homem instruído, criado aos pés de Gamaliel, mas quando chegou em Corinto, uma cidade da Grécia, com todos os seus filósofos, ele não foi em sublimidade de palavras. A intenção de Paulo não era atrair aqueles cultos filósofos da Grécia para si mesmo, mas atraí-los a Cristo. Naturalmente, tanto vocês como eu diremos: “Se você tem eloqüência, use-a”, como um irmão me falou há alguns anos: “Quando eu fui salvo, pedi a Deus que me desse sublimidade de palavras para que eu pudesse tocar centenas e milhares quando pregasse o evangelho”. Deus tem ciúmes de Sua glória, e há apenas Um que é digno de glória, irmãos, e Este é o precioso e bendito Salvador, que morreu na cruz. Ele é o Único digno de glória, e espero que cada um de nós aprenda a dar a Ele a glória – a exaltá-Lo. Desejo contar a vocês uma história que ilustra o pensamento que estou expressando. Alguém estava apresentando a um querido cristão a Sabedoria de Deus, pois nos capítulos 12, 13 e 14 de 1 Coríntios você tem uma mostra da assembléia nos tempos apostólicos; ali você encontra a Sabedoria de Deus conectada à edificação e adoração na assembléia. Aquele homem, que era um cristão, disse: “Mas tal ordem de coisas, se for seguida, irá gerar confusão”. Essa era a sua sabedoria, pois após haver lido aqueles capítulos disse: “Isto não pode ser feito”. Porém, irmãos, isso nada mais é do que exaltar a sabedoria do homem e colocar de lado a Sabedoria de Deus. O ponto principal em 1 Coríntios é que você tem o Espírito de Deus na assembléia de Deus* e a Sabedoria de Deus em conexão com a conduta das reuniões. Elas são para edificação. Elas devem ser caracterizadas pela adoração, mas deve haver a liberdade do Espírito de Deus. O homem pode dizer: “Isto não pode ser feito na prática”. Mas, oh, graças a Deus, pode sim, como alguns de nós tem experimentado. Lembro-me de uma observação feita por meu querido pai. Ele disse: “Eu prefiro ter aquilo que demonstra nossa fraqueza na adoração, do que o mais requintado culto organizado e planejado pelo homem e deixando de lado a presença do Espírito de Deus na assembléia”. Ah, quantos de nós têm desfrutado a liberdade do Espírito que leva um a dar um hino de louvor, outro a se levantar em adoração, e outro a ler as Escrituras! (N.T.: O termo “assembléia de Deus” usado pelo autor aqui e em outras partes refere-se à igreja conforme encontrada nas Escrituras. O autor não está, portanto, referindo-se à uma denominação que adotou para si este nome) Será que espero encontrar perfeição na assembléia de Deus? Não, irmãos, não espero isto. A carne continua ali e eu nunca esperaria ver a assembléia de Deus perfeita quando se reúne para adoração e edificação. Não espero vê-la perfeita porque a carne continua ali; mas Deus deu em Sua Palavra a ordem divina, e um milhar de vezes minha alma tem recebido refrigério, tem sido edificada e abençoada pelo ministério de meus irmãos por meio daquela liberdade do Espírito que eleva meus pensamentos a Cristo mesmo que ainda não tenha havido perfeição na ordem em que isso aconteceu. A ordem dada por Deus é sempre o caminho da sabedoria. Assim encontramos no versículo 6: “Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos”. A palavra “perfeito” aqui significa “maduro”. “Não porém a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo que se aniquilam”. Ah, a sabedoria deles acaba em ruína. Não há nada que permaneça no caráter de sua sabedoria. “Mas falamos a sabedoria de Deus oculta em mistério.”. “Em mistério” significa “em segredo”, e a razão dela ser falada como um segredo é que a sabedoria de Deus é conhecida somente daqueles que pertencem à família de Deus. “A qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória. Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo Seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus” (1 Co 2:6-10). Vemos, portanto, que é pelo Espírito de Deus que essas inescrutáveis glórias são trazidas à luz. Talvez caiba aqui a observação que foi feita na reunião de ontem, de que quanto mais brilhante for a mente de um homem, maior será a certeza de que ele está errado se confiar nela. Irmãos, nunca tentem esquadrinhar ou dissecar a verdade excessivamente. Não tentem analisá-la. Façam a si mesmos a seguinte pergunta: “O que estou procurando é para a glória de Cristo e edificação dos santos?”. Se não for, deixe de lado; abandone. Em 2 Pedro 1:3 diz: “Visto como o Seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade”, como se Deus estivesse dizendo, “Tenho dado a você tudo o que você precisa saber para ter vida e para andar em piedade”. Na maioria das vezes isto encerra uma discussão entre irmãos. Suponha que se tenha chegado a uma resposta. Será que ela iria produzir mais piedade em sua vida? Se não, por que não deixá-la de lado? Será que ela iria exaltar o Senhor Jesus? Você responde: “Não”; então, deixe-a. Temos que dar valor a tudo o que for para a glória de Cristo e para a edificação dos santos. Isto devemos segurar firmemente; disto nunca devemos desistir. Mas tudo aquilo que tão somente venha a alimentar questões e diferenças deve ser deixado de lado. Lembro-me de uma observação feita pelo querido J.N.Darby: “Os irmãos deveriam ter muita largueza na interpretação das Escrituras, tanto quanto for possível mantendo bem os fundamentos”. Tanto quanto for possível mantendo bem os fundamentos – uma boa observação. E quão necessária também! Assim encontramos aqui a Sabedoria de Deus. Vocês encontram a Sabedoria tão preciosa de Deus na Galácia. Qual é a chave para a epístola aos Gálatas? Está no capítulo 2:20: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e Se entregou a Si mesmo por mim”. Aí está a chave para a Sabedoria de Deus. É este o ponto, irmãos: os gálatas não estavam guardando a lei para serem salvos, mas estavam fazendo da lei a regra de suas vidas após terem sido salvos, e em Gálatas 2:20 foi dada a Sabedoria de Deus para corrigir isso. “A vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus.” Vocês sabem o que isto significa? Significa que o Filho de Deus, quando estava aqui neste mundo, viveu para glorificar a Deus Pai e andou no caminho de obediência à vontade de Seu Pai. Paulo diz: Estou andando no mesmo caminho”; e ao invés de ter a lei diante de sua alma, ele tinha Cristo diante de si. Portanto Gálatas 2:20 é a Sabedoria de Deus na Galácia; era Cristo ao invés da lei. Vocês encontrarão o mesmo em Efésios. Qual é a Sabedoria de Deus ali? A Sabedoria de Deus ali é que já estamos assentados nos lugares celestiais em Cristo Jesus. É este o nosso lugar, e temos que andar de um modo digno da vocação com que fomos chamados. A Sabedoria de Deus é simplesmente isto. Vejam Colossenses. Os Colossenses estavam deixando a Cabeça, e o resultado foi que estavam introduzindo filosofia como parte daquilo que poderia aperfeiçoar o homem. O ponto principal em Colossenses é “Cristo é tudo em todos”. Isto significa que Ele é tudo para a vida e tudo como nosso Objeto. Em outras palavras, irmãos, Cristo é a Sabedoria de Deus, e se quisermos evitar a armadilha em que caíram os Gálatas, ou a armadilha em que caíram os Efésios ou os Colossenses (ou a armadilha de se introduzir a maneira de agir do homem na assembléia de Deus), escutemos a voz da Sabedoria que é encontrada na Palavra, a mesma Palavra que diz: “Ouvi-me!” É a voz do precioso Salvador na Palavra. Quão bendito é isto, irmãos! Termos a preciosa Palavra de Deus para nos dar a voz de sabedoria quanto ao nosso caminho neste mundo! Para concluir, o que tem pressionado meu coração quando me levantei para falar, e que ainda continua a pressioná-lo, irmãos, é que devemos aprender a receber das mãos do Senhor as circunstâncias de nossa vida. Deus é o Deus das circunstâncias. Ele está fazendo com que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que amam a Deus. Devemos nos manter junto ao Senhor e nunca darmos um passo sem a luz e a sabedoria da Palavra de Deus para nos guiar. Em uma audiência como a que temos aqui, estou certo de que há aqueles que se encontram em encruzilhadas onde devem tomar decisões. Uma pessoa muito querida me disse recentemente: “Eu mudei de um lugar para outro, onde trabalhava, sempre atraído por melhores salários, e sinto ter que dizer a você, irmão, que cometi um erro. Vejo isso agora. Eu cometi um erro”. Ah, porventura isto não é péssimo? Nós sentimos muito por ele. Amo muito aquele querido irmão; eu o amo. Ele encontra-se em dificuldades agora. Ele disse: “Eu cometi um erro, e foram os melhores salários que me fizeram mudar, e não Cristo”. Ele sabe disso. Agora, amados irmãos, que Deus em Sua graça possa abrir nossos ouvidos para escutar a voz do Homem na glória, que morreu por nós. Pense no quanto Ele ama você. Pense quanto Ele ama! Costumo dizer a meus filhos: Crianças, tentei dar a vocês um bom aviso. Cometi erros algumas vezes, e deixei de avisar vocês, mas, oh, crianças, há um Pai na glória que nunca irá dar a vocês um conselho que não seja sábio – Ele nunca o fará. Ele ama vocês demais”. Quero concluir dizendo: Você confiou nEle para sua salvação; não confiará nEle para seu caminho aqui? Que Deus dê a vocês e a mim a graça para assim confiar, por amor do Seu Nome.

