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domingo, 30 de abril de 2017

AJUDAR

“Muitas vezes eu tentei "ajudar" a Deus cumprir seus planos - isto é, os planos que eu gostaria que Ele tivesse para mim. Planos que iriam me dar o que eu queria. Ou o que eu achava que "merecia". Mas ao estudar Gênesis, eu vejo que, enquanto Abraão estava esperando, Deus estava trabalhando. Moldando o seu caráter. Ensinando-lhe paciência. Foi nessa espera de 25 anos que Abraão chegou de fato a conhecer Deus intimamente. Foi naqueles anos - aparentemente desperdiçados - que Deus o transformou. E depois de décadas de espera, Abraão estava pronto para a maior prova de sua fé: ele foi convocado a sacrificar Isaque, o filho da promessa! O filho que ele tanto havia esperado! A fé de Abraão não estava enraizada na promessa de descendentes. Se assim fosse, ele nunca teria tomado Isaque para ser sacrificado e não teria abandonado o que Deus lhe havia prometido anos antes. Ele teria agarrado firmemente a Isaque, se sentindo no direito a posse desse filho. Abraão não estava agarrado a seu próprio entendimento do cumprimento da promessa de Deus. Portanto, em última análise, a fé de Abraão estava na fidelidade de Deus! A fé de Abraão não era somente na promessa. Sua fé estava enraizada no Criador da promessa. Porque sua fé não estava no que Deus faria para ele, mas no próprio Deus! Abraão estava disposto a arriscar. Ele poderia fazer o que Deus pediu, pois não estava confiando em um determinado resultado. Ele estava confiando em Deus. A espera de Abraão fortaleceu sua fé. Ensinou-lhe os caminhos de Deus. Mostrou-lhe a fidelidade de Deus. Abraão sabia que Deus forneceria tudo o que ele precisava. E não vejo a minha espera de maneira diferente. Talvez Deus está fazendo que eu e você esperemos pelas mesmas razões que ele fez Abraão esperar: para forjar a nossa fé. Para tornar-nos atentos à sua voz. Para nos aprofundarmos em nosso relacionamento com Cristo. Para solidificar a nossa confiança. Para nos preparar para o ministério do evangelho. Para nos transformar em Sua semelhança. E hoje eu posso ver que "esperar" é a resposta mais preciosa que Deus pode nos dar. Pois faz-nos agarrar a Ele, em vez de agarrar-se em resultados. Deus sabe o que eu preciso. Eu não. Ele vê o futuro. Eu não posso! Sua perspectiva é eterna. A minha não é. Ele me dará graciosamente o que será melhor para mim enquanto eu estiver aqui. E - quando - for melhor para mim. “Esperar não é somente sobre o que eu receberei no final da espera, mas sobre quem eu me tornei enquanto esperava.”

A VIDA

Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu. Hebreus 5:8 No poema “Reinvenção”, Cecília Meireles escreveu: “A vida só é possível reinventada.” De fato, toda pessoa vitoriosa tem que se reinventar constantemente. Os heróis e campeões são “reinventores”, pois a vida apresenta obstáculos a cada momento. Alguns mudam de profissão, outros mudam de lugar, outros ainda mudam de atitude, mas todos passam por reinvenções. Uma das palavras que melhor definem a reinvenção da vida é resiliência, termo que entrou para o dicionário da psicologia nas últimas décadas. Resiliência é o poder de recuperar a forma física, emocional e espiritual depois de ter sido esticado, pressionado e torcido durante um período de tensão. É ser jogado na lona pelos golpes da vida, levantar, limpar o sangue do nariz e nocautear o inimigo. É voltar à tona e nadar quando a vida tenta nos submergir no mar das dificuldades. É ter a capacidade de suportar choques sem romper ou danificar permanentemente o sistema. A pessoa resiliente sofre e enfrenta desafios igual a todo mundo, mas usa as dificuldades para se tornar forte como o aço. Às vezes, essa capacidade emocional, espiritual e moral aparece somente depois de experiências amargas, decepções profundas e exposição a fatores de risco. Nos últimos anos, muitos estudos têm sido feitos sobre o poder da resiliência. Alguns deles sugerem que um ambiente positivo e apoiador ajuda a desenvolver a resiliência. Outros mostram que a resiliência é mais visível num contexto de crise, perda e desvantagem. Em 1964, o psicólogo Victor Goertzel e sua esposa Mildred escreveram um livro intitulado Cradles of Eminence (Berços da Eminência) no qual estudaram 400 personagens eminentes, como Winston Churchill, Albert Schweitzer e Liev Tolstói, na tentativa de descobrir o que contribuiu para sua excelência. Concluíram que a maioria vinha de um ambiente desafiador. Em 2004, Ted Goertzel, filho do casal, publicou uma nova edição da obra e acrescentou muitos outros nomes mais recentes, como Nelson Mandela, Teresa de Calcutá e Oprah Winfrey, chegando à mesma conclusão. Na Bíblia, encontramos muitos heróis, como Jó, Abraão, Jacó, José, Moisés, Davi, Elias, Noemi, Rute, Ester, Pedro e Paulo, que tiveram perdas, passaram por crises, sofreram pressões, mas desenvolveram resiliência, deram a volta por cima e conseguiram reinventar a vida. Eles confiaram em Deus e se tornaram exemplos de superação. O maior exemplo de resiliência do mundo é o próprio Jesus, que sofreu imensamente, morreu, ressuscitou e voltou, glorificado, à sua forma original. Cristo pode ajudá-lo a se tornar resiliente e reinventar a vida.

PODER

Muitos Cristãos vêem sua conversão como um lava jato. Você entra como um sujo sucateado e sai com seus pecados lavados – um sucateado limpo. Mas, a conversão é mais que a remoção de pecado. É um depósito de poder. É como se um motor de uma Ferrari fosse implantado em seu carro. Deus tirou o velho motor, coberto e rachado com rebelião e maldade, e o trocou por uma versão acelerada e rugindo dele mesmo. O Apóstolo Paulo descreveu isto como sendo “nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas” (2 Coríntios 5:17). Você está equipado plenamente. Você precisa de mais energia? Você tem. Mais bondade? É sua. Hebreus 13:21 promete que Deus “os aperfeiçoe em todo o bem para fazerem a vontade dele”. É só pisar no acelerador. Deus lhe deu tudo que você precisa para viver uma vida santa!

sábado, 29 de abril de 2017

SIM OU NÃO

Eu me lembro que, quando eu era mais jovem, bem adolescente ainda, e um amigo ou eu mesmo ficávamos a fim de uma colega de classe, começávamos aquela paquera de longe, um sorriso aqui, uma olhada ali; às vezes os mais ousados até arriscavam pedir uma caneta ou um caderno emprestado. Na Maioria dos casos, a paquera terminava com um bilhetinho assim “Gosto de você, você gosta de mim?” sim não. Hoje nós jovens continuamos a viver com uma e outra resposta. E durante a vida respondemos afirmativa ou negativamente a várias questões. É certo que tais questões são bem mais complexas do que o ficar ou não com alguém da sala. São, às vezes, questões que decidem toda uma vida. Por falta de uma negativa lá atrás, algumas pessoas morrem hoje, e por falta de uma afirmativa outras são eternamente frustradas. Temos muitas oportunidades para exercitar uma ou outra resposta numa churrascaria, por exemplo. Você pode colocar o sinal verde, que representa “sim, eu quero mais carne”, ou o vermelho, que representa o “não, estou satisfeito”. No trânsito, você pode dizer “sim, vou parar no sinal” ou “não, vou avançar”. Nas comunidades, dia após dia, os jovens têm tido a oportunidade de optar por entrar para o tráfico ou trabalhar e estudar. Dizer sim ou não é muito fácil e talvez pressionado pelo ambiente externo, dizemos um ou outro sem pensarmos no que implicará nossa decisão mais tarde. Hoje me parece que todos os veículos de comunicação pregam o “sim, você pode pegar todo mundo, você pode beber todas (com moderação), você pode ser fortão ou saradona, você pode isso, você pode aquilo”. Mas por trás disso tudo está a sua vida, e não há filmes, programas, novelas ou comerciais dizendo: “você não pode pegar AIDS, ser pai ou mãe tão cedo, ter cirrose, acabar com o seu fígado, pulmão, ser preso ou morto, você não pode isso, não pode aquilo…”. Você pode escolher uma ou outra resposta. O que você não pode é apenas dizer o que os amigos do trabalho, da faculdade, do colégio ou do baile querem ouvir. Há tempo pára todas as coisas, há tempo para o sim e tempo para o não. Este último pode até parecer duro de dar, mas dado na hora certa é capaz de salvar uma vida. Pense na sua resposta antes de dá-la, pois é para sua vida e o seu futuro que você estará dizendo sim ou não! mm

LUGAR

A mulher de reputação duvidosa de Jericó encontrou a Deus! Ou melhor dito, Deus achou Raabe a meretriz. Ele achou um coração de ternura na difícil cidade de Jericó e foi alcançá-la para salvar ela. Ele teria salvo a cidade toda, mas ninguém mais fez o pedido. Mas aí é que está, Raabe a meretriz tinha uma vantagem. Ela não tinha nada a perder. Ela estava no pior patamar. Ela já tinha perdido a sua reputação. Ela estava no fundo do poço. Talvez isso é onde você também se encontra. Você até não ter vendido o seu corpo, mas você vendeu sua fidelidade, afeição, atenção e talentos. Você está esgotado. Dias de glória? Possivelmente para ele ou para ela. Mas não para mim. Eu estou muito acabado, sujo. Eu pequei demais. Não há Dias de Glória para mim! A resposta em apenas uma palavra de Deus? Raabe! Deus teu um lugar para as Raabes do mundo! Ele tem um lugar para você!

sexta-feira, 28 de abril de 2017

A ALEGRIA

Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se! Filipenses 4:4 A alegria no Senhor é força, sustentação, âncora, reserva de ânimo, motivação para viver. Porém, como é difícil cultivar esse estado de espírito! Os amantes do pessimismo e do mau humor parecem ser prisioneiros da “distimia”, um tipo de depressão que se caracteriza, entre outras coisas, pela perda do prazer e pelo sentimento de negatividade. No entanto, o apóstolo Paulo afirma que devemos nos alegrar “sempre”. Os mais desconfiados poderiam dizer: “É impossível ficar sempre alegre neste mundo cheio de problemas! Será que é isso mesmo que ele quis dizer? Não seria para nos alegrarmos apenas durante o fim de semana?” Para não deixar dúvidas, o apóstolo repete a ordem: “Alegrem-se!” Outros podem argumentar: “Mas eu trabalho num lugar apertado, quase sem ar, rodeado de pessoas desagradáveis. O apóstolo falou isso porque não enfrentou as dificuldades que eu enfrento.” Pois bem, Paulo estava na prisão quando escreveu Filipenses, carta em que repete 16 vezes as palavras “alegria” e “alegrar-se”. Ele sabia que a alegria não depende do conforto, lugar ou espaço. A alegria está em Deus. E Deus se dispõe a morar em nosso coração. Os cinco segredos do apóstolo para manter a alegria aparecem nos versos seguintes. Primeiramente, não ande ansioso por coisa alguma, mas apresente tudo a Deus por meio da oração e de ações de graças. Fazendo isso, “a paz de Deus, que excede todo o entendimento”, guardará o seu coração e a sua mente em Cristo Jesus (v. 6, 7). Em segundo lugar, tenha um padrão de pensamento positivo. Pense a respeito de “tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama”, tudo o que for “excelente ou digno de louvor” (v. 8). Focalizar o lado luminoso da vida deve ser um hábito diário. Em terceiro lugar, adapte-se às circunstâncias. Paulo disse: “Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade” (v. 12). Em quarto lugar, tenha a certeza de que Deus lhe concederá poder para enfrentar todos os desafios. “Tudo posso naquele que me fortalece”, diz o apóstolo (v. 13). Finalmente, acredite que Deus proverá o que você precisa. “O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus” (v. 19). Você não se alegra focalizando os motivos para tristeza, mas conectando-se à fonte da alegria. Então, alegre-se no Senhor!