FOCO

Nos tempos atuais vivemos em um meio cristão onde o foco está voltado para nós. As redes sociais demonstram claramente como o homem se exalta perante as obras que o Senhor faz através de sua vida. Há uma preocupação excessiva em demonstrar o quanto Deus nos usa, através de fotos, através de vídeos, o que acaba ofuscando a imagem de Cristo. A forma que agimos e falamos nos leva a autossuficiência; nos exaltamos como se fossemos capaz de realizar grandes obras e maravilhas, mas esquecemos que é Deus quem o faz por nosso intermédio. "O homem está disposto a coroar qualquer coisa, menos Cristo." Thomas Brook Os fariseus eram pessoas que seguiam a palavra de Deus, mas em Mateus 23 a bíblia relata que tudo o que eles faziam era para serem vistos pelos homens; pregavam em praças públicas, oravam alto, tudo para que as pessoas pudessem notar o quão "espirituais" eles eram. O versículo 12 deste capítulo diz: "Pois todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo e humilhar será exaltado". Preste atenção no ministério evangelístico de Jesus enquanto Ele esteve entre nós; Ele não precisava divulgar as obras e milagres que fazia, quem contava o testemunho a respeito dessas obras e milagres eram as próprias pessoas que eram transformadas por Seu Nome. Muitas vezes Jesus pedia sigilo em relação as suas obras! A sociedade de hoje acaba se encontrando num meio egocentrista, pois se preocupa em divulgar os milagres que Deus faz através de suas mãos ao invés de deixar o milagre falar por si só. Quando fazemos que nem os fariseus e nos focamos em demonstrar o quanto espirituais nós somos e o quanto Deus nos usa, tomamos para nós toda a glória de Suas obras. É necessário que Ele cresça e que eu diminua. - João 3:30

domingo, 23 de dezembro de 2018

“Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus 4.12). A Bíblia é o livro da vida; ela traz luz, refrigera a alma, devolve o ânimo ao cansado; ela devolve a vida a quem lê. Ela é a revelação e a tradução de tudo que precisamos para sermos transformados, moldados e vivermos segundo a vontade do Pai. Ela nos mostra o caminho correto a seguir para cumprirmos os propósitos pelos quais o Criador nos fez. Ela ensina como trilhar um caminho cheio de bons princípios e valores. O versículo segue mostrando a fortaleza da Palavra, capaz de penetrar em nós e revelar quem realmente somos. Por meio dela somos capazes de visualizar nossas fraquezas e distinguir onde precisamos ser transformados. Ela é o nosso manual de sobrevivência; sem esse alimento, nosso espírito está morto. Siga esta instrução e desfrute da vida: “Meu filho, obedeça às minhas palavras e no íntimo guarde os meus mandamentos […]. Então você entenderá o que é justo, direito e certo, e aprenderá os caminhos do bem. Pois a sabedoria entrará em seu coração, e o conhecimento será agradável à sua alma” (Provérbios 7.1; 2.9,10).
“Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo.” (Gálatas 6.14) A cruz foi um símbolo de vergonha e maldição. Os romanos a usavam em suas execuções. Os julgados piores, a escória, os malditos, eram crucificados. Mas, ao longo da história, os seguidores de Jesus assumiram-na como um símbolo de vida e bênção. Bem ao caráter do Evangelho de Cristo que transforma tudo. O dono da vida morreu numa cruz e a morte na cruz foi mais fraca que Sua vida. A cruz não o transformou, Ele a transformou. Da morte nasceu a vida. Da maldição, a benção. Da vergonha, a glória! Eis que tudo se fez novo! (2 Co 5.17) Paulo declarou sua confiança na Cruz de Cristo. Ele não confiava em si mesmo. Seus atos de justiça não o deixavam orgulhoso e suas limitações não o deixavam prostrado. A Cruz de Cristo mudou seu modo de ver a vida. Na Cruz de Cristo seus pecados foram perdoados e a distância, o abismo que o separava do amor de Deus, foi transposto. Sua religião, em nome da qual radicalizou-se e tirou vidas, submeteu-se à mais severa disciplina para sentir-se perfeito e buscou conhecimento para tornar-se sábio, revelou-se lixo diante da Cruz de Jesus. Por isso ele abdicou de todas as cruzes, de todos os meios, de todos os métodos, de todas as fórmulas e lançou toda sua confiança unicamente na Cruz de seu Senhor, Jesus Cristo. E nela viu-se morto, mas, como nunca antes, vivo. O mundo, seu lugar de lutas e buscas, também foi afetado pelo poder da Cruz. Ele morreu para o mundo e o mundo para ele. Seu senso de valor e os critérios para orientação da vida passaram a ser recebidos de outro lugar, não mais do mundo. Seu novo lugar agora era o Reino de Deus, no qual entrou pela Cruz de Cristo. Um Reino que ele não alcançou, mas que o alcançou. Para o qual ele não precisou ir, pois o Reino veio a ele. O Reino que o enviou de volta ao mundo, não mais como parte do mundo, mas como servo do Reino. O perseguidor passou a ser um dos perseguidos. O orgulhoso passou a ansiar por humildade. Aquele que queria ser tudo, sabia que nada era. Aquele que queria ser “o santo” confessa-se o pior dos pecadores (1 Tm 1.15). E assim, por causa da Cruz de Cristo, Paulo fez história como um poderoso instrumento de Deus para falar da graça de Cristo. São assim os caminhos da fé cristã. Do começo ao fim, transformação. Os grandes são substituídos pelos pequenos, a menos que se tornem pequenos, e a honra está em ser servo, e não em ser apóstolo! E a você? O que a Cruz de Jesus tem feito?