EXISTE PERDÃO

"Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram." (Salmos 85:10) O martelo da culpa é cruel. Crucifica você no madeiro de sua própria história. Os pregos das lembranças paralisam sua vida. As pessoas passam e você fica, imobilizado. Como se a derrota fosse a autopunição que “merece”. Quando a culpa não o perturba pode ser mais perigoso. O cinismo é fatal. É o abismo sem fundo de onde não existe retorno. É o ponto final de qualquer história. O salmo oitenta e cinco é a visão do salmista da maneira como Deus lida com o problema da culpa do ser humano. Este salmo fala do calvário. Ali numa inglória cruz, encontraram-se a graça e a verdade e se beijaram a justiça e a paz. Ao andar nos seus próprios caminhos, a criatura escolheu voluntariamente o caminho da morte. Não havia esperança na sua triste existência. O princípio universal da justiça estabelecia a conseqüência natural de sua escolha: morte. Esta é uma verdade inquestionável. Não é castigo divino. É fato. Realidade, lógica. A criatura rebelde tinha perdido o direito a vida. Era justo. A justiça e a verdade estão unidas em seu veredicto: morte. Mas no calvário a justiça não se encontra com a verdade, mas com a graça. O que é graça? É uma dádiva. Você não merece. Ninguém merece. A justiça demanda que o homem morra. Mas quem morre é Jesus e por graça outorga a salvação ao homem. A verdade é que a criatura pecou e merece morrer. Na cruz, essa verdade se beija com a paz. O homem aceita o perdão divino e embora é verdade que ele pecou, experimenta paz porque Jesus morreu no seu lugar. Sua culpa foi expiada. O preço de sua rebeldia foi pago, seu pecado foi perdoado. Não pretenda entender. Apenas aceite. Não mais noites de insônia. Não mais culpa, nem desespero, nem vontade de morrer. Um novo dia amanhece na sua vida. O Senhor lhe entrega uma página em branco, para escrever uma nova história. Parta hoje para uma nova experiência. Quando o martelo da culpa bater no seu coração, quando a consciência gritar: culpado, a história dos seus erros o atormenta, olhe para a cruz do calvário onde “encontraram-se a graça e a verdade, e a justiça, e a paz se beijaram.”

quinta-feira, 27 de abril de 2017

AFLIÇÃO

Pedro saiu do barco e começou a andar em cima da água, em direção a Jesus. Porém, quando sentiu a força do vento, ficou com medo e começou a afundar. Então gritou: - Socorro, Senhor!" (Mateus 14:29-30) Andando lado a lado, a mão de Pedro na do Mestre, entraram juntos no barco. No entanto, Pedro estava agora rendido e silencioso. Ele não tinha nenhuma razão para se vangloriar sobre os companheiros, afinal, por causa da incredulidade e da exaltação, quase perdera a vida. Ao desviar de Cristo o olhar, ele perdeu o equilíbrio e afundou em meio às ondas. O Brasil passa por um momento de aflição. O mundo também. Enquanto os cidadãos brasileiros não conseguem ter um mínimo de confiança nos líderes políticos, o mundo sente a insegurança de mais um ataque militar entre nações. Quantas vezes, ao enfrentarmos momentos assim, fazemos como Pedro! Olhamos para as ondas, em vez de manter os olhos fixos no Salvador. Os pés vacilam, e as impetuosas águas passam por sobre nossa alma. Jesus não disse a Pedro que fosse ter com Ele para que perecesse; não nos chama a segui-Lo para depois nos abandonar. […] Jesus lia o caráter dos discípulos. Sabia que a fé manifestada por eles seria provada de modo doloroso. Nesse incidente no mar, desejava mostrar a Pedro sua própria fraqueza – que sua segurança dependia constantemente do poder divino. Em meio às tempestades da tentação, Pedro só poderia andar em segurança, quando, desconfiando inteiramente de si mesmo, descansasse no Salvador. Pedro era fraco no ponto em que se julgava mais forte; e, enquanto não discernisse sua fraqueza, não poderia compreender quanto necessitava confiar em Cristo. Se tivesse aprendido a lição que Jesus tentou lhe ensinar naquele incidente no lago, Pedro não teria fracassado quando a grande prova lhe sobreveio. Dia a dia, Deus instrui Seus filhos. Pelas circunstâncias da vida diária, prepara- os para a parte que têm de desempenhar naquele mais vasto cenário que Sua providência lhes designou. É o resultado de sua prova diária que determina a vitória ou derrota deles na grande crise da vida. Os que deixam de compreender sua contínua dependência de Deus serão vencidos pela tentação. Podemos entender agora que nossos pés estão firmes e jamais seremos abalados. Podemos dizer com confiança: “Eu sei em quem tenho crido; coisa alguma pode abalar minha confiança em Deus e em Sua Palavra”. Entretanto, Satanás está planejando aproveitar-se de nossos traços de caráter hereditários e cultivados para cegar nossos olhos tanto às nossas necessidades quanto aos nossos defeitos. Somente compreendendo a própria fraqueza e olhando firmemente para Jesus, podemos caminhar com segurança.

VOCE AMOU ?

Porque tive fome, e Me destes de comer; tive sede, e Me destes de beber; era forasteiro, e Me hospedastes; estava nu, e Me vestistes; enfermo, e Me visitastes; preso, e fostes ver-Me. (Mateus 25:35- 36) O teste final da religião não é a "religiosidade", mas o amor. O Evangelho de Mateus (25:31-46) descreve a cena do julgamento final. Assentado no grande trono branco, Jesus Cristo reunirá todas as nações ao Seu redor. Naquele dia, a questão não será: "Você creu?" A pergunta mais importante vai ser: "Você amou?" Não há nisso nenhuma contradição com a fé. A questão real é se nossa fé nos levou ao amor. Em última análise, o fundamental não é em que eu acreditei, mas se aquilo em que eu disse crer pôde me transformar e levar à prática do amor. Você entende? Naquele terrível dia de julgamento, Jesus nem mesmo mencionará o que, em geral, consideramos "grandes pecados". Pecado é transgressão da lei, mas o fim da lei é o amor. Negar o amor é negar o Espírito de Jesus. Esta é a evidência final de que nós nunca O conhecemos ou de que Ele jamais viveu em nós. Negar o amor significa que Ele nunca inspirou nossas ações, nunca motivou nossa vida, apesar de nossas pretensões e "discursos religiosos". Negar o amor é afirmar que vivi para mim e pensei apenas em mim. Vivi como se Jesus não tivesse vivido e morrido. Assim será na presença do Filho do homem: Sua humanidade há de julgar nossa desumanidade! O espetáculo será terrível quando Seus olhos penetrarem cada um, e todos se sentirem como despidos, diante daquele olhar, sem nenhum esconderijo ou máscara. Ali nos encontraremos novamente com aqueles que amamos ou aqueles que ignoramos, negligenciamos e desprezamos. Nenhuma testemunha será necessária. Nenhuma acusação. As palavras que ouviremos naquele dia não virão da teologia, mas da vida. Não da igreja nem da religião, mas daqueles com quem nossos caminhos cruzaram. Nem mesmo da Bíblia, mas dos copos de água e do alimento que servimos em nome de Cristo. Jesus afirma: "Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor" (Jo 13:35). O apóstolo João declara: "Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte" (1Jo 3:14). No primeiro texto, o amor revela quem somos, a nossa identidade. No outro, o amor revela onde estamos. Mostra se passamos da morte para a vida ou se permanecemos no reino das trevas e da morte. Em relação à prática do amor, quem é você e onde você está?

quarta-feira, 26 de abril de 2017

ESTAMOS PRONTOS ?

O SENHOR, tenho-o sempre à minha presença; estando ele à minha direita, não serei abalado. (Salmos 16.8) Gregório Nazianzeno disse que Atanásio era tanto uma pedra-ímã como um diamante bruto. Pedra-ímã pela ternura da sua disposição; diamante pela invencibilidade da sua resolução. Quando Valente, imperador de Roma, prometeu a Basílio posição superior se ele subscrevesse a heresia ariana, esse pai da igreja lhe respondeu: “Senhor, tais propostas são boas para pegar criancinhas, mas nós, que somos ensinados pelo Espírito, estamos dispostos a suportar mil mortes a permitirmos que uma única sílaba da Escritura seja adulterada”. O justo está pronto para receber a cruz por seu dote e, assim como Inácio, a adornar-se dos sofrimentos por Cristo como de um colar de pérolas. “Nos gloriamos nas próprias tribulações” (Rm 5.3). São Paulo sacudia a sua corrente e se gloriava nela como a mulher que se orgulha das suas joias, disse Crisóstomo. “É perda minha”, afirmou Gordius, o mártir, “se amenizas algo dos meus sofrimentos”. Desse mesmo espírito, heroico e destemido, eram os cristãos primitivos, desprezando nomeações, rindo de encarceramentos, cingindo-se de tormentos como se fossem coroas, cujo amor por Cristo ardia com mais calor do que o fogo, de tal modo que os pagãos exclamavam: “Grande é o Deus dos cristãos!”.

ARROGANCIA

Não sejais sábios aos vossos próprios olhos (Rm 12.16b – ARA). O que o apóstolo diz no grego é mais significante e apropriado à luz da comparação: “Não pensar demais nas coisas por demais elevadas.” O que ele tem em mente é que o cristão não deve desejar com obsessiva ambição aquelas realizações pelas quais ele exceda a outrem, nem alimentar sentimentos de superioridade; mas, ao contrário, ponderar com discrição e mansidão. E são estas que fazem a diferença na presença do Senhor, e não o espírito de soberba ou de desdém demonstrado contra os irmãos. O apóstolo adiciona uma ordenança muito oportuna, à qual já fizera menção, porquanto nada é mais danoso para destruir a unidade cristã do que nos exaltarmos e aspirarmos uma posição mais elevada que a dos outros, sentindo-nos superiores aos demais. Tomo a palavra humilde no sentido neutro, a fim de completar a comparação. Portanto, toda ambição e elação do espírito, as quais se ocultam dentro do nome de magnanimidade, são aqui condenadas. A moderação é a principal virtude dos crentes; ou, antes, submissão, que sempre prefere atribuir honra a outrem do que recebê-la para si próprio. A outra afirmação do apóstolo se acha estreitamente conectada a esta. Nada inflama mais o espírito do que uma exagerada opinião de nossa própria sabedoria. Portanto, ele quer que ponhamos esta opinião de lado, ouçamos os outros e nos sujeitemos aos seus conselhos. Erasmo traduziu cfipovíuous por arrogantes, mas tal tradução é forçada e sem sentido. Paulo, neste caso, estaria repetindo a mesma palavra duas vezes sem qualquer ênfase. O antídoto mais eficaz para a cura da arrogância é suprimir uma opinião demasiadamente exagerada acerca de nossa própria sabedoria.

terça-feira, 25 de abril de 2017

RAÍZES

Quão complexa e complicada é a maneira moderna de tratar das diversas porções da vida humana! Quão fútil também, já que o princípio central não é atingido! Se o olho for mau, todo o corpo será tenebroso, por maior que seja o esforço de iluminar as diferentes partes do ser. Se o manancial é venenoso, o riacho que dali se origina contém constante veneno, por mais que nos esforcemos para limpar os baldes de água dali tirados. Essa idéia é expressa por Tiago em sua Epístola, nestes termos: «De Onde procedem guerras, e contendas, que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?» (Tiago 4.1). Ou, como no-lo recorda nosso Senhor, «do coração procedem os maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias» (Mateus 15.19). Por conseguinte, o que precisa ser tratado é o centro, o coração, a causa da dificuldade, e não apenas suas diversas manifestações. Ou seja a árvore boa, e o seu fruto bom, ou então que seja a árvore má, e o seu fruto mau (Mateus 7.15-20), conforme o Senhor nos ensina. O tratamento deve começar no centro. Não importa o que o homem faz, ou o que o homem sabe, ou qualquer coisa acerca dele; o próprio indivíduo é que precisa ser corrigido, em suas fundamentais e centrais relações com Deus. É médico muito deficiente aquele que trata somente dos sintomas e das complicações, e ignora a própria enfermidade. E a enfermidade, nesse caso, é a manchada e enlameada condição da alma humana, condição resultante do pecado. Seu olho espiritual está anuviado e cego. A luz de Deus não pode penetrar ali. Todas as trevas que há no seu interior se devem a isso, e somente a isso. Essa a doença, e somente essa, que requer tratamento. Como o Evangelho é simples e direto!

SEM EMENDA

Vestimentas podem simbolizar caráter, e como sua túnica, o caráter de Jesus era sem emenda. Coordenado. Unificada. Ele era como a sua túnica: perfeição ininterrupta. Um pano sem emenda, tecido do céu e da terra… dos pensamentos de Deus para as ações de Jesus. Das lágrimas de Deus para a compaixão de Jesus. Mas quando Cristo foi cravado na cruz, ele retirou a sua túnica de perfeição sem emenda e vestiu uma vestimenta diferente, a vestimenta da indignidade. Envergonhado diante da sua família. A indignidade da nudez. A indignidade do fracasso. Envergonhado diante dos seus acusadores. Pior de tudo, ele suportou a indignidade do pecado. A Escritura diz “Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça…” (1 Pedro 2:24 NVI). A vestimenta de Cristo na cruz? Pecado – o seu e o meu. O pecado de toda a humanidade.

MAXIMAS

"Como água no deserto é a sabedoria para a alma". Não esqueçamos que, na busca pelo principal, podemos nos contentar com o secundário, que nunca almejamos e que vem sem que procuremos por ele. Não sigamos por uma estrada que leva a lugar nenhum. Nesse caso, iludidos, acordamos cedo, esgarçamos nossos músculos, afastamos adversários, dormimos pouco e nunca chegamos ao destino, porque a estrada simplesmente acaba. Não acreditemos que dinheiro seja igual a felicidade, porque reunimos o dinheiro e descobrimos que não encontramos a alegria de viver. Não façamos da fama a meta de nossas vidas, porque acabaremos por notar que, tendo chegado ao topo, estaremos sozinhos, embora freneticamente aplaudidos. Há mais alegria numa sala vazia quando nosso coração está em paz do que num estádio lotado. Não tenhamos como objetivo conquistar o poder, deixando na luta nosso sangue gotejando pela escada, porque, uma vez senhores, perceberemos que somos escravos dos desejos alheios. Não nos enganemos apontando o outro como sendo o nosso problema, uma vez que nossos principais inimigos somos nós mesmos, formados por nossa biologia, nossa história e nossa liberdade. Não pensemos que não conseguimos viver sem agitação e sem diversão, porque não é possível que nossa vida dependa dessas coisas que habitam as superfícies. Não nos iludamos com o conhecimento pelo conhecimento, porque seu valor não está na ostentação, mas no quanto torna melhores as vidas dos outros. Aprendamos com Jesus que podemos ganhar o mundo inteiro e perder a nossa alma (Mateus 16.26). Quem ganha o mundo e perde sua alma não ganhou nada; antes, perdeu o principal.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

O QUE É SEU DEUS NÃO DARÁ PARA NINGUEM

Amor vai além de segurar mãos, de olhos que se cruzam na multidão, de abraços afetuosos depois de poucas horas afastados. Vai além das aparências ditas como bonitas ou desprovidas de beleza de acordo com os padrões. Com amor se percebe aquilo que nunca foi dito, é como falar sem abrir a boca e entender apenas com um aceno de cabeça. Amor é confiança, é coragem de entregar o seu coração e depois, no momento certo, o corpo. É ir além das expectativas e não desistir por causa das decepções. Amor é a paciência e espera do inesperado, sofrer a dor da perda e florescer com uma nova chance. O amor perdoa quando a ofensa é tamanha e é amando que se cura os machucados causados pelos problemas que sempre surgem. Amar é saber que nem todo dia fará Sol, que a chuva pode demorar para passar, mas que não se deve ir embora por qualquer razão, porque amor é insistência. Eu sei que, às vezes, nos damos por inteiro a alguém que diz também se entregar completamente. É só ouvir a voz da pessoa que tudo fica bem, aquele céu escuro fica novamente azul e a saudade que estava sufocada é amenizada com um beijo que diz que irá ficar para sempre do seu lado. Já vi amor nascer na amizade, mas também vi surgir no primeiro momento que os olhares se cruzaram. É aquela ligação instantânea de dois corações que quando se sentiram, não quiseram mais se separar. Mas já vi a dor de alguém que tanto acreditou e em um momento viu tudo desmoronar. Confesso que é difícil saber quando estamos mesmo sendo correspondidos, que não seremos deixados, que aquela relação vai durar. Tantas vezes algo que tem tudo para dar certo acaba por motivos tão banais e sem chance de reatar. Mas peço que quando isso aconteça, levante a cabeça e saiba que não é a primeira a ter o coração quebrado. Não é a primeira a ter promessas desfeitas. E, infelizmente, não é a única que tanto se doou a alguém que sem mais nem menos te deixou. E não será a última a ver um amor indo embora sem dizer adeus. Enxugue as lágrimas e sorria porque você está bem, porque Deus nunca te deixou. Essa dor pode te trazer amadurecimento, sabedoria, domínio próprio e precaução. Não se feche para o amor porque alguém te decepcionou. A vida é assim, repleta de surpresas boas e ruins. Um dia, você viverá um belo romance, terá alguém ao seu lado que, mesmo com falhas, saberá amar você. Ore e espere pacientemente. O que é seu, Deus não dará a mais ninguém. Pode demorar, pode ser rápido, mas a questão é que até chegar o seu coração vai estar sendo curado e quando o momento certo chegar, você estará recuperada e pronta para amar sem medo e ser amada por inteiro.

VENCEDORES

Deus falou. Josué escutou e os Dias de Glória de Israel começaram. O rio Jordão se abriu. As muralhas de Jericó ruíram. A maldade foi chutada e a esperança reiniciada. Josué 21:43 diz “Assim o Senhor deu aos israelitas toda a terra que tinha prometido… e eles tomaram posse dela e se estabeleceram ali. O Senhor lhes concedeu descanso de todos os lados…” Talvez você precise de uma nova época. Você não precisa passar pelo rio Jordão, mas você precisa passar a semana. Você não está enfrentando Jericó, mas você está enfrentando rejeição e angústia. A história de Josué nos desafia a acreditar que Deus tem uma Terra Prometida para a gente tomar! Não são terras, mas o terreno do coração e da mente! Uma Terra Prometida… uma vida de terra prometida!

domingo, 23 de abril de 2017

A ESPERA

Eu não quero alguém ao meu lado para me bajular, ignorar os meus erros e nunca me confrontar. Tenho aprendido a cada dia mais que o amor não é aceitar tudo, mas fazer o possível para me tornar o melhor que posso ser para quem amo e também para mim. Não espero alguém perfeito, mas com toda a certeza espero alguém de verdade, que sinta com tudo de si e saiba me amar da forma que devo ser amado. Assim como eu também preciso sentir com tudo de mim e amar o outro como deve ser amada. Não me desespero por estar no tempo da espera, mas me esforço para ter a paciência de esperar sem questionar. Para que apressar o relógio se existe o tempo certo para tudo? Para que me encher de dúvidas se entreguei tudo a Deus? O meu coração está sob os cuidados Dele, onde deve sempre estar. Não me importo tanto assim se for preciso esperar tanto tempo parar estar com quem amo, porque não o espero para ser preenchido, porque com Deus eu já sou completo. Não espero por alguém para preencher os meus vazios, espero por alguém para somar. Alguém que continue assistindo ao meu lado as minhas séries favoritas e que juntos comecemos a assistir novas. Alguém que não me deixe quando tudo estiver difícil e as minhas emoções estejam bagunçadas. Alguém que, ao invés de julgar os meus medos, me mostre que preciso enfrentá-los, que preciso ser mais corajoso. Espero por alguém que ore por mim, porque a oração é uma forma das formas mais lindas de cuidado. Espero por alguém que eu possa amar e confiar. Alguém que una os seus sonhos aos meus e que tenhamos, juntos, sonhos novos. Alguém que segure a minha mão e descarte a hipótese de soltá-la, que goste do meu sorriso e de quem eu sou. Alguém que me veja não como mais um homem em sua vida, mas como quem pedia a Deus em suas orações, porque é isso o que quero ser, a resposta das orações de alguém. Quero amar e ser amado. Respeitar e ser respeitado. Até a eternidade.

ORGULHO

Quem nunca sentiu aquela sensação terrível de querer pedir perdão, mas sentir uma “força” maior dentro de si que o impediu de se desculpar? Que atire a primeira pedra quem nunca ignorou quando, na verdade, queria oferecer atenção. Quem tem dificuldade de dar o braço a torcer em uma briga e de ser o primeiro a confessar que errou. Acontece que o orgulho estraga muita coisa. O orgulho faz você perder quem ama, faz você perder oportunidades e também pessoas. O orgulho faz você se tornar alguém difícil de ser amado, alguém que, por mais que o outro insista, torna-se cada vez mais difícil de resolver conflitos, de dialogar e de fazer dar certo. O orgulho estraga o amor, a amizade, o trabalho. Porque nada pior do que lidar com alguém orgulhoso, que não sabe reconhecer quando está errado, que não sabe pedir desculpas, que não sabe olhar nos olhos e dizer que sente nossa falta e que nos ama quando não merecemos ser amados. É difícil porque, quando estamos mal, chateados, nem sempre temos a coragem de sempre correr atrás, de sempre tentar consertar as coisas, e tudo fica pior quando o outro não colabora – e então a gente cansa. Cansa mesmo de insistir, de pedir desculpas e o outro continuar fazendo joguinhos e oferecendo a nós a sua indiferença. Tome cuidado, porque o orgulho pode fazer você perder muita coisa: o amor de quem o ama por inteiro, o abraço de quem o acolhe no final do dia, o beijo de quem beija com a alma, o sorriso de quem transforma o seu mundo. Cuidado, porque o orgulho torna você outra pessoa. Alguém dominado pela raiva e pelo impulso. Alguém que não sabe perdoar, não sabe resolver e que, nesses instantes de orgulho, parece não saber amar. O orgulho pode fazer você evitar dizer coisas bonitas, de soar palavras agradáveis naquele dia cansado em que o outro precisa tanto de um gesto de carinho nosso. Esse orgulho bobo aí pode distanciar você de quem, realmente, se importa, de quem faria de tudo para dar certo. E, embora você não tenha a escolha de não sentir isso, você tem a escolha de não permitir agir com orgulho. Você tem a escolha de ouvir quem quer falar, de perdoar quem pede perdão, de se desculpar quando errar, porque, acredite, isso é bonito. Você sempre terá a escolha de não estragar tudo.

sábado, 22 de abril de 2017

O MELHOR DE DEUS

Talvez você possa se identificar com a criança que vi num terminal de aeroporto. Tudo na expressão do pai dizia Venha! Temos que correr se vamos alcançar a conexão. Será que o rapazinho consegue manter o ritmo? A mãe conseguia. Os irmãos mais velhos conseguiam. E o menino? Ele tentou acompanhar o ritmo de seus pais, mas não conseguia. Você pode se identificar? Às vezes o desafio é grande demais. Não é que você não tenta. Você simplesmente perde a força. A história de Josué na Bíblia nos desafia a acreditar que os nossos melhores dias estão por vir. Uma vida na qual a Bíblia diz que não estamos ansiosos por coisa alguma, estamos sempre orando; uma vida na qual Paulo diz que estamos dando graças a Deus Pai por meio do Senhor. (Filipenses 4:6). Podemos tropeçar, mas não paramos. Deus tem uma terra prometida para tomarmos!

BRECHA

Quase 9 entre 10 crentes dizem que são salvos, sim. Mas, com poder? Não. Como os filhos de Israel, saíram do Egito, mas ainda não possuem a Terra Prometida. Isso equivale a quase 2 bilhões de pessoas que se chamam Cristãos, se arrastando numa fração da sua potência. O que aconteceria se eles tivessem uma revisão? Como seria diferente o mundo se 2 bilhões de pessoas saissem do deserto? Quantos casamentos seriam resgatados? Quantas guerras seriam prevenidas? Se cada Cristão começasse a viver a vida da Terra Prometida, como seria diferente este mundo? Com a ajuda de Deus você pode fechar esta brecha entre a pessoa que você é e a pessoa que você quer ser, de fato a pessoa que Deus lhe criou para ser. A Bíblia diz que você pode viver de glória em glória. Você só precisa possuir a terra!

sexta-feira, 21 de abril de 2017

ATO

Você já teve a sensação de estar nos bastidores à espera da próxima cena da sua vida? O palco está escuro, você aguarda que as luzes se acendem e a cortina suba. O primeiro ato pode ou não ter o ter corrido bem, mas nesse meio tempo passou por um intervalo prolongado e você, então, começa a duvidar se o segundo ato vai mesmo acontecer. Quantas vezes permanecemos nessa espera? Aguardamos na esperança de que as coisas mudem, que algo aconteça, que a vida volte ao normal, esperamos por mais tempo ou mais dinheiro. Esperamos que o relacionamento melhore, que a porta certa se abra, que a pessoa certa surja. Esperamos que alguém note. Esperamos, esperamos, esperamos. Não gostamos de esperar. Queremos ação! Deus diz, porém, que a espera pode ser boa, porque assim que aprendemos a ter paciência. Alguns de nós até se consideram paciente mas tem um só problema queremos tudo para ontem! Não podemos, no entanto, ter paciência sem esperar. Deus diz que precisamos ter paciência porque ela nos aperfeiçoará. A paciência é um dos atributos de Deus, quando somos testados ou nos sentimos como que andando no deserto, ser pacientes é parte do aprendizado. Descobri que é melhor considerar esses períodos como tempo de espera no Senhor. Tente isso e você vai ver que é muito mais fácil esperar em Deus do que ser paciente com as circunstâncias. Esperar no Senhor lhe dar a convicção de que algo está acontecendo ainda que você não possa ver. Você fica esperando animado o próximo passo no agir de Deus e Ele está sempre se movendo em sua vida, embora não pareça. Enquanto você anda com o Senhor, você vai de glória em glória e de força em força! No plano de Deus sempre há um rumo. O propósito dEle para você está em constante realização. Entretanto, é preciso ser paciente e esperar que ele conclua a sua maneira e em seu tempo. Se algum dia você sentir que está apenas fingindo uma “falsa espera” não fique frustrado saiba que as misericórdias de Deus para você se renovam a cada manhã e como resultado Deus dá ouvidos novamente as palavras que você lhe dirige. Sua oração também ganha nova vida! A cada dia você tem outra oportunidade de influenciar o seu futuro com as palavras que eleva a Deus. Embora talvez não veja resultados tão rápido quanto desejaria, muita coisa está acontecendo no reino espiritual. Cada oração coloca alguma coisa em movimento. Se você continuar andando com Deus e deram os passos que sabe serem certos, vai chegar aonde precisa ir. Pode parecer que está levando tempo demais, mas não desanime deixe que ele lhe sustente nesse intervalo. Diga a sim mesmo: “vá descansar no Senhor e espera Nele!” Salmos 37:7