sábado, 22 de dezembro de 2018

REFEM

Refém de si mesmo. Uma dura realidade a ser enfrentada. Refém de si mesmo. Cada vez que observo como eu e a maioria dos homens e mulheres que eu conheço são reféns de sua auto imagem, do seu ego, do status que sustentam , de tantas outras coisas que permeiam nossa existência eu fico vendo como ainda não somos livres de cadeias impostas, ora por nós mesmo, ora pelo sistema que admiramos e escolhemos ou o sistema que nos alcançou primeiro. “Os maiores jugos que carregamos, nos mesmo colocamos sobre nossos próprios ombros, percebo que é muito melhor ser um Socrático, e afirmar que “Sei que nada Sei, do que sustentar um modelo que esta em ruína simplesmente por uma questão de” fetiche”, ou seja, a coisa pela coisa, e não coisa pelo homem em questão. Penso que não é o que eu sou, mas o que eu faço que me caracterize, Somos o que fazemos, e fazemos o que decidimos, ninguém poder fazer, ou realizar o que realmente é bom sendo refém de si próprio. Deixe-me dizer uma coisa, Jesus certa vez disse em Mc.10, Só te falta uma coisa, declarando ao jovem rico, Vai e vende tudo o que tem, ou seja, torne-se livre, O jovem retrucou, e não conseguia dar um só passo em direção a Jesus. Reféns de uma estrutura, reféns de um sistema, reféns de um modelo, Só me falta dizer que para ir até Jesus precisaremos fazer nossa escolha.....
Descobri que, depois da música, a grande paixão de Bob Marley era o futebol. Certa vez Bob Marley jogava futebol com alguns amigos e, acidentalmente, provocou uma lesão no dedão de um dos seus pés. Essa lesão fez com que a unha desse dedão fosse imediatamente arrancada, causando sangramento e sua ida ao hospital. No hospital, após oferecerem os devidos cuidados aos ferimentos do Bob, descobriram algo surpreendente naquele dedão, sob a unha que havia sido removida. Aquele acidente, jogando futebol, permitiu que os médicos descobrissem um melanoma (câncer de pele), escondido sob a unha do dedão do famoso cantor. Após análise, os médicos determinaram que Bob Marley deveria amputar o seu dedão do pé, imediatamente, haja vista o estado progressivo que se encontrava o câncer recém descoberto, acidentalmente. Bob Marley recusou a orientação médica, argumentando que a amputação do seu dedo não o deixaria dançar com tanta energia, conforme fazia em todos os seus shows. Apesar de buscar outras opiniões e ter o diagnóstico confirmado, Bob se mostrou irredutível quanto a amputação do seu dedo. Após este comportamento, um médico decidiu tentar remover, cirurgicamente, a maior parte possível daquele melanoma, completando o procedimento com enxerto de pele do próprio Bob. O enxerto deu certo, mas, o câncer não foi curado. A amputação do dedo deveria ter sido a opção. Oito meses após o diagnóstico, faleceu Robert Nesta Marley, aos 36 anos de idade e com 37 quilos. O seu câncer acidentalmente descoberto alcançou o cérebro e pulmões, provocando falência múltipla dos seus órgãos. Não sei o que é mais impressionante nesta história real: Se a forma como foi permitido que Bob descobrisse seu câncer, com condições de tratamento se os médicos fossem ouvidos. Ou a forma e motivo alegados por Bob que o fez não aceitar a orientação médica. Estejamos atentos e compreensivos com as situações que se revelam em nossas vidas. Reclamamos dos "pequenos incidentes" que nos alcançam, recusamos entregar a pequena parte de algo que pode preservar nossas vidas. E tudo por causa das mais fúteis justificativas e por assumirmos que Deus poderá não saber o que é melhor para nós. Devemos ficar atentos para as vezes que declaramos que Deus é Senhor das nossas vidas, mas, nos posicionamos como filhos que exigem do Pai a forma como ele deverá ser nosso protetor, dando ordens e recusando sábias orientações. Muitas são as oportunidades em que nós choramos por uma unha, mas entregamos a vida em nome da manutenção de uma vaidade. Seremos mais felizes no dia em que pudermos entender que nossas prioridades ou nossos principais problemas podem não ser aquilo que Deus entende como essencial. Deus se preocupa com a nossa vida inteira, por mais que "perder uma unha" possa nos parecer o fim de todas as coisas. "Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais." (Jeremias 29:11)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

CERTEZA

“Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (Hebreus 11.1). O entendimento da fé é muito difícil ao cérebro humano, vivemos bitolados naquilo que podemos ver, sentir e tocar porque fomos feitos assim. Porém, fé é algo impossível de tocar e enxergar, ela é como o vento, só podemos senti-lo. A fé, diferente do que muitos pensam, não é torcer para que algo dê certo, mas é ter a certeza disso. Fé é convicção, é certeza, é confiança, por isso, é tão importante depositá-la no que verdadeiramente é certo. Somente em Deus podemos confiar, pois Ele é o Criador de tudo, Ele é o princípio e o fim, não há nada mais certo do que Sua existência. Nenhuma ciência pode trazer fundamento ao ser vivente, só Deus. A fé nos proporciona uma paz inexplicável, uma espera tranquila, uma certeza total de que o esperado vai acontecer. Que hoje mesmo, você possa buscar de Deus um fortalecimento da sua fé!
“Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos” (Hebreus 4.14). Na Bíblia, conforme descrição no Antigo Testamento, o sumo sacerdote de Israel era o sacerdote considerado de mais alto nível, pois atravessava o pátio e o véu, no tabernáculo, para entrar na presença do Santo dos Santos. Jesus, o verdadeiro e insubstituível Sumo Sacerdote, rasgou o véu, penetrou o Céu e está sentado à direita de Deus. O versículo em destaque é um apelo para nos voltarmos a Deus. O nosso Sumo Sacerdote é grandioso, fiel, presente, amoroso, consolador, conselheiro etc. Ele nos renova, nos perdoa e restaura. Nossa única alternativa é nos apegarmos a Ele. Assim, encontraremos a paz, a sabedoria, o renovo e o verdadeiro sentido para viver.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

“Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que creem e são salvos” (Hebreus 10.39). Esse versículo é taxativo quando diz que perderemos a salvação se não mantivermos firmes na fé. Voltar atrás e deixar as tentações desse mundo sobre domínio levará à terrível consequência da total destruição. As promessas não mais serão conquistadas, a herança é perdida e ao contrário da vida, ocorrerá a morte eterna. Por isso, mantenha-se firme, ainda que venha sobre você inúmeras propostas tentadoras, esteja fixado na Rocha que é Jesus, mesmo que as aflições tenham te perseguido, mantenha sua fé inabalável diante do desânimo. Não negocie seus valores! Essa será sua melhor escolha e no final, será mais que vencedor, viverá eternamente nos braços do Pai! Busque forças no nosso maior exemplo: “Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (João 16.33).
“Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo” (Hebreus 10.19,20). Temos livre acesso a Deus, o Pai, por meio do sangue derramado de Jesus. Deus deu uma nova chance de nos achegarmos a Ele por meio da Obra da cruz. A morte sacrificial de Jesus nos possibilita a entrar na presença do Santo dos Santos. Aleluia! É um grande privilégio podermos nos considerar filhos do Criador dos céus e da Terra, ainda que sejamos tão pequenos, fracos, infiéis e pecadores. Nós não merecemos essa dádiva, mas Deus, por sua infinita misericórdia, nos dá essa nova chance. O versículo em destaque, comunica a verdade da nova vida em Cristo. “(…) eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (João 10.10).