PROBLEMAS

"Aceitei que, quando se tem um problema, há que enfrentá-lo, não disfarça-lo". Se há problemas que não passam do plano da preocupação, há aqueles que são reais e nos perturbam de fato. Pode ser um vizinho que nos fustiga, uma doença que faz nosso corpo ou mente doer, o dinheiro que desapareceu completamente de nossos bolsos, um familiar que rumou por caminhos perigosos ou destrutivos, um vício que persiste apesar dos esforços, um trauma que afugenta a alegria, um negócio que não deu certo ou uma cirurgia que se aproxima cheia de sombras. Diante dos problemas reais, precisamos conjugar algumas ações, entre outras: . Precisamos MEDIR o tamanho do problema diante de nós, um de cada vez, para que não seja maior do que é. Nem menor. . Devemos MANTER uma atitude positiva, como um jogador de futebol que, mesmo num clube de menor expressão, entra para ganhar, acreditando que poderá vencer. . Temos de MERGULHAR no estudo do problema, para conhecê-lo de tal modo que sejamos inspirados a descobrir as melhores formas de conquistar a vitória ou aprender a conviver com a dificuldade. . Precisamos MOBILIZAR os recursos que nos permitam enfrentar a adversidade, que podem ser internos ou podem ser os braços da rede de amigos ou do cadastro de profissionais, porque são poucos os problemas que derrotamos sozinhos. . Devemos nos MOVIMENTAR, saindo da caverna do medo ou do pântano da preguiça, para agir em busca da superação das dificuldades. . Temos que MEDITAR nas promessas divinas que nos pedem para descansar e, então, descansar (Salmo 37.7), atitude que começa quando lançamos nossos fardos sobre os ombros de Deus (1Pedro 5.7).

quinta-feira, 20 de abril de 2017

ANTES

O homem que sofre antes de ser necessário, sofre mais do que o necessário. Um problema só existe quando ele existe. No entanto, somos capazes de fazer existirem problemas que não existem. Quando sentimos algum desconforto, tentamos resolvê-lo de algum modo. Não conseguindo, vamos ao médico. Entre o desconforto e a consulta, imaginamos diagnósticos duros, ao ponto de sofrermos por uma enfermidade que não sabemos se temos. Se o médico nos diz que são necessários exames mais precisos, podemos imaginar em que hospital passaremos os dias ou como ficará a nossa família sem nós. A precipitação produz problemas que talvez não venham a ter existência real. Quando vemos a empresa ou organização em que trabalhamos passando por dificuldades ou incertezas, somos tomados pela certeza que haverá uma lista de demissões, onde estará o nosso nome. Pode ser, mas pode ser que nossos presságios não se realizem e até sejamos promovidos. Quando temos que nos encontrar com uma pessoa, podemos suar frio antes da hora e compor diálogos prévios em que seremos maltratados, quando, talvez, sejamos bem recebidos e respeitados. Agindo assim, pomos de lá as palavras de Jesus de que não devemos ficar excessivamente preocupados com as coisas de amanhã (Mateus 6.25), as quais têm uma dinâmica própria, nem sempre igual à de hoje. Talvez tenhamos mesmo que sofrer, mas não precisamos sofrer antes da hora. Quem sofre antes da hora sofre duas vezes. Quem sofre antes da hora desperdiça energias. Quem sofre antes da hora perde batalhas que não travou. Quem sofre antes da hora enfrenta becos inexistentes. Quem sofre antes da hora drena energias que não existirão quando forem necessárias. Um problema só existe quando ele existe.

A VISÃO DE DEUS

Josué 21:45 diz “De todas as boas promessas do Senhor à nação de Israel, nenhuma delas falhou; todas se cumpriram.” Josué e seus homens foram de uma terra seca para a Terra Prometida, do maná para banquetes, de terra árida para campos férteis. Eles herdaram a sua herança: os dias de glória de Israel. Esta é a visão de Deus para sua vida. Você em velocidade máxima. Você como vencedor sobre os Jericós e os gigantes. Paulo descreveu esta vida como uma em que o amor de Cristo “tem a primeira e a última palavra em tudo que fazemos”. (2 Coríntios 5:14 – A Mensagem). Uma vida em que Paulo diz que nós “não desanimamos” (2 Coríntios 4:16). Uma vida definida pela graça, refinada por desafios, e alinhada com o chamado celestial. No plano de Deus, na terra de Deus. As promessas de Deus valem mais que nossos problemas pessoais. Vitória se torna, se ousarmos imaginar, um estilo de vida! Seus dias de glória lhe aguardam!

quarta-feira, 19 de abril de 2017

O FUTURO

"Logo, todos vocês imortais estarão tão mortos quanto nós!" O que o futuro dirá dos dias que vivemos? Devemos imaginar a resposta sempre que olhamos para o passado. Somos orgulhosos de nossas conquistas tecnológicas, ao ponto de nos perguntarmos como viviam as pessoas sem os nossos artefatos. Somos vaidosos de nossas propostas intelectuais, ao ponto de chamarmos de "primitivos" os que vieram antes de nós. No fundo, cada época da historia acha que inventou (de novo) a roda. Somos, muitas vezes, como os meninos que julgam seus pais como nada sabendo da vida depois de ouvirem algumas ideias ou lerem algumas poucas páginas de um grosso livro. Esquecemos que o nosso juízo sobre as coisas depende das informações de que dispomos, informações geralmente selecionadas (para que cheguemos a conclusões desejadas pelos outros) ou mesmo negadas (para que não saibamos como as coisas funcionam nos bastidores nem sempre sorridentes). As pessoas, e mesmo as organizações e empresas, dizem uma coisa e fazem outra. Em público, por exemplo, as empresas chamam seus empregados de "colaboradores" e podem tratá-los como tais ou, na verdade, podem considerá-los como "escravos". Ao olharmos para o que veio antes de nós, não devemos nos achar necessariamente superiores. Não desprezemos o passado, seja o registrado nos livros ou o escrito na história de nossas famílias. Nossos avanços são construídos sobre fundações já existentes. Sejamos humildes. Pode ser que o passado não seja tão atrasado como julgamos. Pode ser que não sejamos tão desenvolvidos quanto imaginamos, tão racionais quanto afirmamos.

O QUERER

"Quem tenho sido e quem quero ser?", essa é a pergunta que decidi fazer constantemente para mim mesmo. Eu, humano e falho, tenho a facilidade em olhar para quem está ao meu lado e fazer uma lista de coisas boas e ruins que esse alguém tem feito. Mas e quanto ao que eu tenho feito? Confrontar o outro é fácil, apontar os seus erros não exige muito, o difícil é confrontar quem vejo quando estou de frente para o espelho. Há momentos em que paro para pensar e percebo o quanto sou ruim e preciso melhorar. Isso acontece com você? Acredito que sim. Todos nós somos falhos, machucamos quem amamos e os decepcionamos. Falamos o que não devíamos e cometemos bobagens. Mas a grande questão não é essa. A grande questão é o que fazemos para não permanecermos os mesmos. Muitos corações estão corrompidos, espalhando ódio e caos, mas lutarmos contra isso é o nosso dever, quando assumimos tal responsabilidade. Há dias em que não suporto a mim mesmo e imploro a Deus para que me ajude a melhorar. Choro, peço perdão, reconheço minhas falhas. Mas do que adianta pedir perdão, hoje, se não estou totalmente disposto a abandonar os velho hábitos? Você também comete esse erro? Pense e responda para si mesmo. Decidir mudar não é difícil. O difícil é deixar de lado nossos péssimos hábitos, nossos excessos de raiva ou palavras ditas sem pensar. É difícil, mas não impossível. Uma das lições importantes que aprendi nessa vida é que quando almejamos por algo e lutamos por isso, caminhamos em direção ao que nos fará mais feliz. Esse pequeno texto é um puxão de orelha que tenho dado em mim mesma. Reconheço o quanto preciso melhorar e almejo isso, mas de nada adianta ficar de braços cruzados. A poltrona do comodismo, onde estive sentado, passou a me incomodar. Decidi levantar e fazer algo diferente, ser diferente, não apenas por mim, mas também por aqueles que amo. Se ire falhar? É claro que sim. Muitas vezes. Mas me comprometo a não parar. Essa é a minha decisão. E a sua, qual é?

terça-feira, 18 de abril de 2017

O SINCERO

"Quando fala com absoluta sinceridade e liberdade, a pessoa faz a viagem da descoberta". Bom seria que a nossa fé fosse sempre crescente, cada mais vigorosa. Alguns somos assim. Outros somos como Tomé, um dos 12 seguidores mais próximos de Jesus. Quando Jesus soube da morte de Lázaro em Betânia e convidou seus discípulos a irem até lá, Tomé tomou a frente e gritou: -- Vamos nós também a fim de morrer com o Mestre! (João 11.16) Quando Jesus lhes disse que estava voltando para casa por um caminho que sabiam qual era (a cruz), Tomé mostrou sua ignorância: -- Nós não sabemos aonde é que o senhor vai. Como podemos saber o caminho? (João 14.5) Quando estavam numa reunião, sem Jesus, os amigos disseram que tinham visto o Ressuscitado, Tomé desafiou: -- Se eu não vir o sinal dos pregos nas mãos dele, e não tocar ali com o meu dedo, e também se não puser a minha mão no lado dele, não vou crer! Quando, na reunião seguinte, Jesus se apresentou, com o corpo furado, Tomé voltou a gritar: -- Tu és meu Senhor e Deus. (João 20.24-29) Quando, tendo Jesus voltado para o céu dez dias antes, seus seguidores se reuniram, Tomé estava lá, entre os líderes (Atos 1.13). Tomé pode nos ser um espelho. Tomé é um homem sincero. Tomé revela suas certezas e também suas dúvidas. Precisamos de pessoas como Tomé, que, quando não sabe, aprende que Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Precisamos, como Tomé, diante das evidências das quais os Evangelhos transbordam, reconhecer que Jesus é o nosso Senhor, pondo nosso nome na lista dos que creem de todo o coração. Precisamos ser como Tomé, prontos para viver e morrer por Jesus.

ELE NÃO ESTA AQUI

“Ele não está aqui, mas ressuscitou”, foi a frase vitoriosa que as mulheres que foram ao túmulo de Jesus na madrugada de domingo ouviram dos dois anjos que lá estavam. Numa atitude de carinho e respeito, elas tinham ido perfurmar o corpo de Jesus, mas ouviram dos mesmos anjos a pergunta: “Por que vocês procuram entre os mortos aquele que vive?” (Veja o texto em Lucas 23.50-24.12) Tinham ido em busca de um cadáver, mas encontraram o túmulo vazio. Infelizmente não haviam entendido bem o que o próprio Jesus dissera a seus discípulos várias vezes - que seria julgado, condenado, crucificado, mas ressuscitaria ao terceiro dia. Os evangelhos registram pelo menos dez vezes em que Jesus predisse sua morte e ressurreição. Essas mulheres eram Maria Madalena, Joana, Maria, mãe de Tiago, e outras, que ao verem a sepultura vazia e serem lembradas pelos anjos da promessa da ressurreição, foram correndo dizer aos apóstolos e demais discípulos o que havia acontecido, “mas as palavras delas lhes pareceram um delírio; e não lhes deram crédito” (Lc.24.11). Quanta dureza de coração! De fato, a ressurreição é incompreensível à razão humana, mas não uma impossibilidade. Aliás, mais do que uma possibilidade, era exatamente o que se devia esperar, pois, como disse Pedro mais tarde, “Deus ressuscitou Jesus, quebrando as algemas da morte, porque não era possível que fosse detido por ela.” (At.2.24). Foi isso que Jesus disse em João 10.17,18: “Dou a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou espontaneamente. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Essa ordem recebi de meu Pai.” Por essa razão, ele afirmou que estava chegando a hora da sua glorificação. O que para os discípulos foi aparente derrota na crucificação, tornou-se vitória na ressurreição. Deus cumpriu o que “antes havia prometido pelos seus profetas nas santas Escrituras, acerca de seu Filho, que, humanamente, nasceu da descendência de Davi, e com poder, foi declarado Filho de Deus segundo o Espírito de santidade, pela ressurreição dentre os mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor.” (Rm.1.2-4). Ao escritor de Apocalipse, Jesus disse: “Eu sou o que vive; fui morto, mas agora estou aqui, vivo para todo o sempre e tenho as chaves da morte e do inferno.” (Ap.1.18).

O BOM PASTOR

Na passagem bíblica de João 10:1-18, aprendemos que Jesus é o nosso Bom Pastor, pois, como um pastor cuida com carinho de seu rebanho, Jesus sabe nos conduzir pelo caminho correto e cuida de cada um de nós com bastante cuidado. "Como pastor ele cuida de seu rebanho, com o braço ajunta os cordeiros e os carrega no colo; conduz com cuidado as ovelhas que amamentas suas crias" Isaías 40:11 No livro "Pastoreados por Paulo", do pastor Israel Belo de Azevedo, lemos: "Quem lê o salmo 23 não pensa que Deus é um pastor de ovelhas com um cajado na mão a cuidar delas, mas - isso, sim - imagina que Deus se parece com um pastor de ovelhas com um cajado na mão a cuidar dos seus filhos." Jesus é o nosso Bom Pastor porque Ele dá Sua vida pelas Suas ovelhas; quando uma se perde, Ele deixa as outras e vai atrás dessa. (Lucas 15:1-7). Jesus ama cada um de nós igualmente e cuida de cada um de nós individualmente. Porque Ele é o nosso Bom Pastor. Nós temos que conhecer a voz de Deus. As ovelhas conhecem a voz do seu pastor e por isso vão atrás dele, pois sabem quem as está conduzindo e confiam nele. Se conhecermos bem Jesus, vamos segui-lo sempre e não vamos nos enganar quando outra voz nos chamar. Se conhecermos a voz de Jesus, nosso Pastor, vamos saber quando é Ele que está nos chamando e quando é um estranho. Pois, como as ovelhas, nós temos que fugir do estranho, pois não sabemos para onde ele nos conduzirá. Mas, devemos confiar em Jesus, porque Ele sabe por qual caminho temos que seguir. Por isso, precisamos ouvir mais a Jesus, passar mais tempo em oração, conhecer mais profundamente a voz do nosso Bom Pastor. Jesus é a porta das ovelhas (v.7). Quem entrar por essa porta será salvo, terá uma vida eterna (v.9) e feliz ao lado de Jesus. Ore agora pedindo sabedoria à Jesus para reconhecer a voz Dele, e entregue sua vida nas mãos de Jesus, pois Ele cuida de cada um de nós e nos carrega no colo. (Isaías 40:11). Ore assim: “Senhor, quero entregar toda a minha vida a Ti, pois está escrito em João 3:16 que o Senhor amou o mundo de tal maneira, que enviou Teu único Filho para nos salvar. Quero abrir as portas do meu coração para reconhecer e receber a Jesus Cristo como meu único Senhor e Salvador da minha vida. Em nome de Jesus, Amém!”

segunda-feira, 17 de abril de 2017

ESPIRITO SANTO

Podemos escolher diversas maneiras para seguir a nossa vida, mas a melhor delas é viver de forma abundante com o poder de Deus. E o segredo para alcançar esta bênção está na admoestação do apóstolo Paulo, feita em Efésios 5.18: E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito (Ef 5.18). Após Jesus entregar Sua vida na cruz do Calvário para a redenção da humanidade, Ele ressuscitou e apareceu para os discípulos, comissinou-os a pregar as boas-novas de salvação e enviou o Espírito Santo, o Consolador, para que não ficassem órfãos nem desamparados após Ele ter voltado para junto do Pai. Contudo, muitos cristãos não aproveitam está bênção para trilhar um caminho reto e triunfante na presença do Senhor. Preferem agir sob os próprios impulsos e esforços, achando que ser cheio do Espírito Santo é apenas confessar o nome de Jesus como único e suficiente Salvador. É preciso muito mais que isso para ser cheio da presença do Espírito de Deus. Não basta falar em línguas estranhas ou freqüentar os cultos semanalmente. O Senhor espera mais de cada um de nós para revestir-nos com seu poder. Ele deseja que nos tornemos semelhantes a Cristo em nossa maneira de pensar, sentir, falar e agir . Isto é um processo contínuo, um exercício diário, que visa à santificação e ao crescimento espiritual. Todos os dias somos chamados a despir-nos dos velhos hábitos e assumir a posição de novas criaturas, de filhos de Deus, tendo Jesus como referencial. Só que não podemos fazer isso pelo nosso próprio conhecimento ou poder. Dependemos do agir do Espírito Santo para alcançar este propósito, porque só aqueles que querem ter uma vida sob o controle de Deus é que alcançam as promessas do Senhor em sua totalidade. É hora de ser cheio do Espírito Santo. Deus, em cumprimento à Sua promessa em Joel 2.28,29 e em Ezequiel 36.26,27, enviou Seu Espírito para habitar em cada pessoa que aceitou Cristo como seu Salvador e Senhor (ver Atos 1.8; 2.1-11). É pela ação do Espírito Santo que o homem é convencido de pecado, de justiça e de juízo, arrepende-se e é santificado, produzindo o fruto do Espírito —que é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gálatas 5.22,23 ARA) e recebendo dons espirituais e ministeriais, para o crescimento e a edificação dos membros do Corpo de Cristo. O Espírito Santo é o agente responsável pelo novo nascimento, o nascimento espiritual, a regeneração do ser humano, a transformação deste em nova criatura feita à imagem e semelhança de Cristo, para tornar-se, como Ele, um filho de Deus (ver João 3.5; Tito 3.5). Em outras palavras, é o Espírito Santo quem inspira, aconselha, dirige e consola o cristão. É Ele quem deve operar em nós tanto o querer como o efetuar segundo a boa vontade de Deus (Filipenses 2.13). Foi pela ação e inspiração do Espírito Santo que os profetas veterotestamentários falaram e agiram, revelando aos homens a mensagem e a vontade de Deus, bem como é pela orientação do Espírito que a Igreja de Jesus age e anuncia o Evangelho. O Espírito de Deus agia na vida dos crentes do Antigo Testamento e também age na vida dos cristãos nos dias de hoje. Mas de uma maneira mais plena, pois não está mais restrito apenas àqueles que presidem sobre outros, mas a todos que fazem parte do Corpo de Cristo. Entretanto, existe uma diferença entre ser habitação do Espírito e ser cheio do Espírito. Depois da conversão, o coração passa a ser templo do Espírito. Só que este deve ser o Senhor de tudo, com plena liberdade para operar em nós para a glória de Deus. Ele deseja que vivamos de forma transbordante com a presença do Espírito Santo. Só assim conseguiremos testemunhar com autoridade as boas novas à humanidade e sermos vitoriosos sobre o pecado, o mundo e o diabo. O Espírito Santo é o nosso combustível, o nosso guia, o nosso intercessor! Podemos ser prósperos financeiramente e ter todos os bens materiais desejáveis, mas se não nos enchermos da presença do Espírito de Deus seremos como um carro sem gasolina. Não funcionaremos e não cumpriremos os propósitos para os quais fomos chamados. Além disso, devemos ser cheios do Espírito Santo: 1) porque um lugar vazio pode ser mal ocupado, trazendo morte e destruição; 2) porque precisamos de amadurecimento espiritual para atingir a estatura de Cristo; 3) porque só uma pessoa cheia do Espírito Santo é mais do que vencedora e estará apta a encontrar-se com Cristo, quando Ele vier buscar a Sua Igreja. Em suma, encher-se do Espírito é o segredo da vitória em todos os aspectos da nossa vida. O Senhor deseja que Seus filhos sejam cheios do Espírito Santo agora mesmo. Se não estivermos preparados e revestidos de Seu poder, dificilmente desfrutaremos as bênçãos divinas na terra e, muito menos, no céu, ao lado do Pai por toda a eternidade. Para alcançar este propósito, a primeira coisa a fazer é ter o desejo de ser cheio do Espírito Santo (Mateus 5.6); é querer ardentemente ter comunhão com Ele, ansiar em ser controlado e fortalecido por Deus. Você quer ser cheio do Espírito Santo? Então busque isso.

SANTO

Será que um Deus santo pode deixar passar os nosso erros? Será que um Deus bondoso deve punir os nossos erros? Da nossa perspectiva há somente duas soluções, igualmente desagradáveis. Da perspectiva de Deus, há uma terçeira solução. É chamada “a cruz de Cristo”. A cruz é onde Deus perdoou os seus filhos sem baixar os seus padrões. Como é que ele pôde fazer isso? Numa frase: Deus colocou o nosso pecado no filho dele e o puniu lá. “Deus o considerou culpado – ele que não fez nada errado – para que pudéssemos ser considerados sem pecado perante Deus.” (2 Coríntios 5:21 MSG). Por que ele fez isso? Porque “Deus tanto amou o mundo que deu o seu único filho” (João 3:16 NVI). Você não fica feliz que o versículo não diz “Porque Deus tanto amou os ricos”?, ou “Porque Deus tanto amou os famosos”? Não, nós simplesmente (e felizmente) lemos: “Porque Deus tanto amou o mundo!” E você está incluído neste amor!

domingo, 16 de abril de 2017

ESPERANÇA

Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1 Coríntios 15.19). ~~ Querido leitor, por mais que procuremos escrever sempre sobre alguma questão voltada especificamente à vida sentimental cristã, neste artigo nosso enfoque é outro: a ressurreição de Cristo. O que ela representa para você? ~~ A morte e ressurreição de Cristo são o centro da mensagem do Evangelho; por Jesus ter ressuscitado dos mortos (conforme Ele mesmo havia prometido), sabemos que o que Ele disse é verdade. Temos, então, a certeza de que nossos pecados são perdoados pelo sangue que Ele derramou por nós e somos representados por Ele diante de Deus. Sem a morte e a ressurreição de Cristo, a fé cristã não traria perdão nem vida futura na presença de Deus. Esse é o nosso maior bem. ~~ No entanto, por mais maravilhosa que tenha sido a maior prova do amor de Deus por nós, muitos, inclusive cristãos, não buscam entender a importância disso. Jesus morreu, mas está vivo! E é nEle que devemos depositar toda a nossa esperança! Não seja como muitos, que desprezam o Salvador e dão mais valor às coisas terrenas, deixando que elas ditem sua vida. Como o versículo acima nos fala, é impossível ser feliz de verdade (e isso inclui também as coisas do coração) se não tivermos como o centro da nossa vida o Autor e Consumador da nossa fé: Jesus Cristo. ~~ Talvez você esteja ansioso por encontrar alguém que “preencha o vazio do seu coração”, uma pessoa com quem você que queira firmar um compromisso. Isso é perfeitamente natural! Mas o conselho que damos a você é que aproveite esse tempo de solteiro(a) para se aprofundar no conhecimento da fé cristã. Busque a cada dia aprender ainda mais do Senhor, pois Ele sabe o que é melhor para você. ~~ Como é bom ter a pessoa amada para buscar ao Senhor juntos, namorar, casar, constituir família! Mas as suas esperanças não podem se limitar somente a isso. Infinitamente maior é a sua comunhão com Deus, agora e principalmente na vida eterna. ~~ Continue buscando ao Senhor, não somente pelo que Ele lhe dá, mas pelo que Ele é. E infinitamente mais – em todos os aspectos da sua vida – Ele pode fazer por você; afinal, “aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos concederá juntamente com Ele, gratuitamente, todas as demais coisas?” (Romanos 8.32).

RECONCILIAÇÃO

A estrada mais notória do mundo é a Via Dolorosa, “O Caminho das Tristezas”. De acordo com tradição, é o caminho seguido por Jesus do salão de Pilatos a Calvário. O caminho é marcado por estações frequentemente usadas por Cristãos em suas devoções – cada uma, uma lembrança dos eventos da jornada final de Cristo. Ninguém de fato sabe qual o trajeto exato que Cristo seguiu aquela sexta-feira. Mas sabemos onde o trajeto começou. No céu. Jesus começou sua jornada quando ele deixou o seu lar em busca de nós. A Bíblia tem uma palavra para esta busca: reconciliação. “Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo…” (2 Coríntios 5:19 NVI). Reconciliação costura o desfiado, reverte a rebelião e reacende a paixão fria. A reconciliação toca no ombro do desviado e o corteja de volta ao lar. O caminho até a cruz nos ensina exatamente até onde Deus irá para nos chamar de volta.