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

FIRMEZA

“Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel” (Hebreus 10.23). A fé do cristão é provada diariamente. Tantas más notícias e o caos da era pós-moderna tentam mostrar que não é preciso ter esperança. Mas a Palavra nos afirma que quando depositamos a nossa esperança em Deus, não precisamos temer as más notícias porque Ele é fiel para cumprir cada uma de Suas promessas. “O justo jamais será abalado; para sempre se lembrarão dele. Não temerá más notícias; seu coração está firme, confiante no Senhor. O seu coração está seguro e nada temerá. No final, verá a derrota dos seus adversários” (Salmos 112.6-8). Quando tomamos posse dessa verdade, podemos nos descansar Naquele que morreu para que tenhamos vida e confiar na Sua volta, quando nos aproximaremos Dele eternamente. Creia!lili
“Embora sendo Filho, Ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu” (Hebreus 5.8). A Palavra diz que até o próprio Jesus – perfeito, santo, sem pecado – aprendeu a obedecer. Isso não quer dizer que Jesus era desobediente. Deus Se fez carne por meio de Cristo; Ele era humano como nós e tinha os mesmos sentimentos que temos. Como homem carnal, Ele teve que suportar dores, aflições e experimentar o desânimo. Porém, por meio dessas situações, Jesus foi aperfeiçoado por meio de orações e súplicas ao Deus Pai. O aprendizado muitas vezes é sofrido, mas é necessário, pois ele nos aproxima de Deus. O processo de aprendizagem é algo que todo cristão deve experimentar. Nós nos tornamos mais fortes quando nossa fraqueza é provada. “Mas Ele me disse: ‘Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza’. Portanto eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim” (2 Coríntios 12.9).

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

NADA

“Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos Daquele a quem havemos de prestar contas” (Hebreus 4.13). Vemos a capacidade de Deus de estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo, tanto no versículo em destaque quanto na passagem de Salmos 139.8-10: “Se eu subir aos céus, lá estás; se eu fizer a minha cama na sepultura, também lá estás. Se eu subir com as asas da alvorada e morar na extremidade do mar, mesmo ali a Tua mão direita me guiará e me susterá”. Jamais podemos esconder da Sua presença. Todas as nossas ações são visíveis aos olhos de Deus. Nós é que, por muitas vezes, nos esquecemos dessa verdade. Cristo tudo vê e de tudo tem o conhecimento, diante disso, haverá o momento em que prestaremos contas de tudo que realizamos em vida. Outra passagem que confirma essa verdade está em Romanos 14.10-12: “Portanto, você, por que julga seu irmão? E por que despreza seu irmão? Pois todos compareceremos diante do tribunal de Deus. Porque está escrito: ‘Por mim mesmo jurei’, diz o Senhor, ‘diante de mim todo joelho se dobrará e toda língua confessará que sou Deus’. Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus”. Nossa postura e, principalmente, nossas intenções serão julgadas. Portanto melhor é se encher do conhecimento da Palavra, da revelação do Espírito Santo e obedecer.
“Portanto, esforcemo-nos por entrar nesse descanso, para que ninguém venha a cair, seguindo aquele exemplo de desobediência” (Hebreus 4.11). A Palavra exorta no livro de Hebreus a sermos obedientes para alcançarmos o descanso, ou seja, ele não vem automaticamente a cada um. Todo cristão deve ter o temor ao Senhor, e isso implica em obedecê-Lo em tudo. Quando amamos a Deus, obedecer não é um fardo, pelo contrário, temos prazer em agir de maneira a alegrar o coração Dele. O versículo destaca ainda a importância de não seguir o exemplo de desobediência dos israelitas do passado. É preciso ter cuidado para não cair nas tentações deste mundo. É bom sempre lembrar que Deus é onisciente e onipresente, nada podemos esconder Dele, pois tem conhecimento até da intenção dos nossos corações. Quando temos essa consciência, fica mais fácil resistir ao pecado.

domingo, 16 de dezembro de 2018

Portanto, deixemos os ensinos elementares a respeito de Cristo e avancemos para a maturidade, sem lançar novamente o fundamento do arrependimento de atos que conduzem à morte, da fé em Deus” (Hebreus 6.1). Nessa passagem, a Bíblia motiva os cristãos a não se apegarem à Lei. No livro de Mateus 5.17, Jesus disse: “Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir”. Apesar de Jesus vir, não para revogar a Lei, mas para cumpri-la, a mensagem principal desse versículo é demonstrar que o evangelho de Cristo vai muito além dela. Viver o Evangelho genuíno de Jesus não é simplesmente se apegar aos mandamentos e cumpri-los; ele não se resume a isso. O que Deus quer é que sejamos completamente dependentes Dele, que tenhamos um relacionamento mais profundo, ou seja, mais maduro. Um relacionamento íntimo com Deus fortalece nossa fé, é isso que Deus quer ver em nós.
“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno.” (Salmos 139.23-24) Investir tempo em nos conhecer e, especialmente, em conhecer o que Deus sabe a nosso respeito, é investir no aprimoramento do que nos fará melhores para a vida. Grande parte de nossas lutas e conflitos alimentam-se de nossa cegueira a respeito de nós mesmos. Isso produz a insensatez de agirmos de maneira a promover exatamente aquilo que dizemos que queremos evitar. Dizemos que não queremos algo, mas nossas atitudes contribuem para que aquele algo aconteça. Isso acontece persistentemente com quem não conhece a si mesmo. É assim que discussões se perpetuam, pecados tornam-se crônicos e nós, ano após ano, mesmo dizendo que queremos mudar, continuamos exatamente os mesmos. Creio que Deus deseja nos abrir os olhos, nos ajudar a saber quem de fato somos. Ele pode fazer isso usando nossos momentos de oração e devoção. As leituras que fazemos das Escrituras. Ele pode fazer isso por meio de uma canção ou uma mensagem bíblica que escutamos no culto ou lemos. Ele pode fazer isso por meio de situações que enfrentamos, problemas ou momentos de pura alegria. Ele pode fazer isso usando processos terapêuticos que envolvem profissionais treinados. O Espírito Santo pode falar diretamente a nós por meio de muitos meios. Mas há uma questão importante: queremos ouvir? Queremos nos ver e com isso assumir responsabilidades sobre quem de fato somos? Pode ser que, na verdade, não queiramos. Continuarmos cegos, apesar de Deus usar tantos meios para nos fazer ver, talvez ainda seja a nossa escolha. Mas se cremos que Deus nos ama, não devíamos temer ver o que Ele deseja nos revelar, especialmente sobre nós mesmo. Você pode ser uma grande benção para muitas pessoas, especialmente para sua própria família. Mas não será, até que tenha clareza sobre si mesmo e possa, guiado por Deus, seguir em frente, amadurecendo e sendo aperfeiçoado. Tenha a mesma atitude do salmista. Queira, verdadeiramente, conhecer a si mesmo e mudar. Há sempre um passo adiante para todos nós. Ainda não nos tornamos tudo que podemos ser com a graça de Deus. E só nos tornaremos, se realmente quisermos. Você quer?

sábado, 15 de dezembro de 2018

A pergunta é simples e a resposta mais ainda, sim ou não. E se for sim? Muitos diriam: “simples, o namoro iria começar.”, mas não é tão simples assim, pra falar a verdade, não é nada simples. Já conversei com algumas pessoas sobre isso e a maioria diz que o namoro é um simples relacionamento “só para testar”, o famoso test drive, “se ele(a) for do jeito que eu quero, eu caso.” Outros ainda dizem que só estão curtindo um momento e que não querem nada sério com aquela pessoa. Discordo totalmente dessas afirmações. Namorar é ter um compromisso sério com Deus e consequentemente com seu namorado(a) . Ao contrário do que muitos pensam, inclusive cristãos, o namoro não serve para testar, pois você nunca vai achar alguém “perfeito”. Não devemos namorar pra conhecer, devemos conhecer pra namorar. O namoro deve ter um objetivo, nada de curtir o momento. Esse relacionamento serve com um treino para o casamento. No namoro vamos aprender a lidar com a personalidade e as falhas do outro. Vamos aprender a renunciar algumas coisas e respeitar as diferenças. Assim como o grau de intimidade entre namorados é maior do que entre amigos, a intimidade com Deus de quem namora deve ser maior. O namoro não é para satisfazer nossas vontades, nossos desejos. Ele é para a honra e glória do Senhor. Portanto, por nossas próprias forças e vontades, não tem como dar certo. Porque, o foco está errado. O que vai manter os dois unidos é o amor de Deus. Para que o namoro resista devemos estar cheios do amor dEle e transbordar esse amor no relacionamento. Assim os namorados vão conseguir resistir a todas as dificuldades de um relacionamento sério e vão conseguir vencer a lutas contra o diabo. Pode ter certeza que se o namoro for sério e para honra e glória de Deus o diabo vai tentar destruir, mas devemos estar firmes com Deus e sua palavra para vencermos o inimigo. Existem várias passagens da bíblia que servem para os namorados, mas essa explica bem como deve ser um namoro santo pra glória de Deus. Sempre li esse texto que é muito conhecido (Gálatas 5:16-23), mas só percebi que ele serve muito pro namoro depois que comecei a namorar. 16 Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. 17 Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. 18 Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei. 19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, 20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, 21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. 22 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, 23 mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.
Essa é uma pergunta compreensível: se somos justificados pela fé e todos os nossos pecados foram perdoados — passados, presentes e futuros — então, por que é necessário continuar buscando o perdão? Nossos pecados já não foram perdoados? Tanto Santo Quanto Pecador Existem, pelo menos, três verdades bíblicas que é necessário manter juntas simultaneamente. Em primeiro lugar, para aqueles que se arrependem do pecado e confiam em Cristo como Senhor e Salvador, Deus os declara justos perante Ele com base na justiça de Cristo e na sua morte substitutiva (Rm 3.21-26; 5.1; 8.1, 30, 33-34). Como um ato declaratório de Deus e não como um processo pelo qual somos infundidos de justiça, a justificação ocorre no cristão de uma vez por todas (Rm 5.12-21; Fl 3.8-9; 2Co 5.19-21). Embora todos estarão diante do Tribunal de Cristo e ouvirão o veredito público sobre se estamos ou não nEle (2 Co 5.10), para os cristãos este veredito futuro já é válido agora. Nós já passamos da morte para a vida (Jo 5.24; Rm 8.1). A justificação uma vez recebida, não pode ser perdida. Em segundo lugar, Deus nos ordena a confessarmos nossos pecados sempre que eles são cometidos (1 Jo 1.9). Esta ordem não se aplica apenas à nossa justificação inicial, porém, conforme o contexto de 1 João deixa claro, a confissão para os cristãos necessita ser contínua: Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos… Fazemos-lo mentiroso… Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados (1 Jo 1.8-10). E por último, Deus não apenas nos ordena a confessar nossos pecados, mas também promete nos perdoar no futuro e, em um sentido real, conecta o nosso perdão com o perdão que damos a outros, depois de termos presumivelmente sido justificados (Mt 6.14; 18.15-35; 1 Jo 1.9; Tg 5.15). Três Ponderações Mas como seria possível fazer sentido teológico destas verdades sem minimizar nenhuma delas? Abaixo seguem três ponderações. Primeiro, do ponto de vista de Deus, não há problema em dizer que quando Ele nos declara justos, Ele perdoa nossos pecados futuros — bem como nossos pecados passados e presentes — já que nosso futuro está diante dEle como um livro aberto. No entanto, do nosso ponto de vista, é melhor pensarmos sobre a nossa justificação como o perdão de todos os nossos pecados — atuais e passados — e como a base judicial do perdão de todos os nossos pecados futuros. Enquanto estivermos vivos, infelizmente vamos pecar e devemos retornar a Deus em arrependimento e fé para sermos perdoados. No entanto, fazemos isto com base na obra de Cristo aplicada a nós para nossa justificação. Tal experiência não é uma nova justificação, mas uma aplicação renovada de nossa justificação original. Quando pecamos, perdemos a nossa consciência de perdão e nosso senso de paz com Deus. Então, quando confessamos nossos pecados, pela ação do Espírito, somos despertados para aquilo que Cristo fez por nós e Deus revive nossa segurança nele e a segurança de nossa salvação. Portanto, os cristãos continuam a orar diariamente por perdão — não com o desespero de quem pensa que está perdido, mas com a confiança de filhos justificados e adotados que se aproximam de um Pai celestial que os declarou justos em Jesus Cristo. Em segundo lugar, esta questão ilustra a importância do tempo e da história. Em nossa justificação pela Graça através da fé na obra totalmente suficiente de Cristo, nossos pecados passados, presentes e futuros são totalmente perdoados e pagos — no entanto, a história ainda é importante. De maneira semelhante, embora Deus eleja um povo para si antes da fundação do mundo (Ef 1.4-6) e é certo que eles serão justificados em Cristo, o plano de salvação ainda deve acontecer no espaço e no tempo. Cristo teve que assumir nossa humanidade, viver sua vida por nós, morrer e ser ressuscitado a nosso favor. Além disto, a fim de que a obra de Cristo seja aplicada a nós, os eleitos devem vir a existir, ouvir o evangelho e serem levados à fé salvadora. Embora o plano de Deus seja desde a eternidade, ele é efetuado dentro do tempo. Como criaturas temporais que somos, Deus aplica a obra de Cristo a nós pelo Espírito no tempo. Em terceiro lugar, vivemos em um relacionamento de aliança com nosso Deus trino. Somos levados à fé salvadora em Cristo e entramos em um relacionamento de aliança com Ele dentro do nosso contexto histórico. Nessa relação — até que sejamos glorificados — ainda pecaremos, e Deus, como o Deus trino-pessoal, fica descontente com nosso pecado. Isso requer arrependimento e busca de perdão continuamente. Quando confessamos os nossos pecados, Deus nos perdoa com base somente em Cristo. Nenhuma Contradição Somos sempre completos em Cristo, e no entanto, ao mesmo tempo, estamos em um verdadeiro relacionamento com Deus. Nossas relações humanas servem de analogia para esta verdade. Como