LONGE

Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós. Atos 17:27 Que texto estupendo este! Que declaração gloriosa de Paulo! Ao discursar aos epicureus e estoicos uma mensagem criacionista, o apóstolo Paulo nos traz uma estimulante verdade: “Deus quer se revelar a todos os homens.” A Criação do Universo aponta para a existência de Deus, que tem como fim comunicar graça ao homem e chamá-lo para comunhão em obediência a Deus! O texto prossegue dizendo: “Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar”. Deus concedeu sinais e evidências de Si próprio para que o homem, sem muito esforço, O pudesse encontrar, pois essa é Sua vontade: “ser encontrado”. Entretanto, a parte mais consoladora e desafiadora do texto é: “Ainda que não está longe de cada um de nós”. Meu caro irmão em Cristo, quero te encorajar a buscar o Senhor; clamar por Sua santa presença! Pedir por experiências pessoais e andar em plena comunhão com Ele, pois Ele diz que não está longe! Ou seja, não será difícil de ser encontrado. Ele não colocará obstáculos para que você O encontre! Ele se revelará a você! Tudo que Deus fez e faz é para atrair você até Ele! O véu se rasgou para isso. O Filho Dele morreu para isso: te reconciliar com Deus, retirar a barreira de separação entre Ele e você. Tornar Deus disponível! Não é esta uma revelação surpreendente? Grandiosa? Entusiasmante? Deus pode ser achado! Eu posso ouvi-Lo, vê-Lo com os olhos da fé. Posso conhece-Lo em seu íntimo! “Pois não está longe” e o texto ainda diz mais “não está longe ‘de cada um de nós’”. Deus está disponível para todos: o grande e o pequeno, o rico e o pobre, o fraco e o forte, o novo convertido e o ancião! Em todo o tempo, a cada momento! Basta você tatear que vai encontrá-Lo, porque Ele não está longe de cada um de nós! Vá, busque-O sem medos ou temores, sem fardos ou pressões, mas com singeleza de coração. Ele se deixará achar!

sábado, 15 de abril de 2017

TENTAÇÃO

Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do rio Jordão e foi conduzido pelo Espírito no deserto, onde foi tentado pelo diabo durante quarenta dias. Não comeu nada durante todo esse tempo, e teve fome (Lucas 4.1-2 - NVT). As tentações são indesejáveis, mas necessárias. Elas depuram, aperfeiçoam e nos amadurecem. Elas expõem nossas vulnerabilidades, tornando-nos humildes dependentes da graça de Deus. Elas mostram o que está na raiz do coração e revelam a quem amamos (Dt 8.2; 13.3). Uma vez vencidas, produzem perseverança e nos conduzem para sermos perfeitos e íntegros, em nada deficientes (Tg 1.2-4). Assim aconteceu com Jesus no início de sua caminhada ministerial para nos ensinar, como seus discípulos, o caminho da vitória quando estamos debaixo dessa pressão do inferno. 1) A vitória vem da consciência de quem somos. O diabo começou seu ataque provocando: se você é Filho de Deus (v.3a). O desafio tem a intenção de produzir dúvida, desconfiança e insegurança a respeito da filiação de Jesus. Além disso, a expressão "se" também traz o sentido de "uma vez que é Filho de Deus" faça isso (transforme pedras em pães) ou aquilo (salte do ponto mais alto do templo, dê ordens aos anjos). A provocação tem, também, a intenção de produzir orgulho e autonomia. Mas, Jesus tanto sabia do grande amor do Pai por ele, quanto do seu grande amor pelo Pai. Não precisava duvidar, nem provocar. Não precisava provar nada, nem ser provado. Estava sereno e tranquilo em seu coração sobre sua real identidade como Filho amado (Lc 3.22), assim como não usurpou o fato de ser igual a Deus (Fp 2.6). O diabo sempre procurará provocar dúvida ou orgulho em nosso coração sobre quem somos aos olhos do Pai e aos nossos próprios olhos. Daí nasce a pergunta: Quem você pensa que é? 2) A vitória vem da consciência de nossas vulnerabilidades. Jesus foi tentado em três diferentes dimensões: tentação pelo confronto ao apetite físico (fome), ao desejo que vem através do que se vê (diante de todos os reinos do mundo), ao apelo por dominação (salte e o Senhor dará ordens a seu respeito); tentação no nível do corpo (fome diante de si), da alma (vaidade diante dos outros) e do espírito (domínio diante de Deus); tentação de dar ordens à natureza (pedras em pães), aos reinos do mundo (tudo será seu) e ao próprio Deus (salte e o Senhor dará ordens a seu respeito); tentação da concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida (1 Jo 2.16). Assim como o primeiro filho de Deus (Lc 3.38) foi tentado no Éden (Gn 3.1-7) no desejo intenso por prazer físico (comam, pois não morrerão), desejo intenso por tudo o que se vê (seus olhos se abrirão) e orgulho das realizações e bens (serão como Deus), o último Adão (1 Co 15.45) - Jesus - passou por todo o tipo de tentação nas três dimensões, porém sem pecado (Hb 4.15). O diabo sempre procurará fraquezas nas diferentes dimensões de nossa vida. Daí nasce a pergunta: Quais são suas maiores vulnerabilidades? 3) A vitória vem da consciência de nossas armas. Jesus tinha ficado quarenta dias em jejum. Parecia fraco, mas estava forte como nunca. Nada fortalece mais do que a comunhão íntima com o Pai. Além de seu tempo de oração na presença do Pai, Jesus respondeu toda a tentação com a poderosa Palavra de Deus. Estava na ponta de sua língua. Estava no fundo do seu coração. De fato, como disse o apóstolo Paulo, embora sejamos humanos, usamos as armas poderosas de Deus para derrubar as fortalezas do raciocínio humano e acabar com os falsos argumentos. Destruímos todas as opiniões arrogantes que impedem as pessoas de conhecer a Deus. Levamos cativo todo pensamento rebelde e o ensinamos a obedecer a Cristo (2 Co 10.3-5 - NVT). É bom lembrar que Deus nunca permite tentações além das nossas forças (1 Co 10.13). Ou seja, existe a real possibilidade de obtermos total vitória sobre a tentação. Podemos resistir ao diabo na certeza de que ele fugirá de nós (Tg 4.7). Além disso, como Jesus passou pelas lutas intensas, ele se compadece (Hb 4.15) e intercede por nós (Hb 9.24). Daí nasce a pergunta: Como você tem usado as armas espirituais disponibilizadas pelo Senhor? A narrativa de Lucas encerra dizendo que quando o diabo terminou de tentar Jesus, deixou-o até que surgisse outra oportunidade (v.13). Ou seja, o inimigo perdeu, mas não desistiria. Assim também acontece com nossa vida (1 Pe 5.8). Como Cristo, e somente em Cristo, podemos vencer plenamente a provação. Jesus passou pelo que passou para conduzir seus discípulos à completa vitória sobre todo o tipo de tentação, para uma vida de santidade, liberdade, alegria e paz.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

ETERNO

Há um ditado dito por Vinícius de Moraes que diz: “que seja eterno enquanto dure”, Este ditado é usado como letra de musica, frases em pára-choques, poemas, etc. Os poetas escrevem muitas coisas reais e muitas são metáforas, mas como saber o que é real e o que é uma metáfora? Pois quando nos desentendíamos com um coleguinha na classe, ele dizia: vou te matar lá fora, quando nossos pais não nos davam ou faziam o que queríamos, dizíamos: há, queria que meu pai morresse, quando não estávamos satisfeitos com nossa situação financeira ou não tínhamos dinheiro para jogar fliperama ou comprar chicletes, dizíamos: quando crescer vou virar bandido! Fazíamos afirmações baseados na nossa “ira” juvenil, criando metáforas e usando forças de expressões muitas vezes irreais e sem lógica. Mas o que dizer do amor? Tanto se escreve, tanto se fala, tanto se mostra em filmes, peças, novelas, mas nesses dias, pouco se vê e por mais que não admitamos isto em público, a verdade é que todos um dia sentimos falta dos coleginhas de classe, das brincadeiras inocentes e até mesmo das briguinhas, largamos os fliperamas, alguns enjoaram das guloseimas infantis e outros sofrem com a perda , ainda naquela época, de um pai ou uma mãe! Falar da eternidade é muito para nós, seres que vivem tão pouco, quando muitos objetos, arvores e animais, vivem muito mais que nós, mas falar de amor também não é coisa fácil, em dias onde se morrem mais de 200 pessoas e tudo que se faz é dizer: “o senhor tem que esperar” ou mesmo abrem-se discussões e criam-se pacotes de medidas que nunca são eficazes na resolução do problema, dias em que filhos matam os pais, amigos matam amigos, pessoas matam por discussões no transito, dias em que amamos demais uma coisa e já não mais amanhã, hoje dizemos em alto e bom som que não largaremos mais determinada coisa ou pessoa, amanhã parece que ela nunca foi presa a nós! Trocamos de curso na faculdade, trocamos celulares, carros, de profissão, de grupo de amigos, de lugares que freqüentamos, trocamos de tudo que dizemos amar, que temos como nosso, um dia cursamos Direito, no outro preferimos Educação Física, um dia este é o carro que sempre quis, no outro estou de moto, trabalhar nisto é minha “praia”, no outro dia já não é mais a minha, hoje ando com você, amanhã tenho novos amigos, hoje aplaudimos, amanhã vaiamos, temos a coragem de sair do altar e parar no fórum, em um lugar juras de amor eterno, no outro ofensas e acusações! O eterno enquanto dure, tem durado uma noite, um período, uma aventura e infelizmente quase nunca tem sido para sempre e se não é para sempre, não é eterno, usamos a desculpa do próprio verso, colocando duração nas coisas e principalmente nas pessoas, achando que cursando um período, já é eterno, achando que uma noitada já é bom demais, que é melhor dar uma ficada do que assumir um compromisso, que posso arrumar algo melhor e ganhar mais, ou mesmo, que não estou sendo valorizado como devo aqui, pensamos ter razoes para estas coisas, nos enchemos de razoes para tais coisas, esquecendo que muitas vezes perde a razão aquele que se enche de razão, esquecendo que às vezes um passo para trás significa andar mais do que dar uma corrida para frente, antes de pensar se temos motivo para tomar uma atitude, devemos saber se não demos motivo e em se tratando de pessoas, cabe outro ditado que diz: quando um não quer dois não brigam! Quando trocamos de coisas e de pessoas em nossa vida, muitas vezes somos impulsionados pelo consumismo e pelo egoísmo, queremos o que é mais moderno ou que é mais bonito, não medindo as consequências, usamos o “eu”, querendo apenas o que é bom para nós, sem pensar em mais nada e em mais ninguém, importa muito mais que seja eterno enquanto dure, do que ser durável pela eternidade, assim damos as pessoas apenas a oportunidade de errar e a nós, a oportunidade de fugir! Vivemos tentando fazer com que nossa palavra tenha crédito, mas a trocamos frequentemente, propagando voluntária e involuntariamente, essa troca de valores, troca de posições, de conceitos, de pessoas, de cama! Para se fazer eterno, temos que quebrar o prazo de validade, que se viva pela vida e não por um momento que se use a poesia para abrilhantar a vida, mas se use os pés para vivê-la! É preciso antes de escolher, pensar se vamos fazer eterno, se aquele prazer momentâneo será capaz de alegrar pelo resto dos dias, se um breve sorriso alegra a alma por toda a vida, se renunciar talvez não seja a melhor escolha, assim a escolha pela faculdade, durará a eternidade dos quatro ou mais anos, a escolha da profissão durará a vida inteira do bom e realizado profissional, a escolha dos amigos durará a eternidade que parecem ser os maus momentos e a escolha da pessoa amada, enfim, durará até que a morte os separe!

quinta-feira, 13 de abril de 2017

SAUDADE

"Os mortos são uns invisíveis, e não uns ausentes". O livro de nossa vida pode ter capítulos tristes. Um deles é a partida definitiva, pela morte, de uma pessoa de nossa família. Nessa condição, é como se parte de nosso corpo tivesse sido arrancada, sem que nada absolutamente, possamos fazer. Nesse caso, a morte venceu. Jesus foi o único que venceu a morte. Diante de nós, põe-se um dilema: viver ou morrer. Mesmo quando escolhemos viver, viver não é fácil. As lágrimas são mais fortes que os sorrisos. A tristeza é mais funda que a alegria. Diante da morte, precisamos chorar. Não devemos encurtar o tempo do choro. Deus enxuga as lágrimas derramadas, não as guardadas, como se não devêssemos vertê-las. O choro faz parte de nossa cura. Depois de chorar intensamente, devemos agradecer intensamente. Precisamos agradecer o tempo em que possamos juntos, sonhando juntos, fazendo coisas juntos, brincando juntos. Não devemos nos concentrar na ruptura, mas na continuidade enquanto durou. Quando agradecemos, estamos reconhecendo que Deus levou o que ele mesmo nos deu. Louvemos a Deus, mesmo que não entendamos (Jó 1.21). A gratidão faz parte de nossa cura. Se pudesse nos dizer algo, o nosso querido tragado pela morte nos diria para celebrar a vida. Não devemos sentir culpa em viver, seja trabalhando ou passeando. A celebração faz parte de nossa cura. Para acelerar a nossa cura, podemos juntar nossos braços aos daqueles que servem em programas de apoio a pessoas necessitadas. Servir ao próximo com intensidade pode nos devolver o sentido da vida. A solidariedade faz parte de nossa cura. Um capitulo triste não é o livro todo da nossa vida. Há outras páginas em branco à espera que escrevamos nelas.