pai, tenho um relacionamento com meus cinco filhos. Por eles serem parte da minha família, nunca serão expulsos; o relacionamento é permanente. No entanto, se eles pecarem contra mim ou eu contra eles, nosso relacionamento ficará tenso e necessitará ser restaurado. Nosso relacionamento de aliança com Deus funciona de modo semelhante. É assim que podemos entender nossa completa justificação em Cristo e o ensino das Escrituras de que necessitamos de perdão continuamente. Ao pedir a Deus que nos perdoe, não acrescentamos nada à obra perfeita de Cristo. Ao contrário, estamos reaplicando o que Cristo fez por nós como o cabeça da nossa aliança e nosso Redentor. Não há absolutamente nenhuma contradição entre a justificação pela Graça através da fé e nossa necessidade contínua de perdão dos pecados. Pedimos a Deus que nos perdoe, não para sermos justificados novamente, mas para andarmos diante dEle na confiança de que Cristo pagou tudo e que somos devedores somente à Graça. A justificação ocorre uma única vez, mas a confissão de pecados e o consequente perdão é contínuo e segue até sermos glorificados e não mais pecarmos.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Uma característica do jovem é a energia para lutar e vencer. Na vida espiritual, algo muito semelhante acontece. O cristão que deseja continuar até a maturidade precisa vencer batalhas espirituais. Que batalhas são essas? O que é necessário para vencê-las? Quais são as consequências de não lutar ou de não vencer essas batalhas? Você deve conhecer alguém assim... a pessoa conhece a Jesus, se emociona, faz uma oração e decide que seguir a Jesus é seu projeto de vida. Após algumas semanas de envolvimento, as primeiras batalhas aparecem. A alegria e emoção da primeira fase já se foram. Fórmulas fáceis não funcionam. Chega finalmente um momento em que ele ou ela tem de tomar uma decisão de continuar seguindo a Jesus ou tomar um desvio. Uns tomam a decisão difícil e após algum tempo atravessam aquela crise vitoriosos. Tornam-se cristãos mais maduros e continuam crescendo, tornando-se eventualmente exemplos para cristãos que também atravessam suas crises. Outros infelizmente optam por atalhos ou desistem. Podem até continuar frequentando a igreja e convivendo com os irmãos, mas perdem o “brilho nos olhos”, desenvolvem o discurso de que já fizeram o suficiente ou de que isso não é para eles. Muitos deixam o convívio com outros cristãos e, se perguntados, afirmam que são ex-evangélicos ou evangélicos não praticantes... No último artigo, “O normal é crescer!”, tratei das evidências claras na Bíblia que apontam que a vida cristã pressupõe crescimento e não estagnação. Somos redimidos para nos tornarmos cada vez mais semelhantes ao nosso Senhor Jesus. Isso é um processo que ocorre de dentro para fora. Em Gálatas 4.19, o apóstolo Paulo afirma que ele sofre até que “Cristo seja formado em vocês”. No entanto, é nos escritos do apóstolo João que encontramos talvez a melhor descrição do crescimento esperado entre cristãos: 12Filhinhos, eu escrevo a vocês porque os seus pecados foram perdoados, graças ao nome de Jesus. 13Pais, eu escrevo a vocês porque conhecem aquele que é desde o princípio. Jovens, eu escrevo a vocês porque venceram o Maligno. 14Filhinhos, eu escrevi a vocês porque conhecem o Pai. Pais, eu escrevi a vocês porque conhecem aquele que é desde o princípio. Jovens, eu escrevi a vocês, porque são fortes, e em vocês a Palavra de Deus permanece e vocês venceram o Maligno. (1João 2.12-14) Já tratamos das características dos “filhinhos”. Hoje, gostaria de tratar das características dos jovens espirituais. É importante observar novamente que a expressão não trata de jovens na idade cronológica, mas jovens em seu crescimento espiritual. Conheço alguns idosos cronologicamente que ainda são bebês espirituais e alguns adolescentes que exercem um cuidado sobre outros que os caracteriza como “pais espirituais”. João indica pelo menos 3 características sobre os jovens espirituais: (1) são fortes, (2) em vocês a Palavra permanece e (3) venceram o Maligno. Jovens espirituais são fortes O termo original apenas confirma a ideia de força, capacidade ou mesmo coragem. No entanto, é bem possível que o próprio apóstolo João tivesse em mente outra passagem que trata da questão de força e fraqueza: Romanos 14. Neste texto, em que o apóstolo Paulo discute as tensões entre aqueles que eram mais e menos exigentes quanto aos costumes, fica evidente que os mais intolerantes eram os fracos, provavelmente mais influenciados pelos rituais judaicos. Paulo exorta os mais fracos a não julgarem os mais fortes e exorta os mais fortes a não desprezarem os mais fracos. Podemos definir o jovem cristão como aquele que tem sua fé baseada em suas próprias convicções e não meramente devido a seus pais ou líderes. Seguindo esta linha de pensamento, podemos definir o jovem cristão como aquele que tem sua fé baseada em suas próprias convicções e não meramente devido a seus pais ou líderes. Em outras palavras, o jovem espiritual é capaz de permanecer em sua fé mesmo que seus referenciais se desviem! O autor Don Willett destaca que há pelo menos 3 alertas para os fortes: primeiramente, ser forte é ter convicção! No final do verso 5 daquele capítulo lemos: “Cada um deve estar plenamente convicto em sua própria mente”. É muito comum ouvir cristãos com anos de experiência, mas sem convicções pessoais. Ou baseiam suas decisões nas convicções de outros ou simplesmente não têm convicções fundamentadas. Com isso, quando são desafiados com posições não cristãs, estes cristãos sucumbem, pois são incapazes de se manter “em pé” com base em seu próprio entendimento. Em segundo lugar, o forte espiritual é alguém que reconhece que Jesus é seu Senhor. Na verdade, ele ou ela entendem que toda a sua vida tem uma relação direta com o Senhor, e por isso tomam decisões alinhadas com esta perspectiva. O verso 8 de Romanos 14 afirma: “Se vivemos, vivemos para o Senhor; e, se morremos, morremos para o Senhor. Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor”. Por fim, o terceiro alerta para o jovem espiritual é que, em última análise, todos nós prestamos contas ao Senhor. É por isso mesmo que nossa fé precisa ser pessoal e não baseada na fé de outros. Ninguém poderá chegar diante de Deus ao final da vida e afirmar que viveu de certa forma pois foi isso que aprendeu de outro... Mais uma vez o capítulo 14 de Romanos, no verso 12, dá claro testemunho desta realidade: “Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus”. O jovem espiritual é então alguém que está desenvolvendo suas próprias convicções, compreende que tudo em sua vida está ligado ao senhorio de Cristo e sabe que no final prestará contas a Deus de suas convicções, e não das ideias ou convicções de outros. Ainda permanece a pergunta sobre como isso ocorre na vida de um cristão? Eu creio que a segunda característica vai responder essa questão. A Palavra de Deus permanece nos jovens espirituais Como desenvolver suas próprias convicções e firmar-se nelas para um dia prestar contas a Deus? A resposta é tão simples quanto profunda: firmando-se na Palavra de Deus. Os testemunhos bíblicos sobre a relevância da Palavra para o crescimento espiritual são múltiplos: Salmo 119, João 17.17, 2Timóteo 3.16, entre outros. Sabemos como cristãos que o caminho da maturidade espiritual passa obrigatoriamente por um aprofundamento na Palavra. No entanto, temos sido muito relapsos nesse quesito. Uma investigação rápida revela que a grande maioria dos cristãos nunca leu a Bíblia toda e uma porcentagem enorme simplesmente nunca lê e medita sobre a Bíblia individualmente. Não deve ser surpresa então que tenhamos, de modo geral, um cristianismo tão fraco e irrelevante. Na carta aos Hebreus, o autor explica de forma bastante clara, em uma exortação, como podemos crescer em nosso discernimento usando a Palavra como base. O texto é Hebreus 5.11-14. Nos primeiros versos (11-13) o autor repreende seus leitores quanto ao fato de ainda serem crianças na fé. No verso 14 ele destaca o que marca um cristão adulto: “Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal” (Versão Almeida Revista e Atualizada). Tratando do tema de amadurecimento, o texto afirma que adultos têm suas faculdades exercitadas pela prática. Esta é uma expressão curiosa, mas de compreensão bastante direta. A palavra usada para “faculdades” trata-se de uma expressão muito usada para o órgão de percepção, sendo possível inferir daí que se trata do próprio intelecto e da capacidade de julgamento ou avaliação. Portanto, aquele cristão que se aplica a compreender a vontade do Senhor tem sua capacidade de entendimento e julgamento exercitada, fortalecida. E, portanto, é capaz de discernir o bem e o mal. Resta saber como exercitar esta capacidade. Pelo menos duas outras passagens nos orientam nisso: Atos 17.11: “Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo”. Repare que o que tornava os bereanos mais nobres era o fato de que comparavam o que estavam ouvindo com as Escrituras. A segunda passagem é 2Timóteo 3.16-17: 16Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, 17para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra. Ao descrever o propósito das Escrituras, Paulo nos indica que, ao investigar a própria Bíblia, somos ensinados, repreendidos, corrigidos e instruídos. Espiritualmente falando, o jovem é aquele que enfrenta aquilo (ou aquele) que se opõe a Deus, pois seu alvo é tornar-se mais e mais como Jesus. O jovem espiritual então é alguém que, além de ter suas próprias convicções, tem se exercitado em compreender e aplicar a Palavra às mais variadas situações da vida. Com isso, ele ou ela desenvolvem uma capacidade de discernimento, a fim de fazerem escolhas sábias. Em termos gerais, não é isso que se espera de jovens? Esperamos que jovens, baseando-se na verdade, aprendam a tomar decisões sábias. Jovens espirituais vencem o Maligno Além de terem suas próprias convicções a partir de um envolvimento com a Palavra, o apóstolo João descreve o jovem espiritual como alguém que tem vencido o Maligno. Existe um debate se este Maligno se refere a Satanás ou apenas ao mal como tudo o que é contrário ao bem. Na prática, ambas posições chegam ao mesmo ponto: um jovem, espiritualmente falando, é aquele que enfrenta aquilo (ou aquele) que se opõe a Deus, pois seu alvo é tornar-se mais e mais como Jesus. Ao desenvolver suas próprias convicções, o cristão passa a vivê-las em seu dia a dia. Com isso, precisa tomar muitas decisões e fazer sacrifícios pessoais. No entanto, conhecemos muitos cristãos – e nós mesmo passamos por isso – que enfrentam uma tremenda luta para viver de acordo com suas convicções. O próprio apóstolo Paulo descrevia de maneira muito vívida sua luta ao afirmar: “Quando quero fazer o bem, o mal está junto de mim” (Romanos 7.21b). Essa tensão representa a essência da batalha espiritual. Ao invés de encontros estrondosos e ruidosos, com maior frequência a verdadeira batalha espiritual ocorre no coração do cristão. É na segunda carta aos Coríntios que o apóstolo Paulo descreve esse conflito e nos ajuda a compreender de que modo o cristão pode vencer o Maligno. 3Pois, embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. 4As armas com as quais lutamos não são humanas; ao contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas. 5Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo. (2Coríntios 10.3-5) A expressão “fortaleza” refere-se aos acampamentos fortificados que os romanos usavam para controlar toda uma região. Estes postos avançados em terras inimigas permitiam aos romanos manter o controle, muito embora não estivessem em todo lugar. O Diabo nos mantém escravos da mesma forma, muito embora ele não tenha direito sobre nossa vida uma vez que nascemos de novo. Esse controle é mantido por meio de mentiras, nas quais acreditamos. Por meio delas ele nos mantém prisioneiros. Cada vez que decidimos tomar um passo por Jesus, essas mentiras entram em ação e nos paralisam ou nos levam em outra direção. Como então combater essas fortalezas? O próprio apóstolo Paulo nos dá a resposta no verso 5: (1) destruindo argumentos, (2) destruindo toda pretensão e (3) levando todo pensamento cativo a Cristo. A palavra usada para “argumentos” no original é sofisma, que significa uma mentira tão bem elaborada que aparenta ser verdade. Não existem dois modos de combater uma mentira. O único modo é contando a verdade. Isso nos remete às palavras da oração sacerdotal de Cristo em João 17.17: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”. Quando o cristão identifica em sua vida uma mentira que tem poder de verdade, ele precisa confrontar esta mentira com a verdade. Por exemplo: se, em seu coração, um cristão acredita que só terá valor se for bem-sucedido profissionalmente, ele precisa confrontar esta poderosa mentira com a verdade que nosso valor está no fato de quem somos em Cristo. Se uma cristã acredita que para sobreviver tem de ser amada por todos, ela precisa passar a crer que é amada por Deus e que isso é suficiente. Assim se destrói sofismas. Calendários 2019 A segunda postura é destruir ou confrontar a pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus. Na verdade, pretensão humana é nossa característica de viver como se soubéssemos mais do que Deus. Ele nos ensina o perdão, mas por vezes cremos que algumas coisas são melhor resolvidas com amargura. Ele nos ensina a graça, mas continuamos a buscar o merecimento. Destruímos a pretensão por meio da humildade ou do quebrantamento. Quando eu, como cristão, confronto a mim mesmo naquilo que nega ou desafia a Deus, estou no caminho de destruir a pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus. Não existem dois modos de combater uma mentira. O único modo é contando a verdade. Por fim, a terceira maneira de combatermos o Maligno é levando todo pensamento cativo a Cristo. Ou seja, quando meus pensamentos começam a correr em direções que eu sei que são contrárias à vontade de Deus, eu combato e venço o inimigo aos trazer novamente meus pensamentos em obediência a Cristo. Certamente esta não é uma decisão única ou um só ato. Precisamos cultivar em nossa mente o conceito de levar cada pensamento à presença de Cristo e submetê-lo à sua aprovação. Conclusão O jovem espiritual é então aquele que busca a Palavra como seu fundamento, desenvolve suas próprias convicções e confronta seu próprio coração ou pensamentos com a verdade de Cristo. É óbvio que este é um processo longo e às vezes cansativo. No entanto, essa etapa faz parte essencial de amadurecer em Cristo. Minha oração é que tanto você como eu estejamos praticando estes passos do jovem espiritual, pois mesmo após se tornar um pai espiritual, certas práticas devem ser cultivadas para que possamos continuar crescendo em direção à semelhança de Cristo.