O MOVER DE DEUS

Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis (Ezequiel 37.5). A Bíblia toda é a grande revelação do agir de Deus na história da humanidade. De movimentos grandiosos como a criação do mundo ao grandioso momento da salvação de uma única pessoa, a ação do Senhor é o fator determinante. Portanto, é de suma importância estarmos atentos o tempo todo para o mover de Deus, pois ele continua agindo em nossos dias. O cuidado do Senhor é tão grande, que, com a precisão do maior cirurgião, ele consegue movimentar as profundezas da alma, para tirar do cativeiro aquele cuja esperança já não existe mais. E por que o nosso interior, muitas vezes, parece com o vale de ossos secos, sem vida, sequíssimo? A resposta é muito simples: porque em algum momento da caminhada, por um ou mais fatos marcantes, nos exilamos do Senhor. Normalmente, esse exílio é provocado por uma autonomia incontrolável, produzida pelo pecado. Nas palavras do salmista: Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia (Salmos 32.3). Poderíamos acrescentar ainda fatos como um grande sofrimento, uma luta que perdura por muito tempo, uma conquista que não chegou, um sonho que não se realizou, uma perda irreparável. Tudo isso produz em nossa alma, tão sensível, uma escassez de vigor que se parece com a visão que o profeta Ezequiel teve no vale de ossos secos. Então, o Espírito do Senhor fez uma pergunta ao profeta em Ezequiel 37.3: Então, me perguntou: Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos? Respondi: Senhor Deus, tu o sabes. A resposta do profeta comprova que todo e qualquer avivamento vem do alto, vem de Deus. Deus tem planos e propósitos, por isso ele é o agente da restauração. Como o povo de Israel que estava seco, sem esperança e sem futuro, uma alma, quando se encontra nesse estado, perde a sanidade mental e chega à exaustão total. Mas o Espírito de Deus, que habita em nós, vem e começa um movimento de dentro para fora, levando-nos a experimentar o que Isaías descreve: O Senhor te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas jamais faltam (Isaías 58.11). O movimento de Deus em nossa alma traz de volta a esperança, tão essencial à nossa sobrevivência. Um avivamento natural de Deus com a sua própria marca. Marca que nos coloca no agir do Senhor para um novo tempo, pessoal e coletivo. Deus faz do jeito que ele quer, pois ele cria ambientes especiais para o seu trabalhar. Olhando nessa perspectiva, contemplamos uma grande oportunidade de Deus para nós. Kyrios Move, vamos juntos para o mover do Senhor!

AUTOTOQUE

"A maneira de provar a si mesmo, a maneira de provar qualquer homem, é olhar debaixo da superfície". São exemplares as mulheres e muitas delas têm suas vidas salvas por causa desse cuidado: elas se autoexaminam. Elas tocam seus próprios corpos e com isto podem perceber alterações que os médicos precisam examinar e, às vezes, indicar um procedimento, até mesmo radical. Os homens são geralmente mais relapsos e, talvez, por isto, vivam menos que as mulheres. Há um outro tipo de cuidado que deve fazer parte da rotina de homens e mulheres: é o autotoque espiritual. Podemos tocar também nossa alma. Na verdade, precisamos tocar nossa alma. Toda manhã, colecionamos as atividades a desenvolver. Toda noite, podemos passar em revista nossos pensamentos, nossas palavras, nossos gestos e sobretudo nossas motivações, que fizeram a nossa história do dia. Quando perguntamos pelo que fizemos, notamos a nossa história superficial. Quando perguntamos por que fizemos o que fizemos, escrevemos uma história profunda. E é na história profunda que podemos avaliar a qualidade do nosso presente e predizer o nosso futuro. Assim como nosso corpo pode apresentar nódulos que o autotoque pode perceber, nossa alma pode apresentar alterações de humores e desejos, que precisam ser examinados. Nossa alma pode ficar triste e perturbada (Salmo 42.5). Nosso espírito pode pôr o pé em caminhos pelos quais sabemos que não devemos começar a trilhar (Salmo 139.4). Nosso coração pode ter ímpetos de abandonar a fidelidade a Deus (1Reis 11.4) na qual sempre esteve o nosso prazer. O autotoque nos permite buscar os recursos que nos preservam a integridade antes que os sintomas mostrem a necessidade de intervenções radicais para que a nossa saúde volte.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

COMPROMISSO

A Graça é uma inciativa divina, chegando como um convite que espera uma resposta: a fé (Efésios 2.7-10). Tendo sido alcançados pela Graça e respondido com a fé, começamos uma jornada que é fortalecida com as promessas publicadas na Bíblia e atestadas por nossa experiência. A fé é palavra rica que se desdobra em vários sentidos, sendo o primeiro aquela que faz com que nossos nomes estejam escritos no Livro da Vida, cujo autor é Deus. Esta fé (que sela a salvação), uma vez abrigada em nossos corações, gera outro outro tipo de fé, que é a fé-confiança, que se alimenta da certeza de que as promessas de Deus para nós vão se tornar reais. Seguros, porque salvos, e animados, a fé cresce em forma de conhecimento, que vem pelo estudo da Bíblia, fonte divina, e de outros materiais, de autoria humana, aprovados pela divina autoridade. A fé para a salvação, a fé-confiança e a fé-conhecimento vão nos dando uma visão do presente e do futuro. Com esta visão, somos capacitados para discernir o presente e ver o que Deus ainda fará conosco ou através de nós. Todas estas faces da fé desembocam em outra faceta: a fidelidade, que nos faz ficar firmes e manter o amor manifesto no início da jornada, quando respondemos à chamada da cruz (fé para a salvação). A fé-fidelidade é uma espécie de compromisso que voluntariamente estabelecemos com Deus. Ela acontece sobretudo na igreja e através da igreja, apresentada pelo apóstolo Paulo como sendo à comunidade pela qual a sociedade conheçe a sabedoria de Deus (Efésios 3.10). A esta fé-fidelidade podemos chamar de compromisso, que nos faz viver de tal modo que a fé, que agora esposamos, seja entregue aos que ainda não foram alcançadas pela Graça. Nós chegamos à fé pelas mãos da igreja. É pelos pés da igreja que a fé chegará a outras pessoas. Como as pessoas ouvirão, se o Evangelho da Graça nãos lhes for levado? Esta fidelidade faz com que nos reunamos, oremos uns pelos outros e nos envolvamos na missão de iluminar o mundo com a verdade libertadora, pela qual Jesus viveu e morreu. E nós nos envolvemos tomando a iniciativa de atravessar fronteiras. Atravessamos fronteiras com nossos próprios pés e o faremos se, ao nosso redor, estiveram irmãos orando por nós. Atravessamos fronteiras quando, por meio de nossas mãos, entregamos nossos dízimos e ofertas, que possibilitam a proclamação da fé-conhecimento que nos foi entregue. A devolução de um percentual (10% ou 11%), por nos custar deixar de usar parte que nos foi entregue, é uma demonstração de fidelidade, que só faz sentido para quem responde ao convite da Graça, desenvolveu a confiança em Deus e tem visão do que sua visão pode fazer.

FARDO

Quantas vezes deixamos as preocupações e ansiedades tomarem conta do nosso dia? Quantas vezes a vontade de querer viver o melhor atormenta nossa mente? Quantas vezes carregamos o fardo que não é nosso? Quantas? Quantas? Quantas vezes? No livro de Lucas (12.25-26) Deus diz: “Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida? Visto que vocês não podem sequer fazer uma coisa tão pequena, por que se preocupar com o restante?”. O versículo possui vários ensinamentos, e o principal deles é que realmente nossas preocupações não resolvem os problemas. Por isso, devemos viver o hoje, aproveitar o agora, agradecer pelo presente sem se preocupar com o futuro. Tenho que confessar que não é fácil não ceder às preocupações. Que não é fácil esperar o momento certo. Que não é fácil continuar com a esperança após uma frustração, e no livro de Provérbios (13.12) temos a afirmação: “A esperança que se retarda deixa o coração doente, mas o anseio satisfeito é árvore da vida.” O problema é que temos mania de regarmos as ansiedades e isso constrói uma bola de neve. Em Filipenses (4.6) Deus é claro em relação ao que devemos fazer diante dos anseios: “Não andem ansiosos por coisa algumas, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.” Se Deus disse que está no controle, acredite, Ele está no controle! Se Deus disse para dar o primeiro passo, dê o primeiro passo! Se Deus disse para agir, então saia do lugar! Quando Deus manda ter uma atitude, basta ter coragem, somente isso, o resto é com Ele: “Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar.” (Josué 1.9) Não podemos permitir que a preocupação encha nossa mente de desânimo e nosso coração de tristeza. Ao invés disso, precisamos lembrar a cada segundo qual é o tamanho do Deus que cuida da nossa vida. Devemos lembrar que para Ele nada é impossível. O acúmulo de preocupações torna-se um fardo pesado, que tira nossa paz, nosso sono, traz dores na alma, no corpo e no coração. Não precisamos sentir dores que não deveríamos sentir. Não precisamos nos preocupar com o amanhã se Ele está nas mãos de Deus. É certo de que cada um de nós tem fardos que surgem para trazer ensinamentos, mas fardo é como um deserto, passageiro, não podemos deixar que ele fique além do que é necessário. Quero indicar uma música do Ministério Zoe “Aquieta minh’alma”, ouça essa canção várias vezes, como uma oração. Peça para Deus acalmar suas inquietações, entregue suas preocupações nas mãos dEle, fale sobre sua dor e sobre seus anseios. Que todos os dias você venha mergulhar na oração e na palavra do Senhor. Que hoje você possa tomar a decisão de renovar a fé, manter o foco em Deus e largar o fardo que não é seu!

terça-feira, 11 de abril de 2017

A PAZ

Às vezes é tão difícil saber como cuidar de tudo… não temos respostas prontas para nenhuma das nossas questões. Mas uma coisa é certa, quem tem um Pai no céu, nunca está desamparado! Um amigo tão lindo, tão fiel e tão presente como Jesus, nunca nos deixa sozinhos. E o Espírito Santo que nos direciona a todo tempo, nos ensinando e nos mostrando a melhor decisão. Me sinto tão privilegiada por ter esses três na minha vida. E o que me deixa mais feliz é saber que qualquer pessoa que esteja disponível pode viver essa realidade também. Amo a cada dia me sentir cada vez mais amada e cuidada por um Pai tão presente, um amigo tão leal e uma presença tão forte e tão real na minha vida que fazem flutuar em meio ao caos do dia a dia. Somente em Deus encontramos A VERDADEIRA paz. Filipenses 4: 4-7: 4Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se! 5Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor. 6Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. 7E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus. Se você está triste e desanimado, não se renda. Erga sua cabeça, olhe para o alto e receba o amor do Senhor em sua vida hoje. Esse amor incomparável que despedaça todo o mal e a Paz verdadeira que excede todo e entendimento. Receba isso e seja fortalecido. Está apenas começando e Deus ainda tem mais pra você viver nos próximos dias. Um forte abraço.