SEXO

Quando falamos que o Senhor nos orienta ao sexo só após o casamento, isso não se trata de um grande favor nosso para Deus, mas, sim, de uma escolha nossa para que sejamos felizes, cumprindo os propósitos dEle. Infelizmente, cada pessoa que despreza as orientações do Senhor está trazendo para si grandes maldições. Isso porque a desobediência e a falta de arrependimento cobram do ser humano um alto preço, pago com casamentos destruídos, famílias arruinadas, filhos perdidos e vários outros tipos de desgraça. Em nossas igrejas, não é difícil encontrar aquela jovem que tenha decidido obedecer às orientações de Deus se mantendo pura e se guardando até o casamento, mas, em contrapartida, seu namorado não; em vez disso, ele tenta praticar sexo sempre que a oportunidade que lhe aparece. É bem verdade que o contrário também existe: jovens mulheres (e não homens) tentando avançar o sinal e buscando sexo antes do casamento. Talvez essa seja a realidade ou dificuldade que você esteja vivendo no momento. Por isso, independentemente da sua situação (se evitando ou buscando sexo durante o namoro), saiba que é perfeitamente possível você passar a viver, hoje, a vida abundante que Jesus lhe promete. No artigo de hoje, queremos compartilhar 5 conselhos práticos para que você tenha um namoro de obediência a Deus e, consequentemente, abençoado por Ele. . SEJA PURO – A pureza é uma direção da vontade de Deus. Uma boa forma de saber se o seu namoro está sendo agradável ao Senhor é observar se a pessoa com quem você namora tem tido um comportamento de pureza no seu relacionamento. Mas, atenção: quando falamos de pureza, não estamos falando apenas do namoro sem a consumação do ato sexual (a penetração); falamos também de como se comportam os olhos, as mãos a boca e todo o restante do corpo (de vocês dois). Caso a pessoa com quem você namora não tenha se comportado com pureza, você, sendo cristão, deve conversar abertamente com ela para que não aja outra vez assim; do contrário, será preciso dar fim a esse relacionamento. Pense comigo: se no namoro, que é uma fase de conquistas, já não há submissão aos princípios de Deus, o que dizer então quando estiverem casados, quando as responsabilidades aumentarem? Se a pessoa com quem namora vive tentando você à prática do pecado, podemos dizer com clareza que Deus não está nem mais “falando” com você; na verdade, Ele está é GRITANDO para que termine logo esse romance. Escolher com quem devemos nos casar é uma das decisões mais importantes da nossa vida. Só Deus (e não o nosso coração) pode nos orientar a escolher a pessoa certa para o casamento. TENHA DISCERNIMENTO – O desejo sexual é algo normal na vida de todas as pessoas (inclusive dos cristãos de verdade). Mas, quando esse desejo é despertado, as pessoas agem basicamente de duas maneiras, dependendo de como são elas. Primeiro, há pessoas que são realmente de Deus, mas que, por algum descuido, se permitem a um namoro mais intenso, mais quente, despertando em ambos um desejo quase bem próximo ao pecado. Nesse caso, os dois juntos se arrependem e aprendem a lição de não ficarem mais sozinhos em locais que favoreçam essa “brincadeira” tentadora. No segundo caso, há pessoas que, além de não ajudarem você a viver em santidade, vivem induzindo-o a pecar sem o menor temor a Deus. O pior é a série de desculpas esfarrapadas e demoníacas de alguns, que dizem: “Se você me ama de verdade, precisamos ser mais íntimos”; “A gente vai se casar mesmo… Então não precisamos mais esperar pra fazer sexo”; “ É melhor a gente se conhecer sexualmente antes, pra ver se somos compatíveis no casamento”… Os argumentos são os mais variados, mas, como já dissemos, esse é o tipo de pessoa com quem você precisa terminar urgentemente, pois não demonstra nenhum arrependimento e ainda tenta distorcer as verdades de Deus. NÃO TENHA MEDO DE “PERDER” – Talvez aqui esteja um dos principais motivos de se deixar vencer pelo pecado: o medo de perder a pessoa de quem você tanto gosta. Não vou dizer nem que é o amor da sua vida, porque o verdadeiro amor da sua vida é aquele dado por Deus (Mateus 19.6). Eu já vivi isso quando era novo convertido. Imaginava que, se não fosse com Fulana, eu jamais poderia ser feliz. Mas olha o que diz a Bíblia: “Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento” (Provérbios 3.5)! Deus tem sempre o melhor pra nós. Nada do que está acontecendo é por acaso. Pode ser que você não entenda agora e que esteja até chorando de dor, mas, por ser obediente, lá na frente você conquistará a sua bênção. Existem situações aparentemente horrorosas, mas que são, na verdade, grandes provisões de Deus pra nós. Sou prova disso! VIVA EM SANTIDADE – Quando o namoro começa a apelar mais para o lado físico, é porque o lado espiritual está mais fraco. O segredo pra você viver em santidade não é fazer uma listinha daquilo que pode e não pode fazer no namoro, mas, sim, fazer aquilo para o qual você é chamado por Deus. Fico maravilhado com o privilégio que temos hoje de ser cooperadores do Evangelho. Costumo dizer que ser cristão, vivendo em santidade, é a maior “onda” que podemos tirar! Afinal, quer coisa melhor do que ser amigo de Deus? Portanto, você só conseguirá vencer o pecado quando se determinar a ter um compromisso real e constante com o Senhor. Descubra o verdadeiro propósito para o qual Deus o designou. Aperfeiçoe os dons e talentos que Ele lhe deu. Quando vivemos o nosso chamado, tornamos a nossa vida mais dinâmica e apaixonada por Jesus, sem tempo a perder com as mesquinharias do diabo. ARREPENDA-SE DOS SEUS PECADOS – Mesmo você não sendo mais virgem, independentemente da sua idade ou da situação que esteja vivendo, Deus lhe deu a liberdade e responsabilidade de viver a partir de hoje em santidade. Ele é especialista em esquecer o passado e transformar seu erro em ensinamento e bênção. Quando colocamos nossas experiências negativas nas mãos do Senhor, Ele as transforma em algo positivo. Portanto, ore, se arrependa, confesse suas fraquezas, converse abertamente com seus pais, líderes cristãos e amigos que possam aproximá-lo mais de Deus. Nenhum tipo de pecado pode ser maior que o sacrifício de Jesus na cruz por mim e por você. Pense nisso! “Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: “Sejam santos, porque eu sou santo”. Uma vez que vocês chamam Pai aquele que julga imparcialmente as obras de cada um, portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês” (1 Pedro 1.14-17).

AMOR

 O amor é um dos sentimentos mais puros e nobres que existem. Que você nunca perca, por mais tombos e tropeços que leve, a sua leveza de ama...