A CORRUPÇÃO DA FÉ

A CORRUPÇÃO DA FÉ Miquéias 3.5-12 Introdução Corrupção é um assunto permanente na cena brasileira. Não passa um só dia em que não surja notícia ou denúncia de corrupção em alguma parte do país. Aliás, agora até no exterior o assunto surgiu envolvendo o país, no caso da corrupção na FIFA que resultou na prisão de pelo menos um brasileiro. Esse câncer moral atinge todas as áreas da sociedade, inclusive a vida religiosa. Trata-se da corrupção da fé, também disseminada em nosso país, como se pode ver no noticiário dos jornais que volta e meia apontam para as práticas desonestas e imorais de segmentos do cristianismo brasileiro. A prática da corrupção é coisa antiga, existente desde quando surgiram os primeiros regimes políticos, há alguns milhares de anos. A corrupção da fé também é antiga. Já no oitavo século antes de Cristo, o profeta Miquéias fez uma veemente denúncia dessa prática no reino de Judá. Aliás, praticamente todos os profetas bíblicos abordaram o problema. E é interessante notar que os padrões de ocorrência da corrupção da fé em sua época se repetem em nossos dias, em nosso país. No texto acima citado encontramos cinco desses padrões, que descrevemos a seguir. E à medida que forem descritos você poderá identificá-los na nossa experiência atual. 1. A corrupção da fé floresce em um tempo de desigualdades e injustiças sociais O profeta Miquéias era um homem do campo, natural da cidade de Moresete-Gate, que ficava a uns quarenta quilômetros a sudoeste de Jerusalém, e tinha esse nome por estar perto de Gate, cidade filistéia. Naquela época, judeus ricos e poderosos estavam aos poucos se apossando das propriedades dos camponeses pobres e endividados, comprando-as por preço vil e anexando-as a outras terras já adquiridas. Com isso formavam grandes fazendas, onde exploravam a mão de obra dos próprios camponeses que lhes haviam vendido suas pequenas glebas. Diz Miquéias: “Ai daqueles que maquinam maldade e planejam o mal deitados na cama! Quando raia o dia, o executam, pois têm poder para isso. Eles cobiçam campos e tomam posse deles; cobiçam casas e as tomam; assim fazem violência a um homem e à sua casa, a uma pessoa e à sua herança.” (Mq.2.1,2). Como resultado do esmagamento do povo humilde da zona rural, sua alternativa era migrar para a periferia de Jerusalém e de Samaria, onde tinha que trabalhar duramente em subempregos para tentar sobreviver. O principal trabalho era a construção das casas e palácios dos ricos e poderosos. Por isso Miquéias denuncia: “Ouvi agora isto, chefes da casa de Jacó, e vós, governantes da casa de Israel, que odiais a justiça e perverteis tudo que é justo, edificando Sião com sangue e Jerusalém com o mal.” (3.9,10). Por causa da miséria e da falta de perspectiva, esses pobres da periferia se tornavam presa fácil de falsos profetas que, em troca de suas últimas posses, lhes faziam promessas mirabolantes de sucesso e vitórias. Quando não havia mais nada a tomar dos pobres, os falsos profetas se tornavam seus algozes, como diz Miquéias: “Assim diz o Senhor a respeito dos profetas que induzem meu povo a erro e clamam: Paz, enquanto têm o que comer; mas proclamam guerra contra aqueles que não lhes dão o que comer.” (3.5). O crescimento vertiginoso em nosso país das “igrejas” que tomam dinheiro dos pobres, explorando sua fé e enchendo os bolsos dos seus líderes e donos, é a exata repetição daquilo que acontecia no tempo de Miquéias. As bênçãos que a gente humilde busca para sua vida são prometidas em troca da sua contribuição financeira, que muitas vezes representa tudo que a pessoa tem. Quando cessa a contribuição, cessam também as profecias de prosperidade. Quando as falsas esperanças projetadas não se cumprem, os fiéis se desiludem e perdem a capacidade de crer. 2. A corrupção da fé se prevalece de um falso avivamento espiritual O profeta expõe cruamente a corrupção que grassava no país: “Os seus chefes dão as sentenças por suborno, e os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas advinham por dinheiro; e ainda se apoiam no Senhor, dizendo: O Senhor está no nosso meio, por isso nenhum mal nos sobrevirá.” (3.11). Os capítulos 29 a 32 do livro de 2Crônicas descrevem a reforma religiosa promovida pelo rei Ezequias nessa época: o templo foi purificado, o culto a Deus foi restabelecido, a Páscoa voltou a ser celebrada e milhares de animais foram sacrificados como oferta ao Senhor. O cronista chega a dizer que “desde os dias de Salomão, filho de Davi, rei de Israel, não havia acontecido algo semelhante em Jerusalém.” (2Cr.30.26). A euforia tomou conta do povo. Junte-se a isso, o fato de que os impérios egípcio e assírio entraram em decadência e deixaram de ameaçar o território judeu com suas incursões ao sul e ao norte, respectivamente. Isto trouxe um período de paz e prosperidade ao reino de Judá. Todavia, a estabilidade política e financeira levava os ricos a ficarem cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Por isso, os juízes, governantes, sacerdotes e profetas corruptos diziam: “Estamos em meio a um grande avivamento. Deus está conosco e está nos abençoando grandemente.” Entretanto a reforma de Ezequias não transformou o povo, pelo contrário, produziu meramente formalismo religioso, porque apenas restaurou o culto levítico, sem conseguir que os judeus praticassem a Lei do Senhor. Ora, sabemos que ativismo religioso, reuniões grandiosas e ofertas generosas não constituem avivamento. A publicação de dados estatísticos otimistas sobre o crescimento dos evangélicos no Brasil levou muitos líderes evangélicos a falarem em avivamento. A própria imprensa secular fala em avivamento. Mas não há confissão de pecados, não há arrependimento, não há conversão, não há transformação social. A falácia a respeito desse “avivamento” está mascarando a corrupção da fé que se faz abertamente nesses verdadeiros covis de salteadores em que se transformaram certas igrejas “evangélicas”. Como no tempo de Miquéias, os modernos falsos profetas produzem mensagens de prosperidade apoiados num crescimento nominal dos “evangélicos”, o qual não tem nenhum valor moral nem espiritual. A população evangélica cresce exponencialmente, mas o país não muda. 3. A corrupção da fé produz um ensino venal e acobertador do pecado Miquéias disse que os sacerdotes ensinavam por interesse e os profetas adivinhavam por dinheiro (3.11). Proclamavam paz enquanto tinham o que comer (3.5). O critério que regia o ensino e a pregação deles era o poder econômico. A pergunta era “Quem paga mais?” e não “O que diz o Senhor?”. A pregação e o ensino eram uma prestação de serviços a quem podia pagar por eles. Assim, eram acobertados os vícios, as injustiças, a desonestidade, a imoralidade, etc., em troca de altas compensações financeiras. O ensino e a pregação eram um serviço sob encomenda. Os abusos contra os pobres e as injustiças sociais eram justificados por uma teologia torta e uma ética capenga, as quais ensinavam que as desigualdades sociais eram perfeitamente aceitáveis em vista da prosperidade da nação. Miquéias diz que eles se apoiavam em Deus para justificar-se. Diziam: “O Senhor está no nosso meio, por isso nenhum mal nos sobrevirá.” (v.11). Como quem diz: “Se estivéssemos fazendo coisa errada, Deus não estaria nos abençoando.” Entretanto, a respeito de si mesmo, dizia Miquéias: “Mas eu estou cheio do poder do Espírito do Senhor, assim como de justiça e de coragem, para declarar a Jacó a sua transgressão, e a Israel o seu pecado.” (3.8). Miquéias era um solitário: a corrupção dos sacerdotes e profetas estava tão disseminada, que o verdadeiro profeta torna-se o exército de um homem só lutando contra o mal. O profeta, verdadeiro homem de Deus, não era conivente com o pecado do seu povo, pelo contrário, condenava-o com veemência, como se vê em toda a sua profecia. Assim como no tempo de Miquéias, grande parte dos líderes de igrejas em nosso país pregam um evangelho de conveniência, comodista, a fim de atrair o máximo possível de frequentadores. É um evangelho em que tem valor o carisma e não o caráter, isto é, em que se valoriza “profecias”, “visões”, “dons espirituais”, “louvor”, “adoração”, etc., e não há nenhuma contrapartida ética, não é preciso viver o que se prega e se canta. É o evangelho da graça barata: sem cruz, sem renúncia, sem arrependimento e confissão de pecados, sem conversão verdadeira, sem amor ao próximo e sem justiça social. 4. A corrupção da fé leva à esterilidade espiritual Essa é uma das suas mais trágicas consequências. O profeta adverte os líderes corruptos: “Portanto, virá noite sobre vós sem visão; e haverá trevas para vós sem adivinhação. Assim o sol se porá sobre os profetas, e o dia escurecerá sobre eles. Os videntes se envergonharão, e os adivinhadores se confundirão; todos eles cobrirão os lábios, porque não haverá resposta de Deus.” (3.6,7). Na verdade isso já estava acontecendo mesmo no tempo de Miquéias, o que transparece na ironia de chamar os falsos profetas de “adivinhadores”. Em vez de ser a verdadeira mensagem do Senhor, sua pregação se transformou em mera “adivinhação”, prática proibida pela Lei de Moisés. Cem anos mais tarde, o profeta Jeremias nos mostra que permanecia a “noite sem visão”: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas, que vos profetizam, enchendo-vos de ilusões; falam da visão do próprio coração, não da boca do Senhor. Estou contra os que profetizam sonhos falsos, diz o Senhor, e os contam, e desviam o meu povo com suas mentiras e com a sua irresponsabilidade. Eu, porém, não os enviei, nem lhes dei ordem; eles não trazem proveito algum a este povo, diz o Senhor.” (Jr.23.16 e 32). O Senhor não falava, não se manifestava, por um lado, porque não tinha porta-vozes confiáveis, e por outro lado, porque a esses falsos mensageiros não convinha pregar a verdadeira mensagem de Deus, pois esta condenaria francamente seu comportamento abominável, bem como o de seus companheiros de corrupção. Diariamente, nos dias atuais, falsos profetas abrem a Bíblia, leem a Bíblia, mas não pregam a Bíblia. O texto bíblico é um mero pretexto para ensinar heresia, superstição, sugestões de auto-ajuda e pensamento positivo, para manipular o povo, para legitimar o autoritarismo ditatorial, para disseminar preconceitos, para justificar uma cultura de guerra espiritual, para estimular individualismo e egocentrismo, etc. Mais do que analfabetismo bíblico, o que se vê é o uso criminoso da Bíblia para corroborar doutrinas e práticas que nunca estiveram na Bíblia. O resultado é que o povo que os ouve se torna biblicamente analfabeto e espiritualmente supersticioso, e essa ignorância os torna facilmente manipuláveis e os coloca sob o domínio férreo desses líderes corruptores da fé. O povo se torna espiritualmente estéril. 5. A corrupção da fé leva à destruição do povo de Deus Segundo Miquéias, o futuro desse povo, desse sistema religioso e seus locais de culto, seria a destruição: “Portanto, Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará um montão de ruínas, e o monte dessa casa, como uma elevação coberta de mato.” (3.12). A ferocidade dos guerreiros conquistadores que vinham do norte era conhecida. Eles não se contentavam com somente derrotar e escravizar a população, mas adotavam uma política de terra arrasada. Por isso a figura usada pelo profeta: as cidades eram destruídas de maneira a parecerem um campo que havia sido nivelado pelo arado. Sabemos que isso aconteceu cem anos mais tarde, quando o Senhor “enviou o rei dos babilônios contra eles, o qual (....) não teve piedade nem dos jovens, nem das moças, nem dos velhos, nem dos mais avançados em idade. Também queimaram o templo de Deus, derrubaram os muros de Jerusalém, incendiaram todos os seus palácios e destruíram todos os seus objetos preciosos. Quem escapou da espada, ele levou para a Babilônia; e se tornaram servos dele e de seus filhos, até o tempo do reino da Pérsia.” (2Cr.36.17,19,20). Triste destino de um povo que foi corrompido e se deixou corromper naquilo que tinha de mais sagrado, que era a fé em Yahweh. Paulo Romeiro, fundador e pastor da Igreja Cristã da Trindade, em São Paulo, escreveu o livro Decepcionados Com a Graça, como resultado da sua tese de doutorado na Universidade Metodista de São Paulo. O livro fala das conclusões de uma extensa pesquisa com pessoas que deixaram de frequentar uma determinada igreja neopentecostal, adepta inconteste da Teologia da Prosperidade. A principal conclusão de Romeiro é que a fé dessas pessoas foi destruída pela frustração provocada nelas por causa do não cumprimento das promessas de prosperidade e vitória. Com o fato agravante de que muitas vezes essa frustração veio acompanhada da perda do pouco que elas tinham, porque o deram à igreja e seu dono. Outro livro que trata do assunto é Feridos em Nome de Deus, escrito pela jornalista Marília de Camargo César, resultado de pesquisa feita com pessoas adoecidas psicologicamente e espiritualmente após terem sido oprimidas por pastores manipuladores e déspotas. Entretanto, a corrupção da fé em nossos dias tem provocado não somente a destruição de pessoas, mas também a destruição da reputação do cristianismo, se não a reputação do próprio Deus. Hoje em dia existe um certo constrangimento em usar o título de evangélico, em vista do descrédito desse nome, provocado por líderes corruptos e cínicos, e igrejas que nada têm de evangélicas. Conclusão Cem anos depois da atuação de Miquéias em Jerusalém, outro profeta proclamou a mesma palavra, na mesma cidade, apontando e condenando a mesma corrupção da fé, que havia continuado e até aumentado durante esse século. Porém, os ouvintes desse profeta – Jeremias - não foram tão tolerantes como os ouvintes de Miquéias. Incomodados pela sua contundência, os sacerdotes e profetas corruptos pediram a condenação de Jeremias à morte, mas as autoridades de Judá não os atenderam, porque respeitavam Jeremias como um autêntico mensageiro do Senhor. O detalhe interessante desse episódio é que alguns anciãos defenderam Jeremias usando como argumento a atuação de Miquéias um século antes, dizendo que o rei Ezequias ouviu a mensagem deste último, temeu o Senhor e implorou o seu favor, e por essa razão o Senhor adiou o castigo profetizado por ele. Essa é a única citação da palavra de um profeta em outro livro profético da Bíblia, o que mostra a importância do profeta Miquéias, mas principalmente mostra a importância de sua mensagem contra a corrupção da fé. Ainda hoje o Senhor nos adverte por meio de sua Palavra contra o perigo de corromper a fé. Que ele mesmo nos dê poder e graça para preservar a pureza da fé bíblica!

ESPELHO

 Pois, quando nele vos olhais, nada vedes senão a vossa própria imagem. E nenhum de vós esperaria ver refletida a figura de outra pessoa; sa...